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segunda-feira, 25 de maio de 2020

AJUFE LANÇA NOTA SOBRE PUBLICAÇÃO DO PRESIDENTE

Acerca de publicação do presidente Jair Bolsonaro, em sua rede social, de trechos da Lei de Abuso de Autodiade, a Associação dos Juízes Federais do Brasil, AJUFE, em Nota, afirma: “Quando o Presidente da República divulga, em suas redes sociais, um trecho da Lei de Abuso de Autoridade para, ao que tudo indica, ameaçar um Ministro do Supremo Tribunal Federal, demonstra, de forma clara, a tentativa de criminalizar a atividade jurisdicional”. 

A manifestação da AJUFE conclui que o presidente referiu ao ministro Celso de Mello, que autorizou a divulgação da reunião ministerial, realizado no dia 22 de abril e na qual o presidente diz claramente sobre a necessidade de interferir na Polícia Federal.

domingo, 24 de maio de 2020

CORONAVÍRUS NO BRASIL

O Ministério da Saúde atualizou os números do coronavírus na tarde de hoje, domingo: confirmadas 359.089 casos, ontem foram 347.398; um total de 22.547 mortes, ontem foram 22.013. Nas últimas 24 horas, de sábado para domingo, morreram 653 pessoas, ontem foram 965.

Em São Paulo foram registrados pouco mais de 82 mil infectados, ontem foram 80.558 casos, com 6.163 mortes, ontem foram 6.045.
No Rio de Janeiro, 37.912 casos, ontem foram 34.533 casos e 3.993 mortes, ontem foram 3.905 mortes.
No Ceará foram registrados 35.595 casos, ontem foram 35.122, com 2.324 mortes, ontem foram 2.308.
Na Bahia, foram registrados 13.899 casos ontem foram 13.000, com 413 mortes. Nas últimas 24 horas foram registradas 47 mortes, o maior número até o momento, em 24 horas. Foram recuperados 3.965 pacientes.

TOFFOLI HOSPITALIZADO

O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, foi submetido a uma cirurgia, em Brasília, para drenagem de um abscesso; após o tratamento, os médicos mantiveram o presidente no hospital, porque com sintomas do novo coronavírus e novos exames estão sendo feitos. O vice-presidente, Luiz Fux já assumiu a presidência da Corte. A Secretaria de Saúde do Supremo diz que Toffoli passa bem e respira sem necessidade de aparelhos. Afirma-se que ele fez exame para Covid-19 na quarta feira e o resultado foi negativo.

"A CHAVE PARA ENTENDER A DEMISSÃO DE MORO"

Sob o título acima, "O Antagonista”, traz a seguinte matéria:

"Para entender o pedido de demissão de Sergio Moro, é preciso explicar o que ocorreu antes da reunião ministerial.
No dia 19 de abril, Jair Bolsonaro ouviu que Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre e ministros do STF haviam se encontrado de madrugada para discutir o impeachment.
Consultado pelo presidente sobre o assunto, Sergio Moro respondeu que, de acordo com ele, aquele encontro simplesmente não teria ocorrido.
No dia 22, durante a reunião ministerial, Jair Bolsonaro voltou a cobrar de Sergio Moro informações sobre aqueles que estavam “se reunindo de madrugada, para lá, para cá”.
Foi nesse ponto que ele confessou dispor de um “sistema de informações particular”, e prometeu demitir Sergio Moro se o sistema “oficial” não passasse a vazar notícias para o “particular”.
Em seguida, ele acusou o ministro de desinformá-lo.
O que fez Sergio Moro?
Aquilo que qualquer pessoa íntegra faria: levantou-se e foi embora. Para sempre. Ele jamais aceitaria submeter a PF à arapongagem aloprada.
A chave para entender a demissão de Sergio Moro, portanto, é aquele trecho:
“Se reunindo de madrugada, pra lá, pra cá. Sistemas de informações: o meu funciona. O meu particular funciona. Os ofi… que tem oficialmente, desinforma”."

TRIBUNAL VAI APURAR INTERFERÊNCIA DE CARLOS

O Tribunal de Contas da União, através do subprocurador Lucas Furtado, protocolou representação para que seja investigada e adotadas as providências necessárias sobre a interferência da família do presidente Jair Bolsonaro e do chefe da SECOM, Fábio Wajngarten, na publicidade do Banco do Brasil. Tudo se deve ao cancelamento do Banco do Brasil a anúncios no site Jornal da Cidade, porque condenado pela publicação de fake News, e retomada logo depois que o “02” reclamou contra a diretoria do banco. 

A apuração prende-se também a interferência do "02", Carlos filho do presidente, sob o argumento de que o site é alinhado do governo e o chefe do SECOM esclareceu que estava tomando providências para resolver o problema. Enquanto isso, o subprocurador requer que o banco “abstenha-se de retroceder” do posicionamento de suspender anúncios em qualquer jornal “notoriamente divulgadores de fake News”.

TRUMP X BIDEN

Em novembro, Donald Trump e Joe Biden estarão disputando quem governará o país pelos próximos quatro anos; a Covid-19 sinaliza danos para a candidatura Trump, vez que o presidente demorou em tomar providências contra a pandemia e sempre diminuiu o alcance arrasador da doença. No mês de abril, a Casa Branca indicou o detergente lysol, apto a limpar o corpo do coronavírus, causando a busca dos hospitais por quem seguiu a receita do presidente; recentemente, buscando substituir a OMS, assegurou que tomava um comprimento do cloroquina, e, certamente, teve seguidores para esse quase suicídio.

As pesquisas apontaram índice de popularidade de Trump em 46%, no mês de março, sob a crença de que o presidente tinha o poder de impedir o avanço da Covid-19, nos Estados Unidos. Trump seguiu e direcionou-se a atacar os governadores democratas, ao invés de preocupar com a evolução do coronavírus; o crescimento da pandemia, travou a popularidade do presidente que começou a cair em abril, descendo dez pontos, segundo o Fox News. Na disputa Biden obteve 48% e Trump, 40%.

Sabe-se que a eleição nos Estados Unidos é decidida pelo colégio eleitoral, haja vista o desequilíbrio, em 2016, quando Hillay Clinton obteve mais de 3 milhões de votos à frente, mas perdeu no colégio, principalmente nos estados de Michigan, Pensilvânia e Wisconsin, onde Biden já obtém em torno de 5 pontos à frente de Trump.

PEC PROPÕE UNIFICAÇÃO DE ELEIÇÕES

Já tramita no Senado Federal a PEC 19/20, que introduz dispositivos ao Ato das Disposições Transitórias, buscando a coincidência dos mandatos eletivos. Caso seja aprovada, os prefeitos e vereadores atuais terão seus mandatos prorrogados até 2022, quando acontecerá a eleição geral para presidente, governAdores, prefeitos, senadores, deputados federais e estaduais e vereadores. 

A PEC foi assinada por 27 senadores e justifica a Proposta na segurança jurídica, aproveitamento dos recursos destinados à Justiça eleitoral para o pleito de 2020 no combate ao coronavírus e unificação definitiva das eleições em todos os níveis, causando substancial economia na organização do pleito pela Justiça Eleitoral e no fundo partidário.

FERIADOS NA BAHIA

O governador Rui Costa sancionou ontem a lei que antecipa para todo o estado os feriados de São João, 24/06, e da Independência da Bahia, 02/07; essas datas serão comemoradas nos dias 25 e 26 de maio. A votação e a sanção deram-se no mesmo dia, sábado, 23/05. Os municípios poderão antecipar um feriado municipal para ser festejado no dia 27/05; em Salvador, o prefeito antecipou os festejos de Nossa Senhora da Conceição da praia, para 27/05.

Rui Costa, através de Decreto, publicado no Diário Oficial de ontem, suspendeu os serviços não essenciais nos dias 28 e 29/05; as agências bancárias e outros serviços essenciais funcionarão normalmente. O governador, nas redes sociais, afirmou que essas medidas prestam-se para reduzir a taxa de disseminação do novo coronavírus, na Bahia, em torno de 5%.

STF FRUSTRA TRIBUNAL

A OAB ingressou com Ação Direta de Inconstitucionalidade contra o art. 92 da Lei n. 13.973/2018, responsável pelo cômputo dos inativos e pensionista na origem do benefício previdenciário, mesmo que pagas pelo Funprev e Baprev. A OAB questionou violação aos arts. 24 e 165 da Constituição Federal, assim como a Lei de Diretrizes Orçámentárias de 2019 da Bahia. Trata-se de passar a conta de pagamento dos magistrados e servidores aposentados para o Estado e não continuar no orçamento do Tribunal; registre-se que o pagamento é feito pelo Estado; essa regra prejudica o Tribunal que não pode ultrapassar o índice prudencial e fica impedido de abrir concurso para juízes e servidores.

O governo do Estado requereu a improcedência da ação, porque não houve violação à Constituição Federal; a Advocacia-geral da União manifestou também pelo indeferimento da ação e a Procuradoria-geral da República pediu o não conhecimento da Ação Direta de Inconstitucionalidade, por perde de objeto. A relatora, ministra Cármen Lúcia, do STF, decidiu que a lei era temporária e perdeu seus efeitos no final do ano de 2019.

O TRF-6 E A DESOBEDIÊNCIA À DECISÃO JUDICIAL

A criação do Tribunal Regional Federal da 6ª Região, em Minas Gerais, desligando do TRF-1, em Brasília, em discussão desde o ano de 2013, voltou à cena face à interferência do ministro presidente do STJ, João Otávio Noronha. O presidente da Câmara dos Deputados para agradar ao magistrado pautou o andamento do Projeto, mas o relator, depois de muita pressão e numa posição mais sensata, conseguiu o adiamento para o mês julho, ainda assim muito antecipadamente, porque continuaremos em plena pandemia. Aliás, no Congresso e nas Assembleias Legislativas, registra-se a prática de, em momentos cruciais, a exemplo da pandemia, colocar em votação Projetos polêmicos, como ocorreu em Brasília com a extensão de Plano de Saúde para ex-deputados, durante esse período.

Intrigante é saber que o ministro Noronha mostrou-se desconhecer ou não considerar Ação proposta, em 2013, pela Associação de Advogados Públicos da União, questionando a criação de quatro Tribunais Regionais Federais. Na petição, alega a parte Autora que a criação de novos Tribunais é "medida ineficiente e irracional para resolver o problema da celeridade da prestação jurisdicional", porque o Tribunal a ser criado é de 2ª instância e, portanto, incompetente para solucionar as demandas do dia a dia, porquanto os desembargadores só atuam em fase de recurso.

Acerca do assunto vale recordar o exemplo do Tribunal de Justiça da Bahia que, a despeito das apertadas verbas orçamentárias, criou a denominada Câmara do Oeste, em Barreiras, com pretensão de instalação de mais uma Câmara, mas, depois de muita pressão, desistiu e fechou o único que funcionava, no Oeste da Bahia, sob o sensato argumento de que precisamos de mais juízes e não de desembargadores. Afinal, mais de 90% dos processos tramitavam no primeiro grau. Situação bastante semelhante ocorre agora com a criação de tribunais e fechamos de varas judiciais. Dizíamos naquela época, enquanto cria uma filial do Tribunal, fecham-se comarcas, porque faltam juízes e servidores. É o cúmulo da insensatez!

Naquele ano, 2013, o então presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, concedeu liminar, suspendendo o andamento do Projeto de criação de quatro TRFs. Esse processo foi redistribuído para o ministro Luiz Fux e até a presente data não foi pedido data para julgamento em Plenário; todavia, continua valendo a liminar concedida até que haja decisão final. Barbosa justificou a liminar com o vício de iniciativa, pois a proposta deveria originar-se do Judiciário, mas veio do Legislativo, e a falta de recursos, calculado naquela época em R$ 922 milhões. 

A nova proposta do presidente do STJ assegura que não haverá gastos e justifica com o uso de instalações dos juízes federais, em Minas, havendo promoção dos atuais magistrados. Quer dizer: fecham uma ampla porta, dos juízes federais, e abre uma porta estreita, a dos desembargadores. É risível essa alegação do presidente do STJ, pois como em 2013 seria gasto R$ 922 milhões e atualmente não haverá despesa alguma, simplesmente, com um passe de mágica, através da relocação de juízes!

Os interessados pela criação do TRF-6 não dimensionam corretamente a realidade da Justiça Federal em Minas Gerais. Na verdade, há necessidade de um TRF no estado, visando evitar o congestionamento no TRF-1, mas não ao ponto de se acreditar na alegação de Noronha de que se leva 15 a 20 anos para um julgamento de um desembargador. Noronha propõe a extinção de cinco varas federais, em Belo Horizonte, como se o mais importante fosse a Justiça de 2º grau e sem nenhum significado as Varas Federais. Engano ou interesses escusos.

Será que houve troca de favores entre Noronha e o presidente Bolsonaro, porque ocorreu muita coincidência entre a decisão do presidente do STJ, suspendendo liminar para apresentação dos exames de coronavírus pelo presidente, determinada pelo TRF-3, e a colocação em pauta da criação do TRF-6. A decisão de Noronha foi reformada posteriormente pelo STF.

Salvador, 22 de maio de 2020.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.

sábado, 23 de maio de 2020

CORONAVÍRUS NO BRASIL

O Ministério da Saúde atualizou os números do coronavírus na tarde de hoje, sábado: confirmadas 347.398 casos; um total de 22.013 mortes. Nas últimas 24 horas, de sexta para sábado, morreram 965 pessoas. O Brasil continua na segunda posição entre todos os países com maior número de infectados, total de 347 mil casos, atrás apenas dos Estados Unidos, com 1.6 milhão e 96 mil mortes, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, EUA.

Em São Paulo foram registrados 80.558 casos, com 6.045 mortes, distribuídos por 505 municípios.
No Rio de Janeiro, 34.533 casos e 3.905 mortes.
No Ceará foram registrados 35.122 casos e 2.308 mortes.
Em Pernambuco foram registrados 26.786 casos com 2.144 mortes.
No Pará foram registrados 22.697 casos com 2.001 mortes.
No Amazonas foram registrados 28.802 casos, com 1.744 mortes.
Na Bahia, foram registrados 13.000 casos, com 413 mortes. Entre os municípios da Bahia, 240 tem pessoas infectados, o que representa 64,21% em todo o estado.

MORO ENTREVISTADO PELO "TIME"

Um dos jornais mais influentes dos Estados Unidos, TIME, entrevistou o ex-ministro Sergio Moro sobre aspectos de sua saída do governo; o ex-juiz declarou que deixou o governo porque não viu o compromisso sério de combate à corrupção. Assegurou: “Tudo isso começou a desgastar ou drenar o significado, minha permanência no governo. Não posso estar no governo se não tiver um compromisso sério com a corrupção e o estado de direito".

Sobre os bolsonaristas que o acusam respondeu: "Eu não entrei no governo para servir um mestre. Entrei para servir o país, a lei". Sobre sua saída explicou: "Não era minha intenção prejudicar o governo. Mas eu não me sentiria confortável com minha consciência sem explicar por que estava saindo”.