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quarta-feira, 12 de maio de 2021
MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 12/05/2021
"LUZES SOBRE TOFFOLI"
A matéria abaixo com o título acima saiu em O Antagonista
Luzes sobre Toffoli
A denúncia de que Toffoli recebeu propina tem de ser esclarecida

Foto: Adriano Machado/Crusoé
“Num instante em que o Judiciário apaga as luzes da Lava Jato, Sérgio Cabral espirra lama nos salões do Supremo Tribunal Federal”, diz Josias de Souza.
“Os magistrados da Suprema Corte podem fazer qualquer coisa com a acusação de que o ministro Dias Toffoli vendeu favores judiciais no Tribunal Superior Eleitoral por R$ 4 milhões, exceto arquivar o caso no escurinho de um processo obscuro. O episódio pede o clarão dos refletores (…).
Cabral declarou que Toffoli vendeu sentenças a dois prefeitos do Rio de Janeiro quando integrava o TSE, e que o ex-secretário de Obras Hudson Braga fez o pagamento da propina, supostamente repassada por meio da advogada Roberta Rangel, mulher de Toffoli.”
Como revelou a Crusoé, Dias Toffoli já foi deletado no passado: por Marcelo Odebrecht (releia aqui, aqui e aqui).
Na ocasião, a denúncia permaneceu no escurinho, longe dos refletores, inclusive da imprensa. Vamos ver se, agora que Lula já foi salvo, alguém resolve acender a luz.
terça-feira, 11 de maio de 2021
CORONAVÍRUS NO BRASIL, EM 11/05/2021
STF PROÍBE REELEIÇÃO NO TRIBUNAL
A desembargadora Débora Machado ingressou com Mandado de Segurança contra acórdão do CNJ, que permitia reeleição para a mesa diretoria do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, suspendeu a decisão do CNJ, sob fundamento de que uma norma regimental não pode atribuir ao vice-corregedor prerrogativas próprias das funções de direção; assegurou que o TRT da Bahia optou por função administrativa para o vice-corregedor, afastando o eleito das funções judicantes, da mesma forma que procede com o cargo de presidente, vice-presidente e corregedor-geral.
NOVA YORK VACINA TURISTAS
O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, de conformidade com aprovação do governo estadual, autorizou o início da vacinação contra a covid-19 de turistas e assegurou que este é gesto é presente de boas vindas. O prefeito, em resposta a pergunta da TV Glovo declarou: "Meu coração está com os brasileiros. Há tanta dor, tanta dificuldade. Acho que o que pudermos fazer por quem está nos visitando para dar boas-vindas e mostrar que nós nos importamos com todos que estão aqui".
MINISTÉRIO PÚBLICO PERDE GRATIFICAÇÃO
O Plenário do STF, em sessão virtual, em apreciação da ADI 2.831, ajuizada pelo AMB, julgou parcialmente procedente para declarar inconstitucional o artigo 91, inc.V, da Lei Orgânica do Ministério Público, que determinava pagamento de gratificação eleitoral para seu membros, em valor equivalente ao percebido pelos magistrados. A Lei Complementar estadual 106/2003 estava suspensa, através de liminar deferida pela Corte em 2004.
TRIBUNAL VOLTA AO TRABALHO PRESENCIAL
O Tribunal de Justiça de São Paulo, através do Provimento CSM N. 2.618/2021, "dispõe sobre a adoção do Sistema Escalonado de Retorno ao Trabalho Presencial em todo o estado de São Paulo, em primeiro e segundo graus", a partir do dia 17/05, quando voltarão a correr os prazos inclusive para os processos físicos e será retomado o atendimento ao público. Nesse sistema não será aceito o peticionamento eletrônico para processos físicos em andamento.
FESTIVAL DE BESTEIRAS QUE ASSOLAM O JUDICIARIO, FEBEAJU (XVI)
a Operação denominada Castelo de Areia, que investigou políticos e construtoras no esquema de desvio de verbas públicas foi esvaziada, porque a 6ª Turma anulou escutas telefônicas, sob fundamento de autorizadas com base em denúncia anônima e considerada ilegal.
A Operação Satiagraha foi desmoronada pela maioria dos ministros que anularam as provas obtidas, porque teve a participação clandestina de agentes da ABIN. As investigações concluíram pela condenação do banqueiro Daniel Dantas a dez anos de prisão.
A Operação Boi Barrica, que envolvia a família do ex-presidente José Sarney, por crimes cometidos, foi também anulada.
A Operação, denominada de França, o caso das "rachadinhas", em tramitação, está sendo embaraçada e nela suspeita-se da participação do presidente Jair Bolsonaro, quando era deputado e dos seus filhos, um dos quais já denunciado, Flávio Bolsonaro. Em março, a 5ª Turma do STJ anulou a quebra do sigilo bancário e fiscal do senador Flávio Bolsonaro e a derrubada total da Operação acontecerá se for negado recursos de compartilhamento de informações do COAF e a competência do juiz Flávio Itabaiana. O ex-presidente da Corte, ministro João Otávio é desta Turma e busca irregularidades para satisfazer seu "padrinho" na luta por uma vaga no STF, principalmente agora, quando a Corte criou a fórmula mais fácil para anular processos contra políticos e empresários, através do questionamento da competência, como acontece no caso com o juiz Itabaiana. A Turma que aprecia o recurso do senador Flávio Bolsonaro, conta com o ministro Felix Fischer, relator da Lava Jato, e foi voto isolado, contra a anulação, no caso da anulação do sigilo do filho do presidente.
O processo de condenação do ex-diretor da DERSA, Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, preso como operador de propinas do PSDB, condenado a 145 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, poderá ser anulado; é que o ministro Reynaldo Soares Fonseca, do STJ, determinou que o processo retorne às alegações finais, seguindo a novidade implantada pelo STF, no sentido de falar primeiro os delatores e só depois os delatados. Não há lei nem jurisprudência para entender desta forma, mas o STF, visando facilitar a vida dos corruptos, implantou esta excentricidade; a prescrição é a expectativa de Paulo Preto.
Enfim, o STJ tornou-se "casa de passagem", ou seja, os ministros sentem condições de atravessarem a Corte para desembarcarem no STF; nesta lista estão os ministros Humberto Martins, atual presidente do STJ, ministro João Otávio, ex-presidente e o ministro Luis Felipe Salomão, relator das ações do TSE, inclusive um processo contra a eleição do presidente Jair Bolsonaro.
Salvador, 11 de maio de 2021.
FORO ESPECIAL PARA FLÁVIO BOLSONARO
O senador Flávio Bolsonaro deverá receber do STF o benefício de ser julgado pela maior Corte do país e não pela 1ª instância ou pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro; seu caso, "rachadinha", estava sob a direção do Juiz Flávio Itabaiana, da 1ª instância. Sem ter acabado o julgamento de caso semelhante, a maioria dos ministros entendem que em caso de "mandatos cruzados", ou seja, era deputado e tornou-se senador, prevalece o foro do cargo que ocupa na atualidade. O senador teve denúncia recebida pelo juiz Flávio Itabaiana, daí o recurso para mudar da 1ª instância para a última instância; já o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro concedeu-lhe o foro especial, para o processo tramitar na 2ª instância. A tese do STF deve prevalecer e a "compreensão" com Flávio Bolsonaro permite que o julgamento seja levado para o STF e não pelo Tribunal ou pelo juiz.
O STF já entendeu diferente com o senador Aécio Neves. É que investigação contra o então senador Aécio Neves foi remetido para a 1ª instância, não respeitando o entendimento no caso do atual deputado federal, segundo o qual o processo teria de ser do Tribunal, porque atualmente o parlamentar mineiro é deputado federal.
PITORESCO NO JUDICIÁRIO LXXXVI