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terça-feira, 23 de maio de 2023

STF CONTINUA NO DESMANTELO DA LAVA JATO

A Segunda Turma do STF decidiu remeter para a Justiça Eleitoral acusações sobre o caso da Torre Pituba, em Salvador, obra investigada pela Operação Lava Jato, sob direção da Odebrecht e a OAS, cujo valor foi de R$ 1,4 bilhão. Este caso tornou réus 42 pessoas. O Ministério Público Federal acusou o repasse de R$ 68 milhões em doações eleitorais por meio do caixa dois. O ministro aposentado, Ricardo Lewandowski, em abril/2022, definiu que a denúncia estaria enquadrada no caixa dois, anulando as provas até então obtidas, caminho encontrado por alguns ministros para não punir os corruptos. O ministro Edson Fachin pediu vista, buscando evitar a nulidade de todo o trabalho realizado com encaminhamento para a Justiça Eleitoral, onde, como já se disse aqui, nunca será julgado. É que a Justiça Eleitoral é formada por juízes, em rodízio de dois em dois anos, e nenhum juiz eleitoral terá condições de colher provas e julgar um caso tão confuso, implicando corrupção de tanta gente. 

Os magistrados do STF que não querem ver o julgamento dos corruptos encontram este subterfúgio para perenizar e ganhar com prescrição os processos da Lava Jato, como já fizeram com inúmeros réus, dentre os quais o próprio presidente Luis Inácio Lula da Silva e muitos outros, cujos processos estão nos gabinetes sem movimentação. O ministro Fachin foi voto vencido e todos os outros membros da Segunda Turma, Gilmar Mendes, Nunes Marques e André Mendonça, votaram anular as provas colhidas e mandar o processo para a Justiça Eleitoral, seguindo o voto do ministro aposentado.

Onde a racionalidade para anular as provas colhidas? 

 

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