Pesquisar este blog

domingo, 7 de novembro de 2021

COLUNA DA SEMANA

Nunca se viu um governo cometer tantos erros crassos como o atual, comandado pelo presidente Jair Bolsonaro. O homem não respeita os mais comezinhos princípios morais e éticos para um governante. O pior é que os auxiliares em seu entorno ainda batem palmas para as pedantices. 

Em julho/2021, para justificar acusações na CPI da Covid, vejam a resposta do presidente da República: "caguei para a CPI". 

Sobre a atribuição de fraudes no sistema de urnas eletrônicas, Bolsonaro chamou o presidente do TSE de "idiota". Nem se adentra nos abusos cometidos pelo presidente contra o combate à pandemia do coronavírus; seu discurso tem sido da necroteologia: 

noticiado sobre o grande número de mortos, responde Bolsonaro: "E daí?" Denominou o vírus de uma "gripezinha" e teve a desfaçatez de zombetear das pessoas que vacinaram, afirmando que corriam o risco de virar jacaré ou ainda de que a vacina pode causar o desenvolvimento da AIDS, citando relatório do Reino Unido, que se comprovou ser mentiroso.  

A última investida contra a proteção dos vacinados e da população, originou-se do Ministério do Trabalho e Previdência, comandado por Onyx Lorenzoni, bem próximo do presidente, quando baixou a Portaria 620 com o seguinte teor: ""Considera-se prática discriminatória a obrigatoriedade de certificação de vacinação em processo seletivos de admissão de trabalhadores, assim como a demissão por justa causa de empregado em razão da não apresentação de certificado de vacinação". Induvidosamente, é ato inconstitucional e induz a desobrigar os funcionários à vacinação, insubordinando contra vários órgãos, inclusive tribunais que exigem apresentação de certificado para ter acesso aos prédios públicos. Recentemente, o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região decidiu que "a falta de vacina pode comprometer o bem coletivo do trabalho e autorizaria a demissão por justa causa". O governo do município de São Paulo reagiu contra essa insensatez que, certamente, será derrubada pela Justiça. 

Que dizer da parvoíce do presidente, quando insiste em armar o povo, provocando questionamentos, tanto na Justiça quanto no Congresso, que anulam os atos presidenciais? São seguidas erronias primárias do governo que comportam uma explicação: o desequilíbrio mental de Bolsonaro! 

Não se pode defender Bolsonaro, alegando que ele não conhece os ritos e as liturgias da Presidência, assim como o relacionamento com os outros poderes, pois há quase 30 anos é militante político, e, como deputado federal, não deixou nenhum projeto de relevância na Casa legislativa.  

Mas a pior maluqueira de Bolsonaro situa-se na mistura dos interesses familiares com as atividades do governo, cenários absolutamente incompatíveis. Os filhos trazem-lhe problemas de toda natureza e atrapalham a governabilidade, porque o presidente aplaude; todos eles respondem a processos criminais ou são alvos de investigações policiais. Bolsonaro até convocou reunião ministerial para analisar problemas de um dos filhos com a justiça, envolvido na prática do crime de peculato ou de fake news. Os filhos de Bolsonaro são todos maiores, três dos quais vereador, deputado federal e senador, e podem e devem responder por seus atos. Infelizmente, o presidente não foca sua ação na gestão da coisa pública e inventa de dar satisfação com piadas de mau gosto aos seus apoiadores no "cercadinho" do palácio ou brincar de desfile de motos, até em dias da semana, oportunizando verdadeira rebeldia às medidas sanitárias, de onde saem as mais desnecessárias e inconcebíveis crises, através de sua verborragia. 

Além de tudo isso e muito mais, o governo Bolsonaro é suspeito de corrupção por participação no esquema das "rachadinhas" e na compra das vacinas Covaxin!

Salvador, 07 de novembro de 2021.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.



Nenhum comentário:

Postar um comentário