A Suécia, um dos países mais rico do mundo, informatizou os materiais didáticos, na década de 1990, buscando o 100% digital, a partir deste ano de 2023, passou a distribuir livros didáticos impressos. Os motivos da mudança situam-se nas provas de leitura e conselhos de órgãos de saúde, consistente na "queda no desempenho das crianças em leitura; críticas de especialistas em saúde em relação ao aumento do uso de telas; dificuldade maior de os pais ajudarem os filhos nas tarefas; evidências científicas que mostram os benefícios do livro físico para o desenvolvimento cognitivo dos alunos". A ministra da Educação Lotta Edholm diz que "recursos digitais, se usados corretamente, apresentam certas vantagens, como combinar imagem, texto e som. Mas o livro físico traz benefícios que nenhuma tela pode substituir". A conclusão dos pais e empregadores é de que "os jovens passaram a saber menos". Os resultados do Progress in International Reading Leteracy Study, PIRLS 2021, assegura que o desempenho dos alunos do 4º ano do ensino fundamental piorou entre 2016 e 2022 e há ligação direta entre essa queda e o uso intensivo de telas nas salas de aula.
No Brasil, a Sociedade Brasileira de Pediatria, SBP, recomenda limite diário com celulares, tablets e computadores: dos 2 aos 5 anos, até uma hora por dia; dos 6 aos 10 anos entre 1 e 2 horas por dia; dos 11 aos 18 anos entre 2 e 3 horas por dia. A Agência Nacional Sueca para a Educação, correspondente ao INEP do Brasil, concluiu que "não basta imprimir as atividades em um papel A4: é preciso usar o livro física, para que os estudantes aprendam, por exemplo, a localizar uma informação enquanto folheiam as páginas". O estudo informa que na leitura digital os alunos tendem a "passar os olhos", pelos textos, enquanto "nos materiais físicos, os estudantes são capazes de compreender o conteúdo e de memorizá-lo".
Nenhum comentário:
Postar um comentário