Esses destruidores da dignidade do povo brasileiro estão atentos e assim que aparece alguma investigação e aproxima dos donos do poder, os bombeiros aproximam para apagar o fogo. É o que está ocorrendo agora com a investigação dos denominados kits de robótica, que conta com participação efetiva do atual presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira. O ministro Gilmar Mendes deu o ponta pé inicial com a suspensão das investigações, desde o mês de julho. Essa decisão de Mendes será apreciada pelo plenário da Corte mas não se espera melhor destino, pois juntam os ministros de Bolsonaro com outros que se sabe de antemão sobre seus posicionamentos e chegar-se-á à conclusão de que o inquérito que descobriu farta corrupção em Alagoas não tem fôlego para prosseguir.
As investigações da Polícia Federal permaneceram por quase um ano, mas quando despontou nas proximidades do presidente da Câmara não poderia mais prosperar e assim apareceu a Justiça para suspender e, certamente, mandar para o arquivo tudo o que a Polícia Federal apurou de bruta corrupção, no desvio do dinheiro público. Os policiais federais encontram pagamentos feitos pelo presidente da Câmara e estava escancarada sua participação no kits de robótica. Assim, que se descobriu esta fato, a Polícia Federal encaminhou o caso para o STF e aí é que se concluiu da inconveniência de prolongar a apuração da corrupção contra o famoso presidente da Câmara.
O kist da robótica começou, em 2022, quando o então presidente Jair Bolsonaro liberou R$ 26 milhões para sete cidades alagoanas, que celebraram contratos com a empresa Megalic, esta vinculada ao grupo político de Lira. Interessante foi a rapidez para repasse dos recursos das conhecidas emendas de relator, que é o orçamento controlado pelo grupo político de Lira. Os jornais Estado de São Paulo e a Folha de São Paulo apontaram licitações fraudulentas nos municípios de Alagoas, daí aparecendo a Polícia Federal para comprovar os superfaturamentos e outros embustes nas tomadas de preços. Além dos jornais, da Polícia Federal, também a Controladoria-Geral da União e o Tribunal de Contas da União apontaram as irregularidades cometidas.
A Polícia Federal identificou o principal assessor do presidente da Câmara dos Deputados, Luciano Ferreira Cavalcante, com participação nos roubos. Em poder de Cavalcante foram encontradas listas de pagamentos vinculadas ao nome de Arthur Lira, além de deparar com um cofre com R$ 4,4 milhões em dinheiro vivo. Prendeu uma picape que serviu como arma do crime, veículo usado por Lira na sua campanha política.
E assim caminha a corrupção!
Salvador, 10 de agosto de 2023.
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