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segunda-feira, 16 de novembro de 2020

TRUMP GRITA E RESSOA NO BRASIL!

O choro de Donald Trump, através do questionamento do resultado da eleição nos Estados Unidos, começa a ecoar no Brasil. O presidente americano, sem nenhuma prova, qualquer que seja ela, levantou a voz para protestar contra a eleição de seu concorrente, o democrata Joe Biden. É de irresponsabilidade sem tamanho a conduta do governante, pois insuflou seus apoiadores para sair às ruas e protestar. Felizmente, não se registrou violência, mas o ato de desespero de Trump merece reprimenda pelo próprio Judiciário, porquanto contribui para o desassossego público e incita seus apoiadores para gritar palavras de ordem que não condizem com a verdade. Não tem dúvida de que a amargura de Trump reside no que acontecerá com sua vida pessoal depois que deixar o poder, em janeiro próximo. Suas dívidas e investigações por fraude, além de vários processos vão atormentar sua vida. 

Pois, bem, mal avançava a apuração no Brasil e o presidente Jair Bolsonaro repetia o gesto tresloucado do presidente americano; arguia fraude, simplesmente porque houve atraso de duas ou três horas na publicação dos boletins da apuração de São Paulo, sem repercussão nenhuma na apuração, que se processava normalmente. Evidente, que o desassossego do presidente repercutiu junto aos seus seguidores que também passaram a questionar a eleição e apuração pelas urnas eletrônicas. O gesto é de gente estouvada que procura copiar o despreparado presidente americano. O presidente brasileiro vai adiante e promete lutar pela volta da eleição em cédulas, sob o fundamento de que o voto na urna eletrônica é susceptível de fraude. É alegação absolutamente infundada de quem não encontra outro argumento para insuflar seus apoiadores, que não seja a derrota de 11 dos 13 candidatos que defendeu nesta eleição. O levantamento de dúvida sobre a segurança do voto eletrônico é de insensibilidade inominável e conduta de quem nada conhece nada sobre o funcionamento da votação e apuração digital. O presidente não pode alegar desconhecimento, pois quando estava na Câmara dos Deputados teve votação apurada pelo meio manual e também pela urna eletrônica. Portanto, não comporta interrogação de que essa luta é de gente que não sabe separar o joio do trigo, o bom do ruim.   

O presidente do TSE, ministro Roberto Barroso já noticiou que grupos de estudos analisam a possibilidade de voto pelo celular. A nova sistemática de votar e apurar, aperfeiçoou com o passar dos anos, e já aportou na biometria que terá experimentação em todo o país na próxima eleição de 2022. Quando se trabalha para melhorar e facilitar a votação e a apuração, aparece quem questiona os novos modelos, sem apresentar a mínima argumentação para impedir o processo de aprimoramento. 

Salvador, 16 de novembro de 2020.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.

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