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sábado, 4 de maio de 2019

ISRAEL, UM PEQUENO GRANDE PAÍS!


O povo hebreu passou quase dois mil anos sem ter seu território e a mudança só ocorreu no século XIX, quando iniciou o retorno ao antigo reino de Israel, território da Palestina, ocupado por árabes; era o movimento sionista, no qual houve a movimentação que se originou principalmente da Alemanha, na 2ª guerra mundial, quando o regime nazista, de Adolf Hitler, promoveu o Holocausto, que acabou com a vida de 6 milhões de judeus. 

Entre 1517 e 1917, Jerusalém e região estiveram sob o domínio turco otomano, quando o exército britânico capturou a cidade e em 1922, a Liga das Nações entregou ao Reino Unido a administração da Palestina. A população era constituída de judeus, na maioria, e árabes, estes muçulmanos e cristãos. Em 1948, os britânicos retiraram-se e Israel declarou sua independência. 

A Inglaterra dominou a terra que se tornou Israel desde a primeira guerra mundial até 1948, quando foi criado o Estado de Israel por decisão da ONU. A formação do país contou com a imigração de judeus de 127 países. Na criação do Estado de Israel, 14 de maio de 1948, a população de judeus em Israel, era em torno 600 mil habitantes, que representava 5% dos judeus de todo o mundo; em 1952, chegaram no país 2 milhões de refugiados; atualmente, a população judaica é de 6.8 milhões de pessoas, representando 43% dos judeus do mundo. 

Coube ao brasileiro Oswaldo Aranha, então presidente da Assembleia Geral da ONU, proclamar a aprovação da Resolução n. 181, que previa a divisão do território palestino, sob administração britânica, em dois estados: um árabe e outro judeu. Estava criado o Estado de Israel, com a capital localizada em Tel Aviv. Os palestinos insurgiram-se contra a decisão e dias depois, Israel enfrentou a primeira das cinco guerras com os países vizinhos. 

Os palestinos e os países árabes vizinhos, Egito Síria, Líbano e Iraque atacaram Israel e assim foi iniciada a guerra, causando a fuga do conflito de 750 mil árabes, que viviam na região; a saída dos árabes foi seguida da chegada de 800 mil judeus residentes na Síria, Iraque, Tunísia, Líbia e Iêmen; os agressores pretendiam eliminar a população judaica do novo Estado; o cessar fogo só aconteceu em janeiro/1949, quase um ano depois, iniciada em maio/1948; como resultado dessa guerra, o Estado de Israel expandiu seu território de 56% para 80%, causando a divisão da cidade de Jerusalém com judeus de um lado e jordanianos do outro, com divisória que não permitia o trânsito de pessoas. David Ben-Gurion foi o primeiro chefe do governo de Israel e líder do movimento Sionismo socialista. 

Outra guerra enfrentada por Israel aconteceu em junho/1967, a denominada Guerra dos Seis Dias; o país lutou contra seus vizinhos Síria, Jordânia, Egito e Iraque, apoiados pelo Kuwait, Árabia Saudita, Argélia e Sudão. Antes mesmo do ataque, Israel investiu contra a força área egípcia e forças terrestres guerrearam na Faixa de Gaza e na península do Sinai. No terceiro dia do conflito, Israel ocupava todo o Sinai e, nas horas seguintes, conquistou a Cisjordânia, o setor oriental de Jerusalém, além de tomar as Colinas de Golã, na Síria. 

O pequeno estado de Israel tem 46 partidos, com 9 milhões de habitantes e em torno de 6 milhões de eleitores. Está situado na 19ª posição no índice de desenvolvimento humano; para se ter ideia, o Brasil está colocado na 75ª posição. Na educação, 97% dos israelenses são alfabetizados; na saúde, o povo tem assistência total. 

Israel possui pouca água, onde chove apenas três meses por ano; seu território é formado pelo deserto de Neguev, em 55%. É impressionante a transformação que o povo de Israel fez do deserto em área agricultável, produzindo verduras e frutas para abastecer o país e para exportação. 

O saneamento, o reúso da água e a educação ambiental são fatores que ajudam Israel a viver com água suficiente para produzir nas terras que antes era deserto. Foram construídos canais para transportar a água do Mar da Galileia, um lago existente no Norte do país, até o deserto de Neguev. A dessalinização da água do mar também é outro recurso usado por Israel. 

Israel e a OLP celebraram acordo, em 1992, e em torno de 70% da população palestina estabeleceu-se nas cidades de Nablus, Jenin, Qalqilyah, Tulkarm, Ramallah, Belém, parte de Hebron e Jericó, com administração civil e militar da Autoridade Palestina. 

Há divisão da pequena área, pois parte da população palestina, em torno de 20%, fixou em aldeias, a exemplo de Monte de Gerizim, onde estão os samaritanos, também com administração civil da Autoridade Palestina e militar de Israel; outro grupo, em torno de 10% de palestinos, é constituído pelos judeus da Judeia e Samaria com administração civil e militar de Israel. 

Existe ainda os árabes, residentes no território de Golã e Jerusalém Oriental, conquistada da Jordânia e da Síria, em 1967. Essas áreas foram anexadas a Israel. Um outro grupo é formado pelos árabes da Faixa de Gaza, conquistada do Egito, na guerra dos Seis Dias, de 1967. Um outro grupo dos árabes que fugiram de países vizinhos, como Iraque, Líbano, Jordânia, Sudão e Síria, para Israel. A saída de Israel de toda a faixa de Gaza implica em não ter responsabilidade judicial ou moral perante a população palestina. 

Israel exerce um bloqueio naval de Gaza, temendo entrada de armas mortíferas, e os palestinos protestam porque asseguram que há violação das leis internacionais. 

Israel tornou-se uma potênia militar respeitada em todo o mundo, com uma máquina econômica invejável e um centro mundial de tecnologia equiparado aos Estados Unidos.

Jerusalém, 3 de maio de 2019. 

Antonio Pessoa Cardoso 
Pessoa Cardoso Advogados.

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