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domingo, 20 de fevereiro de 2022

COLUNA DA SEMANA

Na Bahia, o Judiciário foi chacoalhado com a Operação Faroeste, deflagrada em 2019, e destinada a apurar o envolvimento de magistrados, servidores, advogados e empresários, em fabuloso esquema de venda de sentenças e acórdãos, fraudes de documentos, com a consequente grilagem de terras no município de Formosa do Rio Preto; os investigados, que se tornaram réus, no Oeste da Bahia, buscaram favorecer grupos que tinham dinheiro para prejudicar posseiros, sem recursos. Depois da apuração, pela Polícia Federal, o processo tramitou, em Brasília, no STJ, e a estocada inicial deu-se com o afastamento do presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, no exercício do cargo, sequenciado por retirada das funções que exerciam com prisões de desembargadores, juízes, servidores, advogados e empresários. Um juiz já sofreu a pena de aposentadoria compulsória pelos males causados aos posseiros e os processos contra os outros continuam tramitando visando purificar a Justiça do Estado, que jamais passou por fatos semelhantes.       

Em São Paulo, o cenário em dose mais acentuada e não na zona rural, como na Bahia, mas em pleno centro da capital, para atingir magistrados com interesses bem maiores. Trata-se da direção de processos de recuperação judicial e falência. O CNJ constatou que muitos juízes deixaram a toga ou foram dela desvestidos para atuarem em grandes escritórios de advocacia, responsáveis por ações de recuperações judiciais e falências. Nada mereceria reparo, não fosse a artimanha montada. O órgão de controle da magistratura investiga juízes que processaram ou julgaram recuperações e falências e descobriu caso no qual o magistrado, aposentado compulsoriamente, nomeou um administrador judicial e com ele cometeu atos ilegais. Em outra conjuntura, magistrados titulares dessas Varas, deixaram o cargo e antes do triênio constitucional de impedimento para atuar como advogado, nas unidades onde eram titulares, operam em bancas e consultorias, que têm como clientes empresas com dificuldades financeiras e com processos naquela Vara onde o juiz exercia o cargo.  

Um juiz que atuava na Vara, responsável pelas recuperações judiciais e falências, deixou a magistratura, no ano passado, deslocando-se para um grande escritório de São Paulo, Laspro Consultoria, especializada na área e responsável por casos de dívidas milionárias. Mal deixou a carreira, o juiz, representando a banca, compareceu à reunião referente à recuperação judicial do famoso Hotel Maksoud Plaza, no centro da capital paulista. O processo do hotel tramita exatamente na Vara onde o juiz trabalhava; mas além deste caso, outros processos nos quais o magistrado era responsável tornaram-se clientes da Laspro. 

Ainda no rendoso caso das recuperações e falências, um outro juiz, que abandonou a magistratura, no ano passado, e que atuava numa Vara de Falências e Recuperações Judiciais, de São Paulo, albergou noutro grande escritório, que, por coincidência, defende empresas com processos na Vara de onde o magistrado saiu e alguns feitos que ele comandava. A maior recuperação judicial acontece com a empreiteira Odebrecht, conhecida da Lava Jato. Pois bem. O juiz titular da Vara, que recebeu a administração na recuperação das dívidas de R$ 98 bilhões, responde a ações, propostas pelo Banco do Brasil, referente dívida de R$ 1.1 milhão. A tautocronia reside no fato de o banco ter crédito com a Odebrecht de R$ 7.8 bilhões. Ou seja, o banco reclama crédito do juiz e da empreiteira! 

E o caso da recuperação da Itapemirim? O processo iniciou em 2012, no Espírito Santo, mas o juiz que conduzia foi aposentado compulsoriamente; posteriormente, o processo foi remetido para São Paulo. Neste caso, como em muitos outros, envolvendo magistrados, o filho do juiz aposentado foi acusado de "sociedade informal" com um administrador judicial, próximo ao juiz.

O ninho de baboseiras, que prejudica a credibilidade da Justiça, reside na zona rural e também na urbana!

Salvador, 20 de fevereiro de 2022.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.




SAIU NO "ESTADO DE SÃO PAULO"

Muito poder, pouca responsabilidade

O Brasil não pode continuar à mercê de um Executivo que não sabe governar e de um Legislativo que só usufrui dos bônus do poder acumulado

A evidente insuficiência intelectual, moral, administrativa e política de Jair Bolsonaro para o exercício da Presidência levou a um quadro de degradação do regime presidencialista jamais visto, ao menos não desde a redemocratização do País. 

É de justiça reconhecer que Bolsonaro não deu início a esse processo. O presidencialismo começou a enfraquecer no Brasil durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, uma pessoa sabidamente avessa às concertações políticas que, ao fim e ao cabo, mantêm o fino equilíbrio de forças entre os Três Poderes da República e sustentam a governabilidade. Tanto foi assim que Dilma acabou cassada, malgrado todas as concessões que fez ao Congresso, em especial as que permitiram ao Poder Legislativo aumentar seu poder sobre a execução do Orçamento da União. 

O governo do sucessor de Dilma, Michel Temer, representou uma tentativa de estabelecer um novo equilíbrio entre as prerrogativas do Executivo e do Legislativo, num arremedo do que se convencionou chamar de “semipresidencialismo”. “Eu trouxe o Congresso para governar comigo, não apenas porque isso é da minha formação democrática, mas porque, no presidencialismo, entendo que não se pode governar sem o Congresso”, disse Temer, um dos maiores defensores da adoção do regime semipresidencialista no País. Merece destaque o emprego do pronome pessoal “comigo”. De fato, como o reconhecido constitucionalista que é e cioso de suas responsabilidades no cargo, errando e acertando, em momento algum Temer abdicou do exercício da Presidência da República. 

Bolsonaro, por sua vez, conseguiu uma proeza, levando a degradação do regime presidencialista ao paroxismo. O incumbente não teve a habilidade para seguir o modelo de seu antecessor e ainda logrou agravar o processo de apequenamento da Presidência da República iniciado por Dilma Rousseff, que Temer, hoje se sabe, apenas sobrestou. 

É seguro afirmar que, antes de Bolsonaro, nunca houve um presidente tão dispensável, no que concerne à definição dos rumos do País, como o atual mandatário. O próprio líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), disse em alto e bom som há poucos dias que uma coisa é o governo e outra, muito distinta, são as vontades do presidente, como se pudessem ser coisas dissociadas, como se Bolsonaro fosse um presidente “café com leite”. Do ponto de vista estritamente pragmático, ele é, e essa separação é até benfazeja para o País, pois, se todas as “ideias”, chamemos assim, de Bolsonaro fossem adiante e se transformassem em realidade, triste destino teria o Brasil. Entretanto, do ponto de vista institucional, a fraqueza do presidente da República é muito ruim por causar uma distorção na organização do Estado definida pela Constituição. 

O que se tem hoje é uma estrovenga política representada por um Congresso extremamente poderoso que usufrui apenas dos bônus desse poder acumulado, sem arcar com as responsabilidades por seus eventuais desvios. 

O Poder Legislativo controla a execução do Orçamento da União com uma discricionariedade jamais vista. As emendas de relator-geral, base do orçamento secreto revelado pelo Estadão, foram somadas às emendas individuais, de bancada e de comissão como instrumentos de aumento desse controle sobre o destino dos recursos dos contribuintes. E nem sempre às claras. A transparência, já determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em consonância com a Lei Maior, é dada quando, e se, o Congresso bem entende. A ação de um grupo parlamentar liderado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também tornou muito mais difícil a vida dos parlamentares não alinhados, desprovidos que foram de parte dos instrumentos legítimos de que dispõe a oposição em uma democracia. 

Como está não é bom para o Brasil. O melhor teria sido adotar o parlamentarismo, em que o governo é exercido no Parlamento e cai, sem grandes traumas, quando erra e perde sustentação política. Como o parlamentarismo já foi rejeitado pelos brasileiros em dois plebiscitos, resta tentar o semipresidencialismo, pois o Brasil não pode mais ficar à mercê de um Executivo que não sabe governar e, menos ainda, de um Legislativo que exerce o poder sem responsabilidade. 

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 20/2/2022

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF 

Em três anos, Justiça derrubou 28 normas sancionadas no DF

Judiciário também considerou inconstitucionais outros 29 decretos, instruções ou leis de gestões anteriores do Executivo local. A maioria das ações que questionaram os textos partiu do próprio governo distrital


JORNAL DO BRASIL - RIO DE JANEIRO/RJ

Itamaraty lamenta

críticas da Casa Branca

após Bolsonaro falar em

solidariedade' à Rússia


FOLHA DE SÃO PAULO  - SÃO PAULO/SP 

Internações de crianças por Covid saltaram de 284 para 2.232 de dezembro para janeiro

Alta foi maior que a dos adultos; falta de vacinas é principal explicação, segundo pesquisadores


A TARDE  - SALVADOR/BA

Hospital Aliança realiza procedimento inédito contra o câncer

A cirurgia por eletroporação irreversível é praticada nos EUA



CORREIO DO POVO

Porto Alegre aplica mais de 2,9 mil doses contra Covid-19 em Dia C da Vacinação Infantil

Imunização será retomada na segunda-feira



CLARIN - BUENOS AIRES/ARG

La intimidad del poder

Miedo al abismo, desconfianzas y pacto de silencio en el Frente de Todos

Llegó el informe del estratega catalán y se encendieron luces de alarma. Qué dice y por qué provoca reacomodamientos en la interna. El rol de Massa y la pulseada a todo o nada en el Congreso con eje en Cristina.


DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT

Raio X eleitoral. Quem fez a maioria absoluta do PS?

A partir dos dados de uma sondagem à boca de urna, dois politólogos analisaram o voto por idades, género e graus de instrução.

INTERFERÊNCIA DA RÚSSIA NA ELEIÇÃO NO BRASIL

O senador Randolfe Rodrigues ingressou com Representação no STF, requerendo apuração da viagem do presidente Jair Bolsonaro à Rússia; alega o precedente de interferência da Rússia na eleição nos Estados Unidos, tramando para a vitória do ex-presidente Donald Trump, e teme pela intromissão no pleito deste ano, no Brasil. Escreveu na petição: "Salta aos olhos como o discurso se alterou após a derrota de Trump na eleição para presidência dos EUA. O governo Bolsonaro, subserviente aos interesses de Trump, deixou de ter contato com aquele país, e agora volta seus interesses para Rússia". Adiante: "Qual é a verdadeira razão para uma viagem à Rússia em momento internacional tão delicado, com ausência de ministros e a presença de numerosos integrantes de seu gabinete do ódio, e no início do ano eleitoral, cujo pleito, ao que indicam as pesquisas de intenções de votos e de rejeição ao governo até o presente momento?". O senador caracteriza como risco a visita de Bolsonaro à sede do governo russo; pede seja ouvido o vereador Carlos Bolsonaro e assessor-especial da Presidência, Tércio Arnauld. 



sábado, 19 de fevereiro de 2022

CORONAVÍRUS NO BRASIL, EM 19/2/2022

Segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde houve o registro de 851 óbitos, ontem 1.127; anotadas 643.880 mortes desde o início da pandemia; registrados 108.725 novos casos, ontem 121.027. O total de casos desde o início foi de 28.167.587, ontem 28.058.862. Recuperadas 24.949.782 pessoas e em acompanhamento 2.573.925. 

Segundo dados da Secretaria de Saúde, na Bahia, de ontem para hoje, foram registrados 28 óbitos, ontem 75 e 2.935 novas contaminações, ontem 7.808; o total de mortos, desde o início da pandemia é de 28.882; recuperadas 5.046 pessoas. Desde o início da pandemia foram confirmados 1.484.531 de casos, recuperados 1.436.437 e 19.212 encontram-se ativos, ontem 21.351. Anotados 1.751.456 de casos descartados, e 322.317 em investigação. Na Bahia, foram vacinadas com a primeira dose o total de 11.400.437 pessoas, com a segunda dose ou única para 10.317.625 e 3.430.648 com a dose de reforço. Foram vacinadas 465.768 crianças, ontem 451.652.




ESCRITÓRIO CONTRATADO SEM LICITAÇÃO

A 5ª Turma do STJ absolveu o ex-prefeito da cidade de Salto/SP do crime de contratação direta ilegal de escritório de advocacia, sem licitação. O ex-prefeito, José Geraldo Garcia, em 2011, homologou procedimento de inexigibilidade de licitação para contratação do escritório de advocacia Nelson  Willians & Advogados Associados. Na ação, o Ministério Público alegou que os serviços não foram excepcionais ou singulares, vez que qualquer outro escritório poderia prestá-los, daí porque a exigência de licitação. O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o ex-gestor a quatro anos e oito meses de prisão, além da perda do mandato, sob fundamento de que o serviço não preenchia as exigências da Lei 8.666/1993.

A defesa do prefeito assegurou inexistência de dolo específico, além da Lei 14.133/2021 que substituiu o requisito de "natureza singular" do serviço por "natureza predominantemente intelectual". 

O entendimento da maioria do STJ é de que com a nova Lei de Licitações, os serviços de advocacia deixaram de exigir a contratação com licitação. O ministro João Otávio de Noronha assegurou tratar-se de "norma penal em branco" e não se constatou "vontade livre e consciente" do réu no sentido de permitir a dispensa de licitação. Escreveu no voto: "não se extrai nenhum elemento que demonstre ter o agravante agido com intenção de causar prejuízo ao erário ou de favorecer o escritório de advocacia contratado".



FESTIVAL DE BESTEIRAS QUE ASSOLAM O JUDICIÁRIO, FEBEAJU (CCLXXVII)

Desde o mês de abril/2021, com o julgamento pelo STF, considerando incompetência da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, juntamente com a procedência da suspeição do ex-juiz Sergio Moro, os processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram remetidos para outros segmentos da Justiça, abrindo larga porteira para invalidar ou não julgar os corruptos, seja pela demora na movimentação das ações penais, seja pela ocorrência da prescrição, como já se deram com o ex-presidente Lula, nos casos do tríplex do Guarujá e do sítio de Atibaia, já tramitando em Brasília; o bombardeio do STF atingiu uma sentença, de um juiz, um acórdão do Tribunal Regional Federal do Rio Grande do Sul e outro acórdão de outro Tribunal, o STJ, de Brasília. Os dois processos, apesar de substanciosas provas, não foram julgados; ademais, o ministro Ricardo Lewandowski, da Turma de Mendes, "deu o tiro de misericórdia", impedindo a movimentações dessas ações depois que aportaram em Brasília, sob fundamento de que também os procuradores eram suspeitos. 

Em novembro/2021, mais uma decisão importante para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, consistente na suspensão do bloqueio de seus bens; foram liberados R$ 3 milhões em seu nome e R$ 3 milhões em nome da esposa, Marisa Letícia, falecida em 2017. Os valores estavam bloqueados pelo juiz Antonio Bonat, da 13ª Vara Federal de Curitiba, visando ressarcir danos, em caso de condenação de Lula nos processos que ainda tramitam na Justiça. Os ministros, entretanto, anteciparam sob a crença de que Lula não será julgado ou não será condenado, daí a liberação dos bens. Se os processos contra Lula continuassem em Curitiba, é bem provável que o STF encontraria meios para suspender a tramitação, arguindo também suspeição do juiz Luiz Antônio Bonat.

O ex-ministro Guido Mantega, ministro do Planejamento no Governo Lula e ministro da Fazenda no governo Dilma, acusado de receber propina de R$ 50 milhões da Odebrecht, em troca de benefícios fiscais nos anos de 2009 e 2010, foi um dos favorecidos com a decisão do STF. A 2ª Turma, a do ministro Gilmar Mendes, mandou o processo para a Justiça Federal de Brasília e, em agosto/2019, determinou a retirada da tornozeleira eletrônica de Mantega, suspendendo decisão do juiz Luiz Antônio Bonat, que substituiu Moro na 13ª Vara Federal. Finalmente, em dezembro/2020, o juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, sustentado no prazo prescricional, determinou arquivamento da ação penal.  

Prosseguindo na libertação dos corruptos, em maio/2021 foi a vez do ex-deputado Eduardo Cunha, com decisão do ministro Ricardo Lewandowski, posteriormente mantida pela 2ª Turma. Registre-se que Cunha já tinha sido condenado pela prática dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, por ter recebido R$ 4,1 milhões de propina na venda de um campo de petróleo à Petrobras, na África. O processo de Cunha também foi remetido para Brasília, mas ele responde a outras ações penais, inclusive na Justiça Eleitoral, que, como já registramos, não tem estrutura para processar e julgar tais processos e Cunha aguardará a prescrição. 

No final do ano passado, o ministro Gilmar Mendes trancou dois inquéritos contra o presidente do BTG Pactual, André Esteves, que tramitavam na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba. O fundamento do "soltador oficial" do STF foi de que os casos submetiam o empresário a "constrangimento ilegal" e desmereceu as apurações iniciais, sustentadas em colaboração premiada. Todavia, para servir de prova para punição do juiz Marcelo Bretas, neste mês de fevereiro/2022, o ministro encaminhou ao CNJ colaboração premiada contra o magistrado, que nem foi homologada. O caso do empresário André Esteves refere-se ao pagamento de propina em negócios com a BR Distribuidora. Anteriormente, Mendes já tinha anulado mandados de busca e apreensão determinados pelo juiz Bonat, em 2019. 

Enfim, o FEBEAJU conta com a firmeza do princípio adotado por alguns ministros do STF e em pleno vigor de NÃO PUNIR, NÃO DEIXAR PUNIR E PUNIR QUEM PUNE".

Salvador, 19 de fevereiro de 2022.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.



 

PASSAPORTE VACINAL NAS UNIVERSIDADES

O Ministro da Educação, Milton Ribeiro, em setembro/2021, liberou as universidades e institutos federais da exigência de comprovante de vacinação contra a covid-19 para os alunos participarem de aulas presenciais, requisito imposto por alguma universidade. O PSB questionou a providência do ministro no STF e o ministro Ricardo Lewandowski, na condição de relator, em dezembro, concedeu liminar para assegurar que as instituições de ensino têm autoridade para exigir o passaporte vacinal. O caso está sendo decidido pelo plenário virtual, e o STF já formou maioria, com seis votos, mais a manifestação do relator pela imposição do acesso, mediante o passaporte vacinal.     



 


ARAS PEDE ARQUIVAMENTO DE MAIS UM INQUÉRITO

O Procurador-geral da República, Augusto Aras, atuou para salvar o presidente Jair Bolsonaro em mais um inquérito; trata-se da investigação sobre a prática do crime de prevaricação, ocorrido com a compra da vacina indiana, Covaxin, analisado pela Polícia Federal desde julho de 2021. Neste caso, a Polícia Federal, depois de mais de seis meses de averiguações, concluiu, como Aras que o presidente não tinha conhecimento das irregularidades com a aquisição da vacina. As peças seguiram para o gabinete da ministra Rosa Weber que dará a palavra final.    




SENADORES: PREVARICAÇÃO DO PROCURADOR

A CPI da Covid lançou Nota ontem, censurando o descaso da Procuradoria-geral da República com os crimes apontados no relatório da comissão. Na Nota está escrito: "A Procuradoria-geral da República, nesta sexta-feira (18), demonstrou mais uma vez a sua subserviência ao Presidente da República e seus descaso com a apuração dos graves crimes revelados pela CPI da Pandemia da Covid-19. Além de prevaricar no seu dever constitucional, a PGR falta com a verdade em sua nota". Os senadores, antes da nota publicada, criticaram a manifestação do Procurador Augusto Aras, alegando não ter recebido provas, mas os senadores, na quinta-feira, remeteu ofício assegurando que as provas estão no relatório final da Comissão, encaminhada ao órgão desde final do ano passado.