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sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

POPULISMO DESTRÓI A DEMOCRACIA

A democracia está sendo seriamente aferroada por alguns dos atuais governantes ao redor do mundo. A governabilidade, com respeito ao poder que emana do povo, é substituída pela agradabilidade aos que sufragam o nome do governante, ou seja, o eleito entende governar para seus eleitores. Não importa se este posicionamento ajuda ou prejudica a imagem do país e mesmo se o o tempo não está sendo usado para atos de menores importâncias. Assim, atualmente, o maior desafio reside no combate aos populistas, travestidos de democratas, que campeia a política mundial. É que eles buscam somente  o apoio popular e passam a comandar o país com outra roupagem, de início, agradável para seu público. Os populistas não se preocupam em trabalhar para o país, mas têm como meta a busca de conduta que agrada aos seus apoiadores. Pouco lhe importa o respeito aos princípios democráticos. É como se fosse um palhaço que trabalha unicamente com o intuito de agradar e fazer a plateia sorrir.  

Neste sentido, o populista coloca os interesses pessoais de uns como início, meio e fim de sua ação política, desconsiderando as orientações dos órgãos que compõem o próprio governo. A política dos populistas gira mais pelo modo de governar do que pelo conteúdo do programa de governo. A base de tudo situa-se no "mito", que não presta a mínima atenção aos partidos e às engrenagens do poder; cresce sua angústia por popularidade através do vínculo eminentemente emocional entre o "mito" e a massa popular. O líder populista procura agradar e falar a língua das classes sociais pobres, mas não sabe avaliar o resultado de suas concessões, por vezes, ilícitas, visando fundamentalmente perpetuar no poder. Promete o que não pode oferecer, por meio de benefícios sociais sem se preocupar com os gastos públicos; toda a sua ação é direcionada para a obtenção de votos. Segundo os ensaístas, o populismo sul-americano é semelhante ao fascismo, principalmente nos governos da Argentina, Juan Perón, e no Brasil, com Getúlio Vargas. 

O populista alimenta a opinião pública com a "futrica do dia", esmagando o consenso e valorizando a polarização; ele não cultua as instituições e pouco caso dispensa à racionalidade nos gastos públicos e na responsabilidade fiscal. Nada melhor para o populista do que se servir das redes sociais, meio para atingir seu público. O líder populista mais poderoso e em evidência é Donald Trump e, na América Latina, atualmente, desponta como seguidor do americano, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. Cristina Kirchner, no seu governo na Argentina, representava a corrente dos populistas. A característica maior dos populistas é de usar a demagogia como prática diuturna inerente ao seu governo. Sua estratégia situa-se nos argumentos apelativos, buscando a emoção e desvestindo da razão, sempre imaginando sua ascensão pessoal.      

Salvador, 08 de janeiro de 2021.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.



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