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quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

PRIMEIRO JESUÍTA COMANDA A IGREJA

O papa Francisco, tal como João Paulo II, tem facilidade para comunicar com o povo, cultua a simplicidade e nas multidões mistura-se com o povo, abraça as crianças e expõe simpatia contagiante; em muitos momentos é incompreendido por avanços propostos nas suas pregações, com incorretas conclusões. O chefe da Igreja Católica aproxima de divorciados, de homossexuais, de presos e de toda gama de pessoas desprezadas por grande parte da população. Ele diz que "os homossexuais são filhos de Deus e têm direito a formar uma família". Jorge Mario Bergoglio, ex-militar, nasceu na Argentina e tem sua origem espiritual na ordem dos jesuítas, de Santo Inácio de Loyola. Esta gênese atesta sua luta pela propagação da fé, juntamente com rígida disciplina na vida pessoal e religiosa. Francisco difere dos outros papas, por ser carismático, expansivo e sentir-se bem no meio do povo. É diferente, por exemplo, de seu antecessor, Bento XVI, tímido e extremamente conservador. Francisco enfrentou, combateu e puniu sacerdotes e outras pessoas que semeavam grande mal na Igreja, consistente na pedofilia de sacerdotes, no abuso contra as freiras e nos crimes financeiros no Vaticano.   

Francisco tornou-se o primeiro papa nascido na América, o primeiro pontífice não europeu, em mais de 1.200 anos e o primeiro jesuíta a ocupar a chefia da Igreja Católica. Foi eleito papa em março/2013. Na visita que fez ao Brasil, em 2013, o papa visitou favelas, entrou em barracos, cumprimentou o povo que lhe foi receber, beijou crianças. Assim tem procedido em todas as visitas que fez nos mais diferente países do mundo. Depois de 15 meses sem viagens, devido à pandemia, Francisco retoma o curso de suas peregrinações e a próxima visita será ao Iraque, agendado para início do próximo ano. O Iraque tem sido palco de muitas guerras e muito sofrimento do povo e o número de católicos situa-se em torno de 500 mil pessoas. O presidente do país, Barham Salih classifica a visita do papa como um "evento histórico". 

Francisco foge do padrão conservador de alguns papas e condena a acumulação de riquezas em mãos de poucos, quando se sabe que, segundo Santo Agostinho, 340/397, "a terra foi dada a todos, e não apenas aos ricos". Em face destes princípios, condena a profunda desigualdade social que reina no mundo moderno, preocupa-se com os pobres de todo o mundo. As pregações e visitas do papa em vários países tem contribuído para aumentar o número de católicos, no percentual de 6%. No Brasil, que teve queda de católicos, em anos anteriores, desde 2013 a queda ao menos se estagnou. O chefe da Igreja Católica não recusa em tocar em assuntos polêmicos, a exemplo do homossexualismo, o aborto, a eutanásia, a ordenação de mulheres, o celibato clerical, os divorciados e não aceita o preconceito racial.   

                                                        Brasília, 08 de dezembro de 2020.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados. 


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