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quarta-feira, 4 de novembro de 2020

TRUMP CÓPIA DE BOLSONARO OU BOLSONARO CÓPIA DE TRUMP!

As eleições de 2018, no Brasil, e deste ano de 2020 nos Estados Unidos oferecem intrincados raciocínios, difíceis de serem digeridos. Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump proclamou sua vitória, já na noite do dia da eleição; suspendeu uma festa na Casa Branca e bradou como vitorioso; e mais, orientou sua esposa para comemorar o triunfo na pequena cidade de Sevnica, no leste da Eslovênia, onde  ela nasceu. Já no dia seguinte, manhã de hoje, Trump ficou furioso, quando percebeu que o resultado não era aquele de ontem à noite/madrugada, e começou a vomitar seus absurdos argumentos de fraude nas eleições pelas redes sociais; um deles é DE que a contagem dos votos devia ser encerrada ontem, no dia da votação e o outro é que os votos depositados no correio não devem ser contados porque fraudados. 

Hoje, um dia depois da eleição, o cenário modificou completamente, daí o furor do presidente, alegando o desaparecimento de seus votos, quando Joe Biden, do partido democrata, está apenas por 17 votos ou 6 votos para ocupar a Casa Branca nos próximos quatro anos. Mas ninguém entende a sagacidade do presidente, pois, enquanto se diz vitorioso, ao mesmo tempo pede a suspensão da contagem dos votos, mesmo sabendo que seu concorrente conta com 225 delegados contra 213 e portanto se interrompido o escrutínio Biden poderia ser eleito, porque com maior número de delegados do que Trump. O tempo virou contra Trump, na tarde desta quarta feira, porque Biden acumulou mais delegados 238 contra 213, mas no início da noite o democrata já contabilizava 264 delegados contra 214, portanto necessitando de seis delegados para alcançar os 270 necessários para ser o presidente nos próximos quatro anos. Os estados que restam Trump não deverá melhorar sua performance e a tendência é Biden alcançar em torno de 290 delegados, 20 a mais do necessário.  

O mais enigmático de toda esta história é que Trump não apresenta uma só prova para substanciar suas ponderações; apenas alegação de quem está perdendo e levantando suspeitas impossíveis de serem transformadas em fatos.

A vinculação de Trump com Jair Bolsonaro ou de Jair Bolsonaro com Trump reside na afirmação do presidente brasileiro de que, em 2018, ele ganhou a eleição no primeiro turno; essa afirmação errática foi pronunciada fora do país, quando em visita à China, mas nunca provou o que propalou nem quando retornou ao país; o tempo passou e Bolsonaro não mais tocou no assunto. O confuso presidente do Brasil ainda questionou sobre a segurança das urnas eletrônicas, método seguro, avançado e respeitado em todo o mundo, mas não usou um só argumento para comprovar sua dúvida sobre a respeitabilidade das urnas eletrônicas.  

A conclusão de tudo isso é que o Brasil, em regras eleitorais, mesmo com as assertivas incongruentes de Bolsonaro, está anos à frente dos Estados Unidos que continuam usando métodos antiquados para escolher os dirigentes na maior nação do mundo. 

Salvador, 04 de novembro de 2020.

Antonio Pessoa Cardoso

Pessoa Cardoso Advogados.  



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