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quarta-feira, 4 de junho de 2025

DECRETADA PRISÃO DE ZAMBELLI

A Procuradoria-geral da República pediu ontem, 3, prisão preventiva e inclusão na lista da Interpol da deputada federal Carla Zambelli. Ela anunciou que está nos Estados Unidos e deve deslocar para a Europa, onde se submeterá a tratamento médico, pedindo licença do cargo de deputada federal. Em texto do pedido de prisão está escrito: "Não se trata de antecipação do cumprimento de pena aplicada à ré, mas de imposição de prisão cautelar, de natureza distinta da prisão definitiva, com o fim de assegurar a devida aplicação da lei penal". Escreveu o procurador: "Há necessidade, além disso, para eficácia da medida requerida e igualmente assegurar a aplicação da lei penal, de inclusão do nome da parlamentar requerida na difusão vermelha da INTERPOL, com a suspensão de seu passaporte e imediata comunicação aos países". Gonet diz que a deputada é considerada foragida "por ter se evadido para outro país e anunciado publicamente sua permanência na Europa e a transgressão da decisão condenatória proferida pela mais alta Corte do país, em que se cominou pena a ser cumprida inicialmente em regime fechado". 

Recentemente, Zambelli foi condenada por unanimidade pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal à pena de 10 anos de prisão pela invasão aos sistemas do CNJ. O passaporte de Zambelli, que tinha sido apreendido, em 2023, foi-lhe devolvido, motivo pelo qual ela pode deixar o país. Ela deixou o Brasil, passando pela Argentina e de Buenos Aires voou para os Estados Unidos. O ministro Alexandre de Moraes determinou hoje, 4, a prisão preventiva de Zambelli, além do bloqueio de seus bens e inclusão do nome da parlamentar na lista vermelha da Interpol. O bloqueio envolve passaportes da deputado, salário pago pela Câmara, bens, ativos e contas bancárias, veículos e imóveis, além de embarcações e aeronaves.    


JUIZ BRETAS: APOSENTADORIA COMPULSÓRIA

O juiz Marcelo Bretas, que exercia o cargo na 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, recebeu ontem, 3, a pena de aposentadoria compulsória, pela unanimidade dos membros do CNJ. A punição foi apresentada pelo relator, conselheiro José Rontondano, e foi acompanhado pelos 12 conselheiros, sendo que um deu-se por impedido. Depois da punição, Bretas declarou à TV Globo que a decisão foi uma "grande injustiça" e que "as meras palavras mentirosas de um advogado criminoso, foram aceitas como verdades no processo administrativo. Meus advogados recorrerão dessa decisão". Bretas estava afastado do cargo desde fevereiro e ele atuou na Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. O magistrado foi acusado de: tentativa de negociar penas, pressão contra investigados, direcionamento de acordo de colaboração, interferência em eleições, abusividade da condução de acordos em descumprimento aos deveres da magistratura, notadamente o da imparcialidade. Segundo o relator, Bretas mostrou-se um magistrado "obstinado" em se tornar protagonista do sistema de Justiça.            

Bretas foi acusado de tratativas com advogado, em práticas relacionadas com exploração de prestígio e informações sigilosas na Operação Lava Jato. O processo foi proposto pela OAB que insurgiu contra acordo de colaboração premiada celebrado com a Procuradoria-geral da República. A OAB diz que Bretas e o Ministério Públicos negociaram penas. O conselheiro acusa Bretas de tratativas informais com o advogado Nythalmar Dias Ferreira Filho. Outro processo contra Bretas refere-se a interferência nas eleições de 2018, originado de reclamação do prefeito Eduardo Paes, no qual o juiz é acusado de prejudicá-lo na eleição de 2018. O terceiro processo contra Bretas trata de abusividade e parcialidade em decisões de buscas e apreensão em endereços profissionais e residências de advogados. Nessas diligências não se observou os direitos, garantias e prerrogativas dos advogados. O relator concluiu que, diante dos três processos, a pena para o magistrado seria de aposentadoria compulsória e os membros da Corte seguiram o voto do relator.  

 

MUSK: "NÃO AGUENTO MAIS"

O ex-comandante do Departamento de Eficiência Governamental, DOGE, Elon Musk, classificou ontem de "repugnante, escandaloso e eleitoreiro" o megaprojeto de lei orçamentária, encaminhada pelo presidente Donald Trump ao Congresso dos Estados Unidos. Escreveu o bilionário na rede social X: "Sinto muito, mas já não aguento mais". Musk assegurou que o projeto contribuirá para aumentar o déficit orçamentário em US$ 2,5 trilhões, concorrendo para "sobrecarregar os americanos com uma dívida esmagadoramente insustentável". Musk ainda disse que o Congresso leva os Estados Unidos à falência e tanto a Câmara quanto o Senado é composta na maioria por republicanos, partido de Donald Trump. No DOGE, Musk recebeu o encargo para cortar gastos da administração pública, mas desde o final de maio ele deixou o órgão e passou a criticar o plano fiscal proposto por Trump.    

A despedida formal de Musk aconteceu no dia 30 de maio, quando ele esteve no Salão Oval da Casa Branca, ao lado de Trump, que disse: "Elon realmente não vai embora". Os dois combinaram no sentido de que Musk poderia continuar atuando como conselheiro do presidente. A realidade é outra, pois Trump "demonstrava incômodo com a imprevisibilidade de Musk", ao ponto de a imprensa considerar Musk "um fardo político". O bilionário deixou o Doge de forma "rápida e sem cerimônias"; ele não teve conversa formal com o presidente antes de pedir demissão. Para complicar ainda mais o cenário, Trump anunciou a desistência de indicar, para comandar a Nasa, um aliado de Musk, causando desapontamento no sul-africano.   

 

ISRAEL MATA ABRIGADOS EM ESCOLAS

Escola bombardeada em Gaza
O jornal The Guardian noticiou que os ataques aéreos das forças dos criminosos israelenses foram direcionadas ontem para escolas usadas como abrigos por civis na Faixa de Gaza. Pelo menos seis prédios escolares foram atingidos nas últimas semanas, causando a morte de mais de 120 pessoas. Os criminosos promovem essas incursões com o objetivo de destruir para depois ocupar a Faixa de Gaza. No centro de Gaza foram mortas quatro pessoas, que estavam em uma escola, em Deir al-Balah, usada como abrigo. O Exército israelense depois dos ataques aparece para informar que bombardeou um local "usado por terroristas"; afirmam que "os soldados tomaram medidas para mitigar danos à população civil", quando, na verdade, é o inverso o que ocorre, ou seja, os brutamontes direcionam seus ataques contra civis palestinos. As autoridade militares informaram ao jornal ingrês que a escola estava entre os alvos estratégicos, assegurando que outras quatro instituições de ensino, no norte de Gaza, estariam visadas pelos criminosos.   

Estimativas da ONU afirmam que 95% das escolas de Gaza "sofreram algum tipo de dano desde o início da guerra, em outubro de 2023". Levantamento asseguram que 400 instituições educacionais foram atingidas diretamente por bombardeios. No final de maio, o ataque dos criminosos israelenses mataram pelo menos 54 pessoas, enquanto dormiam na escola Fahmi Al-Jarjawi. Autoridades informaram à rede BBC que corpos carbonizados, incluindo crianças, foram retiradas de salas de aula incendidas. O certo é que os israelenses passaram a considerar escolas, hospitais e estruturas municipais como alvos para a prática de seus crimes. Autoridades, ouvidas pelo The Guardian, informaram que, "mesmo sabendo da presença de civis, os ataques foram autorizados com a justificativa de que havia integrantes do Hamas no local, ainda que eles fossem de baixo escalão". Os militares israelenses ainda tem a covardia de dizer que "as operação seguem critérios de necessidade militar".      



MANCHETE DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 4/6/2025

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Mourão terá que esclarecer à PF se sofreu pressão de Bolsonaro

Moraes determina que o ex-vice-presidente esclareça à Polícia Federal se sofreu pressão de Bolsonaro para ajustar sua versão antes da oitiva no Supremo

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

China e Europa oferecem dinheiro e estabilidade a pesquisadores afetados por cerco de Trump

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

EUA dobram tarifas sobre aço para 50%; Brasil será afetado

País é 2º maior fornecedor ao mercado americano; governo de Trump 

diz que alta é necessária para a saúde de suas indústrias

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

Justiça bloqueia R$ 119 milhões 
de investigados por fraude contra INSS

Os sigilos bancário e fiscal também foram quebrados 
por determinação judicial

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

VÍDEO: Ex-comandante da Aeronáutica relata 
plano de Bolsonaro para prender ministro 
Alexandre de Moraes

Carlos Almeida Baptista Júnior depôs ao STF sobre reuniões realizadas entre 
Jair Bolsonaro e os comandantes das Forças Armadas após as eleições de 2022

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT

Duas em cada cinco pessoas em Portugal seriam pobres sem apoios sociais

Relatório da Nova SBE mostra que, sem prestações sociais, a taxa de pobreza seria de 41,8% e seriam precisos 19,4 mil milhões de euros para elevar o rendimento de todos ao limiar da pobreza. 

terça-feira, 3 de junho de 2025

RADAR JUDICIAL

Um juiz barrou lavrador de havaiana
JUÍZES DE CHINELO DE CALÇA JEANS

Relatório de Inspeção Ordinária da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça do Maranhão, realizada ente os dias 3 e 6 de fevereiro, com 329 páginas, constatou irregularidades jamais vistas nos fóruns. O juiz Francisco Ferreira de Lima, juntamente com seus colegas, na inspeção da 1ª Vara de Execuções Penais de São Luís, presenciaram um magistrado "trajando calça jeans e camiseta. Debaixo de sua mesa, segundo o relatório, havia ainda um par de chinelos, que supostamente eram utilizados durante o expediente". A Corregedoria Nacional determinou que a Corregedoria-geral de Justiça do Tribunal de Justiça do Maranhão oriente o magistrado a "se abster de utilizar chinelos no ambiente de trabalho, trajando-se de forma compatível com a dignidade do cargo". 

O relatório apontou que a 1ª Vara de Execuções Penais "apresentou desempenho insatisfatório nos últimos anos". "Em 2022, antes da gestão do juiz foram baixados 3.746 processos, contra apenas 656 novos. Em contrapartida, nos anos seguintes, a quantidade de processos distribuídos passou a ser superior à de processos baixados, indicando acúmulo crescente. Ao todo, a vara conta com 5.828 execuções penais ativas, sendo que 3.631 dessas estão com decisões pendentes e 5 aguardam despacho". A explicação do juiz, escassez de servidores, não convenceu o CNJ, porque a 1ª Vara de Execuções Penais dispõe de 28 servidores, enquanto a 3ª VEP trabalha com 13 funcionários.   

ELEIÇÃO PARA JUÍZES 

As eleições para escolher os juízes do México, de acordo com a reforma do Judiciário, aprovada pelo Congresso, em 2024,  que impôs a participação popular, teve apenas um quarto da presença dos eleitores. O país com 99 milhões aptos a votar, contou somente com 13 milhões de votantes, percentual de apenas 13%. Algo parecido com o México, apenas a Bolívia, mas a escolha é permitida somente para os cargos nos tribunais superiores. Nos Estados Unidos, o voto popular acontece em alguns estados, mas para juízes estaduais. No México, a eleição foi destinada ao preenchimento de 2.6 mil cargos de tribunais regionais, federais e membros da Suprema Corte. A proclamação do resultado acontecerá no próximo dia 15, quando se espera o encerramento da contagem dos votos. 

Apesar da pouco afluência de eleitores às urnas, a presidente do país, Claudia Sheinbaum, classificou a eleição de "êxito democrático". Residem dois temores com esse tipo de escolha dos juízes: de risco ao Estado Democrática, porque o partido Morena, da presidente, pode exercer influência na escolha dos magistrados e a possibilidade de o crime organizado mexicano, com fantástico poderio financeiro, eleger juízes.           

ZAMBELLI DEIXOU O PAÍS

A deputada Carla Zambelli declarou hoje, 3, ter deixado o Brasil e não voltará; ela foi condenada a dez anos de prisão pela invasão aos sistemas institucionais do CNJ, com auxílio do hacker Walter Delgatti. A parlamentar assegura que permanece alguns dias na Europa, onde tem cidadania em um país europeu. Declarou Zambelli: "Queria anunciar que estou fora do Brasil, já faz alguns dias, vim à princípio buscar tratamento médico, que já fazia aqui, e agora vou pedir inclusive para que eu possa me afastar do cargo. Tem essa possibilidade na Constituição. Acho que as pessoas conhecem um pouco mais disso hoje em dia, é o que o Eduardo (Bolsonaro) fez também. Então eu passo a não receber mais salário meu gabinete vai ser ocupado pelo meu suplente. (Ele) assim e fico fora do país neste período. Vou me basear na Europa". Zambelli declara medo do que pode ocorrer caso ela seja presa. Afirmou: "Eu tenho um pouco de receio das outras mulheres na cadeia, né? Porque eu nunca sei o que vou encontrar, mas eu também luto, então não tenho medo de apanhar. O maior problema é ficar longe da família". 

VISITA DE ALMIRANTE AMERICANO

O almirante americano Alvin Holsey não foi bem recebido pelos militares brasileiros, face a programação de visita ao Rio Branco; um jantar oferecido pelo almirante foi esvaziado. Ele esteve no Brasil na semana de 19 de maio e ocorreram reuniões com o ministro da Defesa, José Mucio e com os chefes militares Tomás Paiva, do Exército, Marcos Olsen, da Marinha e Marcelo Damasceno, da Aeronáutica, além de Renato Rodrigues de Aguiar Freire, do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas. Os Oficiais-generais brasileiros estranharam o pedido de visita específico de Holsey, ao batalhão de Rio Branco, comandado por um tenente. A explicação dos americanos para a visita ao Rio Branco prende-se ao combate do tráfico de drogas e armas e o 4º Batalhão atua no controle das fronteiras do Peru e da Bolívia.   

MENTIU EM DEPOIMENTO: CONDENAÇÃO

Um homem mentiu em depoimento em processo penal sobre agressão em um camping no estado. Ele declarou, no inquérito, que viu dois homens atingirem a vítima com uma barra de ferro na cabeça; no depoimento judicial, assegurou que não presenciou a agressão, mas apenas ouviu comentários, sem informar quem seriam os autores do crime. Com esse depoimento os acusados foram absolvidos, apesar de uma testemunha familiar da vítima ter sido firme e coerente. No processo, o réu presenciou os fatos e mentiu "de forma deliberada ao prestar seu depoimento em juízo", segundo aponta o conjunto probatório do processo. O caso subiu para ser decidido pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina que manteve a condenação do homem por falso testemunho, condenando a quatro anos, um mês e 23 dias de reclusão, em regime fechado. A defesa recorreu, mas o relator, desembargador Carlos Alberto Civinsky, frisou que "o crime de falso testemunho não exige apenas contradição entre os depoimentos e os fatos, mas entre o que foi declarado e o que a testemunha realmente sabe". A decisão de primeiro grau foi mantida, por unanimidade.   

Salvador, 3 de junho de 2025.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.



TRUMP PERDOA CRIMINOSOS!

O que mais preocupa no governo Donald Trump não são seus estúpidos decretos, sua anistia para os condenados na invasão do Capitólio, os condenados por corrupção, fraude fiscal, tráfico de drogas e até mesmo homicídio. Trump não respeita nem o rito ordinário para essas benesses, constante da abertura de processo formal pelo Departamento de Justiça para análise de caso por caso. Além do benefício para autores de crimes graves, inclui-se sua interferência nas universidades ou sua perseguição inclemente aos que não depositaram voto em seu nome. A inquietação passa pelo objetivo do seu governo nesses seis meses de assédio frequente contra os imigrantes, sem dar-lhe o direito sagrado de exercer suas defesas ou a perseguição aos escritórios de advocacia que não aceitam suas condições impostas para continuarem com o trabalho de advogados. Trump abriu caminho para os condenados do 6 de janeiro, classificando-os como "reféns" ou "prisioneiros políticos". No primeiro dia do governo, perdoou a grande maioria dos condenados. 

Dentro do maior desassossego de Trump reside o perdão aos fraudadores do grupo criminoso Gangster Disciples, Larry Hoover, contando com 30 mil membros, em Chicago, e que arrecadava US$ 100 milhões por ano; este foi outro grupo de criminosos beneficiados com a anistia de Trump. Rei Larry foi preso no estado de Illinois, nos anos 1970, pelo assassinato de um traficante rival. Esse criminoso tem pena de mais de 100 anos a cumprir e a clemência de Trump não lhe protege, porque sem amparo legal, mas é possível acudir-lhe para sair da prisão de segurança máxima. Outro caso singular, esse no meio político, refere-se ao ex-governador de Connecticut, John Rowland, que renunciou ao cargo para evitar impeachment. Pois bem. Esse ex-governador declarou-se culpado e foi condenado a um ano e um dia de prisão, mas não se emendou e dez anos depois foi punido por corrupção pública, obstrução da justiça, conspiração e falsificação de documentos. Ele mereceu perdão concedido, apressadamente, pelo presidente americano. Os mais beneficiados pelos perdões de Trump são aqueles que praticam os crimes dos quais ele mesmo, Trump, foi acusado e responderá assim que deixar a presidência: fraude fiscal.   

Muitos casos intrigam o meio jurídico e político. O ex-senador estadual do Tennesse, Brian Kelsey, confessou sua participação em esquema ilegal de financiamento de campanha política; posteriormente, apresentou-se para cumprir a pena de 21 meses, mas protocolou pedido de perdão à Casa Branca, sob fundamento de que sua punição prestava-se para atingir um aliado próximo do presidente. Pois duas semanas depois, foi perdoado por Trump. Outra situação inusitada ocorreu com o republicano e ex-senador do Arkansas, Jeremy Hutchinson, que foi condenado a quatro anos de prisão em 2023, pela prática dos crimes de fraude fiscal e corrupção passiva. Em carta a Trump, os advogados do filho do ex-senador Tim Hutchinson, disseram a Trump que "está absolutamente claro que os democratas do Departamento de Justiça do FBI optarem por processar o caso porque ele era um legislador conservador graduado, de família republicana".   

Os aliados de Trump servem-se do argumento de que seus casos são semelhantes àqueles que o próprio presidente responde, tais como fraude fiscal, incitação à insurreição na invasão do Capitólio, em janeiro/2021; Trump assegurou que as investigações contra ele nada mais foram do que uma caça às bruxas. E tome-lhe perdão, sem haver quem barra a benevolência de Trump, pois nem republicanos nem mesmo democratas no Congresso, muito menos a Justiça, na Suprema Corte, movimenta para barrar o instinto criminoso do presidente. 

Salvador, 3 de junho de 2025.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.


UCRÂNIA DESTRÓI PONTE NA CRIMÉIA

Depois do celebrado ataque à Siberia, Kiev desferiu nova investida na ponte da Crimeia, na madrugada de hoje, 3, anexada por Vladimir Putin em 2014; os danos não foram os esperados, mas ficou comprometido um pilar. A ponte é importante, porque serve para fornecimento e mantimentos e provisões militares. Em Sebastopol, principal cidade da Crimeia, foram suspensas as embarcações comerciais. No sul, em Kherson e Zaporíjia, ocupadas pelos russos, os ucranianos deixaram em torno de 700 mil pessoas sem energia, depois de ataque com drones, tornando-se o maior apagão no conflito. Kherson continua ocupada pelos russos, afora faixa ao norte do rio Dniepr, incluindo a capital. A predominância dos russos situa-se no leste, envolvendo Lugansk e Donetsk, ponte terrestre entre a Rússia e a península da Crimeia.      

Zelensky insiste em pedir aos Estados Unidos novas sanções contra Moscou, principalmente depois do ataque, com duas pessoas mortas, em Sumi. Forças russas ocuparam pequena cidade de Andriivka, como caminho para ocupar a capital regional. O insucesso das negociações em Istambul, na Turquia, provocou o deslocamento da delegação ucraniana para os Estados Unidos, com o objetivo de pedir mais sanções contra os russos. Os 112 drones lançados pelos russos não lograram o efeito desejado, mesmo porque 75 deles foi derrubados.    



TRUMP SUSPENDE PESQUISA DE VACINAS

A pesquisa de vacinas nos Estados Unidos enfrenta oposição do presidente Donald Trump; ele encerrou um programa de US$ 258 milhões focado na busca de imunizante. A Universidade Duke e o Instituto de Pesquisa Scripps, líderes do programa, foram informados pelos representantes da divisão de HIV dos Institutos Nacionais de Saúde, na sexta-feira, 30. O programa estendia a tratamentos para outras doenças, desde medicamentos para Covid-19 a antídoto para veneno de cobra e terapias para doenças autoimunes. O imunologista Denis Burton declarou: "Acho muito decepcionante que, neste momento crítico, o financiamento para programas de pesquisa de vacinas contra o HIV, altamente bem-sucedidos, seja retirado". Especialistas em saúde pública afirmam que os cortes causaram interrupção das conquistas obtidas nas últimas décadas contra o HIV. Na semana passada, a administração federal reteve fundos devidos a estados para prevenção do HIV. No Texas, o Departamento Estadual de Serviços de Saúde pediu para os beneficiários suspender as atividades "até novo aviso". Em outras cidades foram demitidos funcionários do departamento de saúde.   

Além de tudo isso, o governo Trump fechou a divisão de prevenção do HIV dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças. O entendimento que se tem é de que "a pandemia de HIV nunca será encerrada sem uma vacina, então acabar com a pesquisa sobre uma acabará matando pessoas. O investimento de vários anos do HIH em tecnologias avançadas de vacinas não deveria ser abandonado por um capricho como este", segundo afirmação de John Moore, pesquisador de HIV da Weil Cornell Medical em Nova York. Logo no início do governo, em janeiro, Trump interrompeu o desembolso de fundos do Plano de Emergência do Presidente para o Alívio da Aids.   



ESTUDANTE BRASILEIRO É PRESO EM MASSACHUSETTS

Marcelo Gomes, 18 anos, brasileiro que estudava no colégio Milford High School, foi preso no fim de semana em Massachusetts, nos Estados Unidos, causando muitos protestos. Ele estava em um treino de vôlei, quando foi detido pelas autoridades migratórias; Marcelo chegou aos Estados Unidos com sua família há mais de dez anos, mas não tinha documentação, quando foi detido. Na formatura, Marcelo tocaria na banda da escola. A namorada dele, Julianys Rentas informou que Marcelo, depois de preso, a polícia colocou nele correntes nos tornozelos e nos pulsos. Explicou: "Ele está em uma cela com outros 30 homens. Ele é o único jovem de 18 anos lá, é o mais novo. Ele não é criminoso. Ele é um membro desta comunidade e nunca fez nada de errado". 

O presidente Donald Trump determinou que sejam efetuadas três mil prisões por dia, visando garantir sua promessa de promover a maior deportação da história do país. A senadora estadual Rausch protestou e assegurou que "colocar estudantes do ensino médio em algemas não deixa ninguém mais seguro". O superintendente das escolas de Milford, Kevin McIntyre criticou a operação e declarou: "Eles são membros da comunidade, alunos em nossas salas de aula, atletas que competem representando Milford, músicos, artistas, amigos e vizinhos. Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para apoiar nossos alunos e famílias durante esses momentos difíceis". A governadora de Massachusetts, Maura Healey, teceu críticas ao governo de Trump. Ela disse que "a administração Trump continua a criar medo em nossas comunidades, e isso está nos deixando menos seguros".