O Ministério Público Federal denunciou os ex-prefeitos do município de Angical/Ba, Leopoldo de Oliveira Neto e Gilson Bezerra de Souza por ter celebrado contrato ilegal com escritório de advocacia, no montante de R$ 2.7 milhões, em relação a precatórios e Fundef. Foi requerida a suspensão do contrato e dos pagamentos, com condenação dos ex-gestores nos danos causados aos cofres públicos. Segundo o Ministério Público falta informes sobre análise jurídica da contratação e desvio de finalidade na aplicação dos recursos recebidos.
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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021
FORO PRIVILEGIADO E A EMENDA DA IMPUNIDADE
A ministra Cármen Lúcia, quando no exercício da presidência do STF, pautou a discussão, no Plenário, sobre o foro privilegiado. Os ministros Marco Aurélio, Barroso e mais seis deram voto no sentido de admitir o foro apenas para chefes de poder. O ministro Dias Toffolli, depois de oito votos a favor da restrição, pediu vista, não com o objetivo de analisar, mas simplesmente para postergar por anos a proclamação do resultado. Foi a denominada "vista obstrutiva" que impediu o julgamento. A matéria passou a ser discutida no Congresso, mas está emperrada, depois do pronunciamento do Senado e da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, em 2017; encaixotaram a Emenda e quando menos se espera, os deputados pretendem ampliar a imunidade para os parlamentares, que não deixa de ser um benefício ainda maior que o foro privilegiado. A matéria está em debate e o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, envolvido em vários crimes, insiste em aprová-la a toque de caixa, porque nem foi submetida a nenhuma Comissão.
A dificuldade para definição final sobre o foro privilegiado torna-se muito grande, pois encontra resistência no Supremo, através do ministro Dias Toffoli, que segura o processo, apesar de já está definido o resultado da votação; já na Câmara dos Deputados, também apesar de já aprovado a restrição ao foro por prerrogativa de função pelo Senado Federal, o ex-presidente Rodrigo Maia e agora Arthur Lira não submetem à votação no plenário. Aliás, o atual presidente trilha caminho contrário, no sentido de ampliar os benefícios para os congressistas, com a Emenda da Impunidade.
Salvador, 25 de fevereiro de 2021.
ATOS DO PRESIDENTE
Através de Decreto Judiciário, publicado hoje, no DJE, o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, des. Lourival Trindade, dispõe sobre o uso do sistema PJe, em petições criminais, nas Comarcas abaixo:
Euclides da Cunha; Eunápolis, Guanambi; Ilhéus; Itaberaba; Itapetinga; Jacobina; Porto Seguro; Santo Antônio de Jesus; Senhor do Bonfim; Teixeira de Freitas; Valença.
A instalação em todas essas Comarcas será no dia 26/04/2021, e o expediente ficará suspenso entre os dias 12/04 a 16/04/2021.
Em Decreto Conjunto, "dispõe sobre a aplicação do acordo de não persecução penal-ANPP, a execução da pena de multa, de que tratam os artigos 28-A e 51 da Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941, Código de Processo Penal, no âmbito do Tribunal de Justiça da Bahia".
Em Decreto Conjunto, "estabelece novas medidas de prevenção ao contágio pelo Novo Coronavírus (COVID-19) no âmbito das unidades judiciárias do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia". Permite a atuação de magistrados, servidores, estagiários e colaboradores na modalidade teletrabalho, entre as 8:00 e 18:00 horas, sendo que a partir de 08 de março/2021, as atividades retornarão à terceira fase da retomada presencial.
MORO DIZ QUE "AS PROVAS NÃO PERDERAM O VÍNCULO COM O CRIME"
O ex-juiz Sergio Moro, na coluna da Crusoé, escreve que "Ainda que as mensagens estejam atualmente em poder da Polícia Federal em decorrência das investigações realizadas contra os hackers, isso não significa que as provas perderam o vínculo com o crime de violação dos aparelhos dos procuradores da República". Mais adiante: "Houve alguma prova fraudada ou forjada contra algum acusado? Há mensagens que denotam motivações político-partidárias ou espúrias nos processo? Houve ocultação de provas que poderiam resultar na absolvição de alguma acusado? As respostas são todas negativas para a frustração dos corruptos e de seus amigos..."
MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE: 26/02/2021
CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021
CONSELHEIROS TIRAM PODER DE ARAS
O Procurador-geral da República, Augusto Aras, poderá perder parte do poder, se amanhã o Conselho Superior do Ministério Público Federal aprovar projeto de resolução; a criação e prorrogação de forças-tarefas não mais será de competência de Aras, mas do Conselho; Aras, no início deste mês, fechou a força-tarefa do Paraná.
CORONAVÍRUS NO BRASIL EM 25/02/2021
OS JUÍZES SOCIAIS DE PORTUGAL
Em Portugal, há mais de 1 mil juízes denominados de juízes sociais efetivos, originados da sociedade civil, sem beca, mas que prestam relevantes serviços nas decisões de processos relacionados com família e menores. Eles são admitidos no Tribunal de Família e de Menores de Lisboa. Esta figura está prevista em lei, desde 1978, mas posta em prática somente com as Lei Tutelar Educativa e Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Risco, de 2001. Os juízes sem becas são escolhidos pelas câmaras municipais para mandatos de dois anos, podendo ser renovados; participam de julgamento com um juiz de direito e dois juízes sociais; prevalece a decisão da maioria.
A lei de 1978, responsável pela regulamentação de recrutamento dos juízes sociais, impõe requisitos para se habilitar, tais como idade mínima de 25 anos, sem antecedentes criminais, residir no "conselho", onde pretende trabalhar. A maioria desses juízes são originados da classe dos professores, psicólogos, assistentes sociais; apesar de não terem maiores conhecimentos na área jurídica, são considerados peças importantes pelos juízes de direito, porque aproxima o povo da justiça.
MINISTRO MANDA JUIZ AVALIAR PROVA FORA DOS AUTOS
O ministro Edson Fachin, deixou-se levar pelos advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando determinou ao juiz Luiz Antonio Bonat, que avaliasse à parte, antes da sentença, as provas obtidas através do acordo de leniência da empreiteira Odebrecht. Sustentaram os defensores de Lula em perícia particular para questionar as provas; evidente que o juiz negou o pedido, afirmando que as provas seriam analisadas na própria sentença que ainda não foi proferida, mas o ministro, inexplicavelmente, transforma o trabalho do magistrado em analista de provas, atividade eminentemente administrativa. Trata-se de peças no processo, com denúncia recebida em dezembro/2016, sobre aquisição de terreno para sede do instituto Lula, no qual o ex-presidente é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, por ter recebido R$ 12 milhões em propina da empreiteira.
Decisão absurda escatológica só se viu, quando o próprio ministro, em 2018, foi o único voto vencido para permitir a candidatura de Lula à presidência da República, invocando para substanciar seu voto decisão liminar concedida pelo Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, ONU. Registre-se que a Organização não se insere no quadro do Judiciário do Brasil nem de qualquer país.