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domingo, 15 de agosto de 2021

COLUNA DA SEMANA

                   AS MENTIRAS DE BOLSONARO

"Por que um hacker preso que entrou nos computadores do TSE...". 

O TSE respondeu, assegurando que se tratou do hacker Marcos Roberto da Silva, preso em Uberlândia/MG, desde março/2021. Ele não foi detido por invasão ao sistema, mas suspeito de participação no vazamento de 223 milhões de dados do sistema Serasa. Bolsonaro confunde as coisas e mente sem escrúpulos.   

Bolsonaro declarou, em 28/07/2021, véspera do que seria a descoberta da fraude nas eleições: "Só no ano passado, nós investimos em auxilio emergencial o equivalente a mais de dez anos de Bolsa Família". 

É falsa a informação do presidente, pois segundo dados do Ministério da Cidadania, foram gastos com o Bolsa Família, entre 2010 e 2019 o total de R$ 340,3 bilhões em valores corrigidos pela inflação. Os dados do Tesouro Transparente anota que Bolsonaro pagou R$ 293,1 bilhões de auxílio emergencial em 2020. Só para quem não sabe fazer conta chega à conclusão de Bolsonaro.  

Na mesma data, Bolsonaro procura esquivar-se da corrupção, na aquisição da vacina Covaxin. Diz o presidente: "Querem me rotular de corrupto no caso da vacina Covaxin. Mas não compramos uma dose sequer, não gastei um real sequer". 

Bolsonaro quer dizer que se você atira e não mata, não há crime. Na verdade, foi assinado o contrato e o Ministério da Saúde, em fevereiro/2021, empenhou R$ 1,6 bilhão para aquisição de 20 milhões de doses. Empenhar significa reservar o dinheiro para aquele fim, portanto não pode ser usado para outras despesas. A CPI descobriu que houve pressão do governo para assinatura do contrato e previsão de pagamento antecipado de R$ 45 milhões à empresa Madison Biotech, que não era contratante. 

Na data, que era para sair a comprovação das fraudes, Bolsonaro declarou: "Então durante 231 minutos, uma hora dava Aécio, outro minuto deva Dilma, alternando, alternando, durante 231 vezes. Quem entende um pouco de estatística, probabilidade, matemática, isso é muito difícil de acontecer".

Acontece que Bolsonaro não entende de estatística, de probabilidade e muito menos de matemática. Mas mesmo assim, o TSE desmentiu essa informação, que não seria nada de mais, nem mesmo para o candidato derrotado Aécio Neves. O TSE informa que com base nos dados de apuração minuto a minuto do segundo turno das eleições de 2014, o gráfico de porcentagem de votos de Dilma e Aécio cruza em apenas um momento, às 19.31hs, quando Dilma tinha 49,98% dos votos válidos e Aécio, 50,02%. Daí em diante a petista sobe na contagem, registrando no final, às 21.13hs, 51,64% dos votos válidos. 

Essas bobagens só originam-se de quem preocupa mais em denegrir a imagem de um concorrente político ou não, pois Aécio, prejudicado, se constatada fraude, não visualizou essas besteiras. 

Salvador, 14 de agosto de 2021.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.



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