A juíza Emanuela Bianca de Oliveira Porangaba, da Vara Única da Comarca de Murici/AL, indeferiu petição inicial, sob fundamento da boa-fé objetiva, vedando o direito de demandar por abuso. A petição assinada por escritório de advocacia, defendia um consumidor analfabeto. Foi constatada grande quantidade de ações, pelo mesmo escritório, com o mesmo autor e mesmos pedidos, mudando apenas o número dos contratos, que buscava sua nulidade, porque empréstimo irregular e indenização pela instituição financeira.
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segunda-feira, 2 de agosto de 2021
SERVIDORA DE TRIBUNAL É DEMITIDA
O Tribunal de Justiça de Rondônia demitiu uma servidora efetiva, porque apresentou exame falsificado de gravidez, visando enquadramento no grupo de risco para a Covid-19. A mentira da servidora foi descoberta no final do ano de 2020, depois de verificado o exame em laboratório no qual foi realizado. O Tribunal chegou a conclusão de inexistência de gravidez. O processo disciplinar aberto, apontou a pena de demissão para a servidora.
MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 02/08/2021
CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF
domingo, 1 de agosto de 2021
CORONAVÍRUS NO BRASIL, EM 1º/08/2021
CORTE DE ENERGIA: INDENIZAÇÃO
Companhia Paulista de Força e Luz apela de sentença, proferida pelo juiz da Comarca de Americana, de condenação por suspensão do fornecimento de serviço essencial ao consumidor Douglas Henrique de Oliveira adimplente. A 34ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a sentença, que condenou a concessionária ao pagamento de R$ 10 mil por danos morais, resultado do corte imotivado de energia elétrica. A suspensão de energia deu-se em um sábado, desrespeitando o art. 172, § 5º da Resolução 414/2010 da Aneel, mesmo sem atraso no pagamento; o restabelecimento só aconteceu no dia seguinte.
COLUNA DA SEMANA
Uma das invencionices mais recentes de Jair Bolsonaro, uma delas trata da presença do presidente do TSE, Barroso, à Câmara dos Deputados "com interesses escusos", segundo alegou; na verdade, o ministro Barroso foi convidado, de conformidade com ofícios do presidente do TSE divulgados pela imprensa. Uma das convocações é de autoria do presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira, aliado de Bolsonaro; outro ofício, do deputado Paulo Martins, presidente da comissão do voto impresso, mostram o chamado a Barroso para discorrer sobre as urnas eletrônicas. É mais uma lenda do presidente.
A outra grande mentira recente do presidente situa-se na divulgação de provas bombásticas que iriam ser exibidas acerca de fraudes nas eleições de 2014 e de 2018 com as urnas eletrônicas. Na quinta feira, 29/07, era a data para esclarecimentos dos fatos mirabolantes, e, Bolsonaro sem o mínimo de constrangimento, aparece em live para apresentar vídeos antigos e desmentidos e para dizer, em alto e bom som, que não tinha prova e quem deveria comprovar a seriedade dos resultados pelo uso das urnas eletrônicas seria o TSE. As mentiras, sobre as urnas, tem sido motivo de encantamento da "boiada" do presidente.
"Mas a tecnologia da mesma (urna eletrônica), a sua segurança, quase nada mudou de lá (dos anos 1990) para cá", declarou Bolsonaro na live que seria destruidora do processo eleitoral com as urnas eletrônicas, no dia 29/07. Outra é a realidade, pois as cédulas usadas nas eleições, antes das urnas eletrônicas, prestavam para fraudar o resultado e levavam dias, semanas para sair a proclamação do resultado, porque os políticos se envolviam em querelas judiciais; com as urnas eletrônicas, em 1996, acabaram as demandas e o resultado sai no mesmo dia ou no dia seguinte. Ademais, o Registro Digital do Voto, RDV, permite a recontagem dos votos, sem violação do sigilo.
Naquela quinta feira, 29/07, disse o presidente brasileiro: "E outros (indícios de fraude) também de pessoas que, no dia das eleições, foram votar e o nome do seu candidato não apareceu na tela. Por incrível que pareça, as reclamações só tinham uma mão: queriam votar no 17 e apareciam nulo ou automaticamente o 13. Quem queria vota no 13 não aparecia 17 e nem nulo". A patacoada de Bolsonaro foi desmentida durante as eleições de 2018. Na época, após o primeiro turno, circulou um vídeo nas redes sociais, mas o TRE/MG analisou as imagens e comprovou que se tratava de montagem, além de claros indícios de edição.
Disse mais barbaridades: "Agora, quem não quer mudar o sistema é porque tem certeza que o voto não auditável servirá para eleger quem não tem voto". Diferentemente dessa manifestação irresponsável, as urnas, sem dúvida, permitem auditoria, através de recursos para o procedimento; é o caso do Registro Digital do Voto, o log da urna eletrônica, as auditorias pré e pós-eleição, a auditoria dos códigos-fonte, a lacração dos sistemas, a tabela de correspondência, o lacre físico das urnas, a identificação biométrica do eleitor, a auditoria da votação e a oficialização dos sistemas.
Bolsonaro propalou que o Brasil é "o quinto país que mais vacinou no mundo". A Our World in Data, ligada à Universidade de Oxford, apontava, na época, o Brasil na 73ª posição, vizinha a Argentina.
Bolsonaro declarou: "Da China nós não compraremos, é decisão minha. Eu não acredito que ela (vacina) transmita segurança suficiente para a população pela sua origem (...) Acredito que teremos a vacina de outros países, até mesmo a nossa, que vai transmitir confiança para a população. A da China, lamentavelmente, já existe um descrédito muito grande por parte da população, até porque, como muitos dizem, esse vírus teria nascido lá". Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde tentou adquirir a Coronavac, mas Bolsonaro desautorizou. Noutro momento, Bolsonaro disse que "compraríamos qualquer vacina desde que aprovada pela (agência de vigilância sanitária (Anvisa)". O Brasil terminou comprando em larga escala a Coronavac.
Salvador, 31 de agosto de 2021.
ONZE PARTIDOS CONTRA AS "LEVIANAS PALAVRAS" DE BOLSONARO
Onze partidos políticos protocolaram no TSE pedido para que a corregedoria-geral do TSE interpele o presidente Jair Bolsonaro para apresentar explicações, documentos e provas sobre as acusações desferidas contra o processo eleitoral. O pedido é assinado pelo Solidareidade, MDB, PT, PDT, PSDB, PSOL, Rede Cidadania, PV, PSTU e PCdoB. A manifestação aconteceu depois dos ataques do presidente ao sistema eleitoral, em live transmitida pelas redes sociais, sem apresentar nenhuma comprovação. Já tramita no TSE, desde o mês de junho, procedimento administrativo, notificando Bolsonaro para apresentar provas de suas falas sobre o processo eleitoral; até o momento, o presidente não se manifestou.
Em certo trecho, a petição diz: "Nesse contexto, não se pode ignorar as banalidades divulgadas pelo presidente Jair Bolsonaro na noite do dia 29/7/2021, quando afirmou "não ter provas, mas indícios" e voltou a atacar as instituições, ignorando a gravidade de suas levianas palavras que, longo de prestar qualquer contribuição à segurança das eleições, busca desmerecer os pilares democráticos e uma forma cuja confiabilidade vem sendo observada por quase um século, garantindo a alternância democrática em estrito reflexo da vontade popular".
STF RETOMA INVESTIGAÇÃO CONTRA BOLSONARO
O STF retoma a investigação sobre a interferência de Bolsonaro na Polícia Federal, de conformidade determinação do ministro Alexandre de Moraes, apurando acusação do ex-juiz Sergio Moro. Outra medida que a Corte poderá apurar é sobre as informações mentirosas de Bolsonaro na live do dia 29 de julho, contra as urnas eletrônicas. Agrava o cenário, porque o presidente não apresenta uma prova para alicerçar suas ponderações e chega ao ponto de afirmar que cabe ao TSE comprovar que não há fraude no uso das urnas, apesar das constantes demonstrações neste sentido, por técnicos e pelo presidente da Corte.
PROCESSO DE ÁECIO PARADO
A ação judicial que apura o recebimento de propina pelo atual deputado federal Aécio Neves ficou parada na Justiça Federal em São Paulo por um ano, aguardando definição sobre competência para processar o feito. Neste caso, um primo do depufede foi flagrado, recebendo uma mala de dinheiro do executivo Ricardo Saud, delator do grupo J&F. Somente em final de abril, o juiz federal Fernando Toledo Carneiro deu-se por competente.
Mas casos semelhantes ao de Aécio tramitam no STF, completamente parados os processos nos gabinetes dos ministros. Grande número de deputados e senadores, além do próprio presidente respondem a processos ou são investigados, mas os inquéritos ou ação não tramitam, porque "armazenadas" nos gabinetes.
MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 01/08/2021
CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF
sábado, 31 de julho de 2021
CORONAVÍRUS NO BRASIL, EM 31/07/2021
MEU COLEGA, VANDO, FALECEU!
Soube do passamento, hoje, do meu amigo Vando, através de Getúlio Reis; mandei mensagem para os familiares, mas não me contive, porque estou sendo cortejado para falar algo sobre Vanderlino Neiva de Araújo. Conhecemo-nos nos anos 60, no Educandário Diocesano Sant'Ana, e pouco nos encontramos de lá para cá; mas, incrível, porém verdadeira a afirmação de que a amizade que tinha com esse colega de ginásio prevaleceu através dos tempos. Muito pela admiração que lhe tinha: desinibido e eu inibido, cantor e eu apenas admirador, jogador de futebol e eu chutador. Interessante e intrigante, reencontramos, eu, desembargador, Vando, advogado, já nos anos 2.000. Aliás, nem sabia que meu colega, Vando, ilustrou-se pelas letras jurídicas. Nosso encontro foi um tanto formal, porque visitava Correntina e Santa Maria da Vitória, onde nos defrontamos, na condição de corregedor das Comarcas do Interior da Bahia.
Na minha mente irradiam os momentos que convivemos; lembro-me, por exemplo, de um passeio promovido pelo Monsenhor Felix, no lugar Patos, em Santana, e as brincadeiras e os desembaraços de Vando para cantar, para jogar e para brincar e alegrar a todos. As colegas e os colegas tinham verdadeira adoração por Vando e muitos perguntavam qual o sentido daquela atração exercida por aquele correntinense; rapaz elegante, boa pinta e de bom papo. Vando era um tanto reservado, mas quando entrava no ambiente sua presença cativava a todos. Nesse tempo do Educandário, Vando e outros correntinenses, Nilsão, José Lisboa e outros santamarienses estudavam em Santana, porque o ensino era raro em toda a região; até de Barreiras vinham estudantes para o Educandário.
Recordo de um sobrinho de Vando, quando eu estudava em Salvador, nos anos 60: Lauro, seu sobrinho, e através do qual eu obtinha notícias de Vando. Depois, desloquei-me para o Rio de Janeiro e perdi contato, ao ponto de só encontrar com Vando naquele ano de visita às Comarcas.
Fui desviado de outros trabalhos, neste sábado, para recordar fatos e falar sobre Vando. Creio que não dialogamos muito depois da conclusão do curso ginasial, à época, e a amizade era tão forte que agora, sou instigado para expor alguma recordação de nossos tempos de estudante. Eu sei perfeitamente da admiração que Vando desfrutava, em vida, em Correntina, mas, infelizmente, não acompanhei sua trajetória de advogado. Estou no teclado sem nenhuma anotação, para rememorar essas passagens, que desabrocham com muita facilidade.
E Delinha, de D. Bebela, Vando? Você morou no pensionato da mãe de Delinha, que também era nossa colega! E os irmãos José, Adelson e Antonio Coimbra, de Correntina, que estudaram junto com a gente? Todos eram colegas, mas Vando, induvidosamente, ficou gravado na minha mente e com certeza na memória de tantos amigos que permanecerão sem a companhia de Vando. E os familiares de Vando, como sentem a falta dessa pessoa tão especial!
E Vando se foi! Nem a família de Vando cheguei a conhecer, mas Getúlio recordou: Dona Aldeir, Carol, Lúcia, Cecília e Lauro. Podem crer, fiquei devendo uma aproximação maior com Vando depois que deixamos os bancos escolares de Santana, porque a conversa na visita de correição foi muito formal e ligeira. Isso não aconteceu, porque Vando foi antes do tempo. Mas, Vando, reserve aí nossa vaga e falaremos aquilo que não abordamos em nossas vidas.
Para sua família, Dona Aldeir, Carol, Lúcia, Cecília e Lauro nossos mais sinceros sentimentos e saibam que Vando deixou amigos que vocês nem conheceram. O marido e pai era uma boa pessoa, incomum nos tempos atuais.
Salvador, 31 de julho de 2021.
Antonio Pessoa Cardoso.