Pesquisar este blog

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

A DEMOCRACIA EM PERIGO

O comunismo foi totalmente desarticulado, em todo o mundo, depois da tentativa de mudanças na URSS, em 1985, pelo presidente e chefe do partido comunista, Mikhail Gorbachev; a Perestroika, ou seja, a reestruturação, pretendia adotar medidas que diminuíam a participação do Estado na economia. Em 1991, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, URSS, teve seu fim, com o aparecimento de várias repúblicas. Na China, sob o regime comunista desde 1949, com Mao Tsé-tung, com a Revolução Cultural de 1960, as mudanças aconteceram em 1978 e o país já não segue os princípios maoístas, mas, pelo contrário, com Deng Xiaoping, tornou-se uma potência semi-capitalista. A Coreia do Norte e Cuba "nadam" para manter o regime nos respectivos países, mas passam por dificuldades de toda ordem.

A democracia tornou-se o regime dos países mais avançados do mundo, comandados pelos Estados Unidos. Neste grupo, há nações, principalmente, na América Latina e na Ásia, que sofrem com as interrupções ao regime, através de golpes de estado, a exemplo do Brasil e da Argentina. Permanecemos sob o jugo de militares por vinte anos, após o que foi reinstalada a liberdade, enfim o regime democrático. Bem verdade, que entre nós, há certa fragilidade na manutenção e nos avanços democráticos. O sinal mais perturbador aconteceu nos últimos anos com a eleição de Donald Trump e Jair Bolsonaro. O presidente americano buscou um golpe de estado no regime mais que centenário, sem nenhum arranhão, mas contou apenas com os arruaceiros e racistas. A invasão do Capitólio demonstrou o ensaio de Trump, que não obteve apoio militar e, depois do fracasso, pede a não violência, caminho diferente do que foi indicado por ele mesmo para a invasão das Casas legislativas no país. 

Trump e Bolsonaro são semelhantes até mesmo no preparo intelectual. Nenhuma capacitação. O destaque do presidente americano é ser um executivo de altos conhecimentos de como passar para trás o concorrente. Assim, foi que já pediu falência algumas vezes e será processado, logo que deixar o comando do país, por sonegação de impostos e outros crimes. A frustração de Trump pode atingir-nos nos próximos dois anos, pois Bolsonaro não pretende entregar o governo ao candidato escolhido em 2022. Neste sentido já se manifestou algumas vezes, como, quando disse que se a votação continuar eletrônica o Brasil terá maiores problemas que registrados nos Estados Unidos. Imaginem a mente do atual governante: quer voltar ao voto no papel, caminho fácil, como sempre foi, de falcatruas. O maior avanço que tivemos foi exatamente em mudar a votação de cédulas para eletrônica, e vem um presidente, sem nenhum argumento, querendo retornar ao sistema antigo. Este e outros fatos bem demonstram o preparo intelectual de Jair Bolsonaro.   

Guarajuba/Camaçari, 14 de janeiro de 2021.

Antonio Pessoa Cardoso
         Pessoa Cardoso Advogados.         


Nenhum comentário:

Postar um comentário