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terça-feira, 22 de novembro de 2022

MINISTRO PLANTA O TERROR

O ministro do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes, plantou o terror com declarações, sem sentido, pregando insurreição dos militares contra o resultado das urnas, saindo do seu dever de magistrado de não participar de ação política. 
Em áudio, distribuído aos amigos, o ministro Nardes afirma que militares poderão reagir à eleição de Lula até a posse. No áudio, diz o ministro: "está acontecendo um movimento muito forte nas casernas" e adiante "é questão de horas, dias, no máximo uma semana, duas, talvez menos do que isso" para um "desenlace bastante forte na nação, (de consequências) imprevisíveis". O ministro ainda afirma que o presidente Jair Bolsonaro não está bem, "mas tem esperança de poder se recuperar e poder melhorar sua condição física. E certamente terá condições de enfrentar o que vai acontecer no país".  

O PT prepara notícia-crime ao STF contra o golpista. A repercussão do alarme provocado com o áudio do ministro Augusto Nardes foi tamanha que ele pediu licença médica no dia de ontem, 21/11. A Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil, o Conselho Nacional de Presidentes dos Tribunais de Contas e o Instituto Rui Barbosa divulgaram Nota, repudiando as manifestações de Nardes.   


 

JUSTIÇA EM NÚMEROS (XV)

O último número da Justiça em Números, XIV, foi publicado no dia 1º de novembro, quando tratamos dos Indicadores de Desempenho. Naquela oportunidade, dissemos que prosseguiríamos com o capítulo sobre a Politica de Priorização do Primeiro Grau. É sobre o que tratamos nessa seção, onde se busca comparar os resultados do primeiro e do segundo graus, embasado nos indicadores de desempenho, de conformidade com o porte de cada tribunal. O CNJ instituiu a Polícia Nacional de Atenção Prioritária ao Primeiro Grau de Jurisdição, de conformidade com a Resolução 194 de 26 de maio de 2014; duas outras Resoluções seguiram-se, ns. 195 de junho/2014, que determina a distribuição do orçamento nos órgãos do Poder Judiciário e a Resolução 219 de abril/2016, que determina a distribuição de servidores. Em 2019, foi lançado o Painel de Acompanhamento da Política, que permite monitorar a aplicação da Resolução 219/2016.    

Os arts. 3º e 12 da Resolução 219/2016 dispõe sobre a quantidade de servidores, distribuindo nas áreas de apoio direto à atividade judicante e a alocação de cargos em comissão. É considerado primeiro grau o juízo comum, juizados especiais e turmas recursais. As funções de confiança de primeiro e de segundo graus devem obedecer à quantidade média de processos (casos novos) distribuídos, no último triênio. A comparação de um com outro graus segue os aspectos de número de servidores nas áreas judiciárias; processos novos e em tramitação; despesas realizadas; cargos em comissão e funções comissionadas. De acordo com ilustração é mostrada que os segmentos da Justiça Estadual e da Justiça Militar têm mais servidores lotados na área judiciária do que demanda processual no primeiro grau de jurisdição. Na Justiça Federal, do Trabalho e na Eleitoral a proporção de servidores é menor que a de casos novos no primeiro grau. Em todos os ramos da Justiça, os cargos em comissão mostram grande diferença em relação à demanda processual. 

O Poder Judiciário, no primeiro grau de jurisdição, está concentrado o maior acervo processual, no percentual de 93%, sendo 86% iniciados no último triênio; 85,2% dos servidores lotados na área judiciária; 73% do quantitativo de cargos em comissão; 52% em valores pagos aos cargos em comissão, 81% do número de funções comissionadas e 58% dos valores pagos pelo exercício das funções de confiança. Em 2016, quando foi publicada a Resolução, havia, no primeiro grau de jurisdição do Poder Judiciário, 87,1% do total de processos ingressados e 84,9% do total de servidores lotados na área judiciária no primeiro e segundo graus no ano de 2021. Já nesse ano, a proporção de servidores no primeiro grau subiu para 85,2% e a média trienal de novos processos reduziu para 86%, restando 0,7% para atingir a equivalência.   

A Resolução 219/2016, art. 11, estabelece que a quantidade de servidores, nas áreas de apoio indireto à atividade judicante (apoio administrativo) deve corresponder a, no máximo, 30% do total de servidores, excluídos servidores lotados nas escolas judiciais, da magistratura e nas áreas de tecnologia e informação. Neste contexto, o Tribunal de Justiça Militar do Estado de Minas Gerais e o do Rio Grande do Sul não obedecem ao dispositivo, porque mais de 30% na área administrativa. No primeiro grau, há muita variedade: na Justiça do Trabalho, a variação é de 59% (TRT22), 86%, (TRT8). No que se refere aos cargos e às funções comissionadas, no 1º grau, os percentuais são baixos, porque 14 tribunais apresentaram percentual acima de 86%.        

Salvador,  22 de novembro 2022.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 22/11/2022

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Inadimplência bate recorde e 65 milhões de brasileiros estão com nome sujo

Quase 65 milhões de brasileiros estavam com o nome sujo em serviços de proteção ao crédito em outubro. Número é recorde


JORNAL DO BRASIL - RIO DE JANEIRO/RJ

Ao comentar fala de Nardes, procurador do TCU diz que 'não há espaço para retrocesso'

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

Despreparados, brasileiros recém-chegados a Portugal pedem ajuda para voltar

Pedidos de auxílio na OIM voltam a patamar pré-pandemia; analista alerta para falta de planejamento em mudança


TRIBUNA  DA BAHIA SALVADOR/BA 

Faltar ao trabalho para assistir à Copa pode levar a demissão?

Especialista explica as regras trabalhistas para quem quer assistir a Copa do Mundo.


CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Reforma tributária é urgente, diz superintendente da Zona Franca de Manaus

General Algacir Polsin também comentou que, a longo prazo, é preciso pensar maneiras de diversificar a economia do estado

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT

OCDE prevê menos crescimento, mais inflação, mas défice menor em 2023 do que diz Medina

"Crescimento salarial irá ganhar força à medida que a taxa de desemprego permanece baixa, mas não o suficiente para proteger o poder de compra das famílias", calcula a OCDE.

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

CATAR: TRABALHO ESCRAVO

O Catar, localizado em uma região desértica, conquistou sua independência em 1971 e a primeira Constituição só foi editada em 2005. Isso, entretanto, não impediu o destaque do território com as descobertas de grandes reservas de petróleo e de gás, na década de 40, num território duas vezes menor que a área do estado de Alagoas. A população do Catar é de 300 mil pessoas nativas e 2 milhões de imigrantes, que emprestam a força de trabalho para desenvolvimento do país. Essas conquistas transformaram um dos países mais pobres do Golfo Pérsico num dos mais ricos do mundo. Um bom exemplo é retratado pela empresa de notícias Al Jazeera, de grande importância no mundo, e da companhia aérea Qatar Airways também de cunho internacional.  

Em contraposição a esse cenário de grandes riquezas, os trabalhadores sofrem de varias maneiras, uma das quais, por confisco de passaportes e retenção de salários e isso remonta a anos, além da vida que eles levam em alojamentos insalubres. Muito conhecida a palavra kafala, que serve para denominar a relação entre os trabalhadores estrangeiros e seu patrão local, ou patrocinador. As empresas ficaram autorizadas pelo governo a buscar trabalhadores de outros países e assim procederam através de agências de recrutamento. Isso tornou-se necessário face ao crescimento econômico do Catar, que passou a necessitar de mão-de-obra barata e abundante, segundo o Council on Foreign Relations. Esses trabalhadores que vinham de outros países ficaram dependentes de seus patrocinadores, com dívidas, moradias e até eventuais mudanças ou encerramentos do contrato de trabalho original. Essa vinculação ao patrocinador ocorria porque "sair do local de trabalho sem permissão é uma ofensa que resulta na rescisão do estatuto legal do trabalhador e potencialmente prisão ou deportação, mesmo que o trabalhador esteja fugindo do abuso".  

O kafala tornou-se conhecido como uma forma de escravidão moderna, quando o trabalhador fica submetido a maus tratos, em virtude dessa relação bastante próxima e exploradora com o patrocinador. O kafala existe não só no Catar, mas em vários países da Península Arábica, como Arábia Saudita e os Emirados Árabes. A Copa do Mundo mostrou a exploração do trabalhador, mas serviu para o Catar ser quase forçado a assinar, em 2017, acordo com a Organização Internacional do Trabalho, OIT, prometendo seguir "práticas internacionais de trabalho". A partir daí, foram elaboradas e promulgadas leis que beneficiaram os trabalhadores, principalmente os do exterior. Um dos proveitos consistiu na retirada da exigência de uma autorização para pedir demissão, a partir de quando os estrangeiros podem sair sem aviso prévio ao empregador. Outra alteração aconteceu, em 2018, quando os empregados passaram a poder sair de uma empresa sem necessidade de avisar ao atual empregador. Foram incluídas algumas vantagens como salário-mínimo, limitação na jornada de trabalhadores domésticos e instalação de um comitê para disputas trabalhistas, mas sem permissão para criar sindicatos. A Anistia Internacional assegura que os benefícios apontados não estão sendo cumpridos e os abusos continuam com retenção de passaportes, salários atrasados, falta de pagamento e os trabalhadores domésticos sendo obrigados a trabalhar mais de 14 horas por dia, sem folga semanal. 

O pedido da FIFA para focar no futebol e deixar outras questões de lado não foi bem aceito e a seleção da Austrália já manifestou, pedindo ao governo do Catar que se manifeste sobre direitos humanos negados e sobre criminalização de relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo. A FIFA proibiu a pretensão da Federação Dinamarquesa de Futebol que iria jogar com as palavras direitos humanos para todos. As duas ONGs e 11 ex-trabalhadores acusam a empresa de construção Vinci de "trabalho forçado" e "manter as pessoas em servidão". Um relatório do Equidem, grupo de Londres que expõe casos de injustiça humana em todo o mundo, declara que "os estrangeiros no Catar trabalharam sob condições severas e foram submetidos a discriminação, roubo de salários e outros abusos". Os trabalhadores falaram sobre taxas ilegais de recrutamento. 

Namrata Raju, diretora da Equidem, na Índia, declarou: "Os estádios em que estão sentados foram construídos por trabalhadores, muitos dos quais estavam em condições do que chamamos de trabalho forçado ou outras formas de escravidão humana. Infelizmente, vemos lacunas muito consideráveis entre o que eles dizem ter mudado na lei e na política e o que acontece na prática".    

Salvador, 21 de novembro de 2022.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.


GRATUIDADE PARA ENGENHEIRO QUE RECEBEU R$ 1 MILHÃO

A Subseção II Especializada em Dissídios Individuais do TST rejeitou recurso da Claro S/A, em Ação Rescisória, para manter benefício concedido a um engenheiro, que recebeu na ação originária, o valor de R$ 1 milhão da empresa. O entendimento dos ministros foi de que "o fato de o profissional ter recebido, em 2013, os créditos trabalhistas não permite concluir, automaticamente, que sua situação econômica em 2018 seria incompatível com a declaração de pobreza apresentada por ele". Tudo teve inicio com Reclamação Trabalhista, protocolada pelo engenheiro para receber verbas rescisórias e indenizatórias pelo trabalho entre os anos de 1985 a 2004 à Empresa Brasileira de Telecomunicações S/A, Embratel, sucedida pela Claro S/A. Os cálculos foram homologados na execução, mas em 2018, ele ingressou com Ação Rescisória contra a sentença de homologação dos cálculos, quando pediu a gratuidade, alegando que não tinha condições financeiras para pagar as custas judiciais e honorários advocatícios. O Tribunal Regional do Trabalho deferiu o pedido e extinguiu a Ação Rescisória, sob fundamento de que foi ajuizada mais de cinco anos depois da conta de liquidação ter-se tornado definitiva em 2012. Dessa decisão houve recurso das duas partes, a Claro alegando que o Reclamante recebeu mais de R$ 1 milhão e, portanto, não fazia jus à gratuidade. O relator manteve a extinção da ação, de autoria do empregado, mas afastou a pretensão da empresa sobre a gratuidade.            


 

RADAR JUDICIAL

MINISTRA CORTA LANCHES

A ministra Maria Thereza de Assim Moura, presidente do STJ, publicou resolução para disciplinar o fornecimento de lanches a ministros da Corte e desembargadores convocados, que atuam nos julgamentos. Na Instrução Normativa, consta dentre outros os seguintes tópicos: "Fica vedado o fornecimento de lanches a juízes auxiliares, juízes instrutores, servidores e visitantes"; "quantitativo diário será exclusivo para atendimento do ministro ou desembargador convocado"; "a preparação dos lanches se limitará aos itens do contrato de fornecimento de gêneros alimentícios, considerando a característica de lanches frugais". Com essa decisão acaba as práticas anteriores, quando os ministros serviam lanches nos gabinetes para grupos de advogados, autoridades, políticos, familiares e outros visitantes. Com isso acabou os lanches para os juízes auxiliares.  

UNIVERSITÁRIA EM AULA: RACISMO

O Ministério Público denunciou um homem, porque ofendeu a uma estudante de História, em aula pública e, posteriormente, manteve a agressão no Facebook. A ocorrência deu-se no auditório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia, em Eunápolis/BA. Um manifestante pediu a palavra e fez uma pergunta ao professor, e este convocou uma estudante até à frente da plateia; em seguida citou o prenome da moça e declarou que "se comparada a nós brancos, a J. está mais próxima do reino animal". No Facebook, o homem ainda declarou que "a garota negra ficou sentada com cara de primata". O réu foi condenado, em primeira instância e recorreu. A 2ª Turma da 2ª Câmara do Tribunal de Justiça da Bahia negou provimento ao recurso, mantida a condenação de dois anos, dois meses e 20 dias de reclusão, pela prática do crime de racismo qualificado. 

PROCURADORIA NEGA ACESSO A INVESTIGAÇÃO DE BOLSONARO

A Procuradoria-geral da República nega acesso da Polícia Federal a dados da CPI da Covid, nos autos de investigação, na qual figura o presidente Jair Bolsonaro. O pedido foi formulado desde o mês de agosto, reiterada no mês de outubro. A justificativa da vice-procuradora Lindôra Araújo é de que trata-se de diligência em andamento, daí porque não pode facilitar o acesso, nem mesmo da Polícia Federal. Afirmou que há manifestação pelo arquivamentos dos autos, sob relatoria do ministro Luís Roberto Barroso. São muitas as acusações contra Bolsonaro, mas os pareceres da Procuradoria sempre são no sentido de arquivamento; alguns, entretanto, não foram aceitos e o procedimento continua. 

ATIVISTA DENUNCIA JUIZ

A ativista Andrea Mannelli, uma das mulheres que denunciaram o ex-médium João de Deus, ao Ministério Público, pela prática de crimes sexuais, ingressou com Reclamação Disciplinar no CNJ contra o juiz Marcos Boechat Lopes Filho, do Tribunal de Justiça de Goiás, fundamentado no adiamento de decisão. Andrea assegura que o processo teve rito normal, mas encaminhado para sentença desde 31 de agosto, e ainda não saiu o resultado. Alega, na petição, que há "um lapso temporal de três meses em que não houve manifestação do juiz de direito julgador da causa desde o último ato processual protocolado, inércia e omissão estas que afetam diretamente o direito das vítimas do processo criminal em curso". Em Nota, o juiz diz que está redigindo três sentenças em conjunto sobre o caso João de Deus, que oferece complexidade, porque envolvem 17 vítimas e 4.000 páginas.

VICE-PRESIDENTE VAI SER JULGADA

A vice-presidente da República argentina, Cristina Kirchner deverá receber a sentença pela prática dos crimes de corrupção em obras públicas, ocorrido nos anos de 2003 e 2015, nos próximos dias. Ela poderá defender oralmente perante o júri do Tribunal Federal 2, no dia 29 de novembro, aos juízes Jorge Gorini, Andrés Basso e Rodrigo Giménez Uriburu; os outros processados manifestarão no dia 25, quando ocorrerão seus julgamentos. A promotoria acusa Cristina de ser chefe de associação na prática de ações ilícitas e de administração fraudulenta e pediu pena de 12 anos de prisão, além de inabilitação política perpétua. Pena semelhante foi requerida para o empresário Lázaro Báez, acusado de ter sido favorecido na atribuição de 51 contratos de licitações de obras para construção de rodovias na província de Santa Cruz, entre 2007 e 2015, quando Cristina era presidente da República. Outros têm pedidos de penas menores, como o ex-ministro do Planejamento, Júlio De Vido. No processo, iniciado em maio/2019, foram ouvidas 114 testemunhas em 117 audiências. Se condenada, Cristina não será presa até que haja decisão da Suprema Corte, face à imunidade parlamentar.            

Salvador, 21 de novembro de 2022.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados. 



BRASILEIRO É ELEITO PARA O BID

Ilan Goldfajn, ex-presidente do Banco Central, no governo de Michel Temer, indicado pelo ministro Paulo Guedes, torna-se o primeiro brasileiro eleito para presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, envolvendo 48 países. Goldfajn venceu na eleição deste domingo, 20/11, no primeiro turno, conquistando 80% dos votos. Ele declarou: "Serei o presidente do BID em toda a sua diversidade. Serei o presidente dos países de alta renda, média renda e baixa renda. Serei o presidente dos membros regionais e também dos não regionais. Serei o presidente dos países da América do Sul, Central, do Norte e dos países do Caribe". A Argentina retirou a candidatura de Cecília Todesca Bocco para apoiar o brasileiro. Integrantes da equipe de transição do novo governo de Lula, comandada pelo ex-ministro Guido Mantega, pediram adiamento da eleição, que foi indeferida, para apresentar outro nome.

MÊS NACIONAL DO JÚRI

De acordo com a Portaria CNJ n. 69/2017, o Mês Nacional do Júri está processando neste mês de Novembro. Os magistrados deverão realizar ao menos uma sessão de júri em cada semana deste período, dando prioridade para processos que integram as metas da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública e os processos de réus presos. A crise originada pela pandemia da covid-19 interrompeu o Mês Nacional do Júri nesses dois anos, mas é retomada neste ano de 2022. O CNJ estabeleceu também como prioridade os julgamentos de homicídios ou tentativa de homicídio praticados contra pessoas com menos de 14 anos. Deverão está na pauta dos tribunais os casos de feminicídio e crimes dolosos conta a vida efetuados contra e por policiais.     

O Tribunal de Justiça de Goiás programou a realização de 150 sessões de julgamento durante todo este mês de novembro. No Tribunal de Justiça de São Paulo estão pautados 410 processos para julgamento de 567 réus em 161 unidades judiciais. Em Alagoas, o Tribunal prevê a realização de 140 sessões no interior e 47 na capital, no total de 187 júris. No Amazonas, somente em Manaus, nas três Varas do Tribunal do Júri, estão programados 48 processos.        


 

BOLSONARO ATRÁS DA PEC DOS TRIBUNAIS

O senador Flávio Bolsoanaro está sendo acusado de tramar para aprovação de uma esdrúxula PEC que visa permitir a presidentes de dois tribunais o direito de disputarem a reeleição ou quem já foi presidente possa tentar retornar ao comando da Corte. O absurdo maior reside no fato de que a emenda é válida somente para os tribunais do Rio de Janeiro e São Paulo. Um dos ex-presidentes que luta para retornar à presidência é o desembargador Luiz Zveiter, decano e ex-presidente, e que conta com todo apoio do senador Flávio Bolsonaro. Zveiter fez lobby, mas diz que é candidato, mas não tem nenhuma relação com Flávio Bolsonaro. O senador tem interesse, porque o presidente do Tribunal é também presidente do Órgão Especial, competente para apreciar o processo das "rachadinhas", que o senador é implicado.

Essa PEC, que contou com participação do presidente Arthur Lira, tramita na Câmara há mais de dez anos, mas em início deste mês, a Câmara dos Deputados aprovou a mudança na Constituição, somente alcançando os tribunais de São Paulo e do Rio de Janeiro. A Proposta, que não passou por debate em comissões, um dia antes da votação foi acrescido desse "jabuti"; foi aprovada em dois turnos, em menos de duas horas e agora segue para o Senado Federal. Flávio Bolsonaro movimenta para conseguir aprovar a PEC no Senado, apesar de ser bastante difícil, de conformidade com manifestação do próprio presidente da Casa, Rodrigo Pacheco. A Proposta, se aprovada pelo Senado, rompe com a isonomia entre os tribunais estaduais, pois não há motivo para estabelecer a reeleição somente nos Tribunais do Rio de Janeiro e de São Paulo. A eleição para o comando do TJ de São Paulo só ocorrerá no final de 2023, mas no Rio está marcada para o próximo dia 12.

 

 

 


MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 22/11/2022

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

"O Brasil saiu do isolamento", diz embaixador aposentado sobre viagens de Lula

Para o conselheiro do Centro Brasileiro de Relações Internacionais, a vitória de Lula e a passagem do presidente eleito pelo Egito e por Portugal sinalizam que o país voltará a se inserir na comunidade internacional para além da pauta da questão ambiental


JORNAL DO BRASIL - RIO DE JANEIRO/RJ

Brasil escolheu dar teto aos sem nada

Quem está fazendo um "barulho ensurdecedor" é o presidente da República. Recolhido, desde 30 de outubro na residência presidencial

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

PGR trava acesso da PF a dados da CPI da Covid em investigação sobre Bolsonaro

Solicitação foi feita em agosto e reiterada no início de outubro; Procuradoria diz que não pode fornecer informações


TRIBUNA  DA BAHIA SALVADOR/BA 

Alta na inadimplência acende sinal amarelo para os bancos e varejistas

Aumento dos calotes afeta os balanços e preocupa bancos e varejistas; Magazine Luiza e Via aumentam provisão para cobrir falta de pagamentos; para especialista, tendência agora é de baixa


CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

China registra primeira morte por Covid-19 desde maio

Comissão Nacional de Saúde anunciou mais de 24.000 novos casos positivos locais em 24 horas no país, a grande maioria assintomáticos

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT

Crédito à habitação a taxa fixa custa mais de cem euros por mês

Deco critica falta de enquadramento legal para obrigar a ofertas mais atrativas. Maioria dos clientes opta, por isso, pelo indexante variável, mas com a subida abrupta da Euribor pode compensar mudar.