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quarta-feira, 30 de julho de 2025

LULA EXIGE RESPEITO



BRASIL PODERÁ TARIFAR PRODUTOS AMERICANOS

SAIU NO BLOG DO SEVERINO FRANCISCO

A nova desordem mundial

Publicado em Crônicas

Severino Francisco

O ideal era que o Brasil não se envolvesse em um embate com os Estados Unidos. No entanto, ele não buscou essa situação. Durante mais de 200 anos, o Brasil e os Estados Unidos mantiveram relações amistosas. Quem resolveu atacar com guerra comercial parceiros históricos dos EUA, sem qualquer fundamento comercial, foi Trump.

No caso do Brasil, ele quer que o STF livre Bolsonaro da responsabilidade penal pelo crime de tentativa de golpe para que recue na taxação de 50% nos produtos brasileiros. Vejamos quem é esse homem que posa de paladino da liberdade e dos direitos humanos e, para tanto, ameaça a soberania de outras nações.

A Anistia Internacional destaca que a eleição de Trump e a forte captura corporativa do seu governo empurrou o mundo para uma era brutal em que o poder militar e econômico supera os direitos humanos e a diplomacia; em que as hierarquias raciais e de gênero e o pensamento de soma zero moldaram as políticas, em que o nacionalismo niilista conduz as relações internacionais.

Na lista dos impactos do governo Trump figuram o alastramento da repressão a dissidências políticas, a escalada de conflitos armados, o enfraquecimento dos esforços para enfrentar a crise climática e a crescente hostilidade contra os direitos de migrantes, refugiados, mulheres, meninas e pessoas LGBTQIA+. Ele separa crianças de pais migrantes sem a menor humanidade ou piedade.

Trump está criando a nova desordem mundial. Ele despreza, desmonta, desmoraliza e destrói as instituições. Trump retirou os Estados Unidos da Unesco, da OMS, do Acordo de Paris e desmontou os mecanismos de punição da Organização Mundial do Comércio a outros países. Além disso, instrumentaliza a Justiça norte-americana, que está joelhos para as suas sandices.

Com isso, abre caminho para que prevaleça a lei do mais forte, sem nenhum empecilho de civilidade e justiça. Ele quer fazer embaixadinhas com o planeta Terra como o grande ditador do filme de Charlie Chaplin.

Paul Krugman, Prêmio Nobel de economia e um dos mais influentes economistas em atividade, recomenda que o Brasil utilize a retaliação, pois Trump já mostrou que só respeita os corajosos. Eu acho que, infelizmente, não restará ao Brasil outra alternativa, pois o que Trump deseja é reduzir o nosso país a um quintal norte-americano, conforme declarou com todas as letras.

As mentiras bombardeadas por meio da terra sem lei das big techs fazem com que médicos sejam contra a ciência, advogados contra o Estado de Direito, professores contra a educação, policiais contra a lei, políticos contra a democracia, trabalhadores contra os direitos, jornalistas contra os fatos e precarizados em apoio a bilionários. Quer dizer, produz um estado de deficit cognitivo coletivo ou loucura coletiva.

Apenas neste ambiente de mentiras deslavadas é possível que os autores e os apoiadores de tentativas de golpe posem de defensores da liberdade de expressão e dos direitos humanos. É muito cinismo. Aos alardeadores de uma ditadura eu gostaria de sugerir que assistam ao filme Ainda estou aqui para ver o que acontece a quem ousa contestar os soberanos em um regime de exceção. Só é possível falar de injustiça e perseguição, sem ser calado, em um país onde existe o Estado de Direito. Se vivessem em uma ditadura não poderiam falar em todos os veículos de imprensa que são alvo de discriminação.

É improvável que Trump recue, pois ele desejaria que o Brasil tivesse, não um presidente que defendesse a soberania do país, mas, sim, um capacho vira-lata que ganisse de humildade. Só assim o nosso país voltaria a ser um quintal dos norte-americanos. O que incomoda Trump no Brasil é a liderança dos Brics, o julgamento dos golpistas, o respeito às leis e a regulação das big techs. Se esses projetos forem bem-sucedidos podem dar ao mundo um exemplo perigoso para todos os foras-da-lei. 

ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA NO TRIBUNAL

MAIOR TÚNEL DO MUNDO

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O túnel Fehmarnbelt, atualmente em construção entre a Dinamarca e a Alemanha, será o maior túnel imerso do mundo, com 18 km de extensão. Essa técnica, que consiste em moldar seções de concreto fora da água e depois submergi-las e conectá-las no fundo do mar, será usada também no futuro túnel entre Santos e Guarujá (SP), com 870 metros.

O projeto europeu começou em 2020 e deve ser concluído em 2029. Ele ligará as ilhas de Lolland (Dinamarca) e Fehmarn (Alemanha), substituindo balsas que atualmente fazem a travessia em 45 minutos por viagens de carro de 10 minutos ou trem de 7 minutos. A obra tem orçamento de € 7,4 bilhões (R$ 42,1 bilhões) e envolve precisão milimétrica para encaixar os 89 elementos gigantescos de concreto, cada um com 217 metros de comprimento e 73 mil toneladas.

A construção conta com seis linhas de produção trabalhando 24h por dia, sete dias por semana. A operação exige dragagem, colocação dos blocos com rebocadores e fixação subaquática com precisão de 15 mm. Inspirado no Oresund (ponte-túnel entre Dinamarca e Suécia), o Fehmarnbelt deve integrar melhor o norte da Europa e serviu de inspiração para uma réplica feita com 800 mil peças de Lego. O túnel Santos-Guarujá, previsto para 2030, terá custo estimado em R$ 6,84 bilhões e usará tecnologia similar. Apesar da diferença de escala, ambos os projetos apostam em menor impacto ambiental e maior eficiência de transporte. 

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 30/7/2025

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Entenda a situação de Carla Zambelli: presa, ela tenta permanecer na Itália 

Apesar de ter cidadania italiana, a deputada foragida pode ser extraditada. Mas a decisão é da Justiça do país europeu. Parlamentar bolsonarista estava em apartamento em Roma.

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

Tarifaço de Trump

Governo espera manifestação do representante de Comércio dos EUA para avançar em negociação

Avaliação é que a Casa Branca tem fechado acordos com vários países, 

e Brasil espera sua vez na fila

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

Brasil depende muito mais dos EUA no comércio que o inverso, mostram dados

Brasileiros são principal fornecedor de 2,3% dos itens importados pelos EUA, que foram o principal destino de 27% de tudo o que o Brasil exportou

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

Operação flagra venda de remédios vencidos 
e anabolizantes em farmácias da Bahia

Fiscalização encontrou medicamentos armazenados junto a alimentos

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Ao vivo: terremoto gera tsunami na Rússia 
e no Japão 

Tremor foi de magnitude 8,8

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT

Taxa de desemprego baixa para 6% em junho

Foi o terceiro mês consecutivo em que a taxa de desemprego recuou.

 

terça-feira, 29 de julho de 2025

RADAR JUDICIAL

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BRASIL SAI DO MAPA DA FOME

O Brasil saiu novamente do Mapa da Fome da ONU, conforme relatório da FAO, que apontou taxa de subnutrição inferior a 2,5% entre 2022 e 2024. A conquista foi anunciada durante a 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU, na Etiópia. O país já havia saído da lista em 2014, mas retornou entre 2018 e 2020 devido à interrupção de políticas sociais e aumento da pobreza. A reversão recente foi atribuída ao programa Brasil Sem Fome e a políticas como o fortalecimento do Bolsa Família, valorização do salário mínimo, incentivo à agricultura familiar e ampliação da merenda escolar. Segundo o Caged, 98% dos empregos formais criados em 2024, foram ocupados por pessoas do Cadastro Único, sendo 75% beneficiários do Bolsa Família. A pobreza extrema caiu para 4,4% e o desemprego atingiu 6,6%, o menor nível desde 2012. O professor Alexandre Cunha destacou que a articulação entre os entes federativos e o retorno de políticas integradas foram fundamentais. Ele alertou, contudo, que a continuidade dessas ações é essencial para evitar retrocessos.

O governo brasileiro também lançou a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza durante a presidência do G20, envolvendo mais de 100 países. Apesar do progresso nacional, o relatório indica que 673 milhões de pessoas ainda enfrentaram a fome no mundo em 2024, com altas nas regiões da África e da Ásia Ocidental.

PARAIBANA É APROVADA EM SETE UNIVERSIDADES

Alice dos Santos Araújo, jovem paraibana de Nova Olinda, superou desafios financeiros e sociais para conquistar uma bolsa integral na Universidade da Carolina do Norte, nos EUA. Sempre apaixonada por aprender, estudou em escolas públicas e no Instituto Federal da Paraíba, onde conheceu o universo da tecnologia e se envolveu em projetos científicos e de programação. Ao descobrir a possibilidade de estudar fora do Brasil, dedicou-se intensamente a aprender inglês com recursos gratuitos. Após o ensino médio, tirou um ano sabático para se preparar para o processo seletivo de universidades estrangeiras, contando com o apoio da mentoria da LALA. Em dois anos, foi aceita em sete universidades nos EUA e Canadá, escolhendo a UNC por seu foco em inovação e serviços comunitários.

Aprovada também na Fundação Behring, garantiu a cobertura total da graduação. Alice sonha em voltar ao Brasil para atuar na área de tecnologia e reduzir desigualdades sociais e de gênero. Ela reforça a importância de acreditar em si mesma e começar com os recursos disponíveis, mesmo em contextos difíceis.

SUPREMO BON-VIVANT

Durante o recesso do Judiciário, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, usou um jatinho da FAB para um tour entre 17 e 22 de julho, passando por Brasília, São Luís, Lençóis Maranhenses, Fortaleza e Recife. Embora tenha participado de seminários em alguns dias, desapareceu da agenda oficial nos dias 19 e 20, sendo visto com a esposa em Atins, local turístico, onde teria usado um helicóptero da PM. Em outros trechos, participou de encontros com juízes e a OAB. A aeronave transportou de 10 a 12 passageiros em cada voo. A prática não é inédita: em setembro passado, Barroso passou dois dias e meio em Mendoza, Argentina, com jato da FAB para evento de meio dia. Levou seis acompanhantes não identificados. A postura contrasta com suas críticas ao paternalismo estatal.

ISRAEL DESTRÓI GAZA

Após romper o cessar-fogo com o Hamas, em março, Israel intensificou a guerra em Gaza, alegando que a pressão forçaria a libertação de reféns. No entanto, após quatro meses, a ofensiva é vista como um fracasso estratégico e humanitário, com poucas vitórias militares e o agravamento da fome. O Hamas continua resistente, mantendo o controle de partes de Gaza e substituindo líderes mortos. O bloqueio alimentar aumentou o sofrimento civil e gerou críticas de aliados como França, Reino Unido e Alemanha. Internamente, a guerra sustenta politicamente o premiê Netanyahu, acusado de prolongá-la por interesses pessoais. A estratégia israelense sofre forte rejeição internacional, inclusive de apoiadores históricos, diante das cenas de miséria em Gaza. Mesmo defensores da guerra reconhecem falhas na execução e ausência de um plano para o futuro do território.

"BULLYING" DE TRUMP

O economista Joseph Stiglitz, Nobel de 2001, elogiou a postura do presidente Lula diante do "bullying" dos EUA sob Donald Trump, defendendo que outros líderes sigam seu exemplo. Em artigo no Project Syndicate, Stiglitz criticou a imposição de tarifas americanas às exportações brasileiras como ilegal e interferência na soberania. Ele comparou os ataques à democracia nos EUA e no Brasil, dizendo que Trump tentou minar o Estado de Direito e pressionou o Brasil a abandonar o processo contra Bolsonaro. Stiglitz destacou a firmeza das instituições brasileiras frente à tentativa de golpe de 8 de janeiro. Também condenou o uso político das plataformas digitais por oligarcas americanos e as acusações infundadas de censura contra o STF. Para o economista, Lula age por convicção na autonomia do Brasil e não por popularidade.

TARCÍSIO "ASSESSOR DE LUXO DOS BOLSONAROS

Ricardo Cappelli, presidente da ABDI, critica a aliança de Eduardo Bolsonaro com Donald Trump no tarifaço contra produtos brasileiros, afirmando que isso fortalece a frente ampla pró-Lula para 2026. Para ele, a medida tem caráter político-ideológico, e não comercial. Cappelli compara o deputado a “sequestradores” e diz que sua postura isola a extrema-direita no Brasil. Ele alerta para os riscos de transformar o país em refém dos interesses da família Bolsonaro. Também critica o governador Tarcísio de Freitas por agir como "assessor de luxo" da família Bolsonaro, esquecendo o papel estratégico de São Paulo. Destaca que é preciso aguardar os efeitos reais da sobretaxa, prevista para começar em 1º de agosto. Cappelli lembra que Trump já usou táticas semelhantes de pressão para depois recuar. Ele afirma que a ABDI poderá rever seus planos, se necessário, para proteger a indústria nacional.

                                                            Salvador, 29 de julho de 2025.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.


ISRAEL: LIMPEZA ÉTNICA E ANEXAÇÃO DE GAZA


PRIMEIRA JUÍZA TETRAPLÉGICA


 

FRANÇA DIZ: SUBMISSÃO DA UNIÃO EUROPEIA AOS EUA

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A França classificou como “dia sombrio” para a Europa o novo acordo comercial entre EUA e União Europeia, que impõe tarifa de 15% sobre produtos europeus sem contrapartida imediata contra os EUA. O primeiro-ministro francês François Bayrou criticou o que chamou de “submissão” da UE ao presidente Trump. A França havia defendido postura mais dura, mas prevaleceu a linha conciliatória da Itália e da Alemanha. O premiê alemão Friedrich Merz disse que o acordo evita uma escalada tarifária, mas trará prejuízos à economia alemã. Já o silêncio de Emmanuel Macron e o apoio contido do premiê espanhol Pedro Sánchez evidenciaram a divisão interna. Giorgia Meloni, da Itália, defendeu o pacto, afirmando que uma guerra comercial seria devastadora.

O governo francês reconheceu alguns benefícios —como isenção para bebidas e setor aeroespacial—, mas apontou desequilíbrio no trato. O ministro francês Benjamin Haddad pediu ativação do “instrumento anti-coerção” da UE. O acordo foi duramente criticado também por Viktor Orban, da Hungria, e pelo chanceler russo Serguei Lavrov, que previu desindustrialização na Europa. Empresários da indústria química e automotiva reagiram com cautela. Segundo Trump, o pacto prevê ainda US$ 750 bilhões em compras de energia, US$ 600 bilhões em investimentos e grande aquisição de armamento dos EUA. Para Ursula von der Leyen, o acordo é melhor do que uma guerra comercial. 

HÁ FOME EM GAZA, DIZ TRUMP

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O presidente dos EUA, Donald Trump, surpreendeu ao contrariar publicamente o premiê israelense Benjamin Netanyahu, quando reconheceu que há fome real na Faixa de Gaza. A declaração foi feita ao lado do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e marca uma ruptura na postura até então totalmente alinhada dos EUA com Israel desde o início da guerra contra o Hamas em outubro de 2023. Trump afirmou ser necessário ampliar o envolvimento humanitário na região e expressou preocupação com o sofrimento de crianças palestinas famintas. Enquanto Netanyahu havia declarado que "não há fome em Gaza", Trump disse que as imagens e informações disponíveis apontam o contrário. Ele também criticou as dificuldades de acesso dos palestinos à ajuda alimentar e anunciou a intenção de criar "centros de alimentação" em Gaza, com apoio de aliados — embora sem detalhar quais países participariam nem como funcionaria a implementação.

O Reino Unido, por meio de Starmer, reforçou a crítica à situação humanitária e defendeu um cessar-fogo imediato, além de propor a evacuação de crianças feridas e a intensificação do envio de ajuda. Um comunicado conjunto dos governos britânico e americano destacou a urgência de ações concretas para pôr fim ao sofrimento em Gaza e permitir o acesso rápido e em larga escala à assistência humanitária. A mudança de tom dos EUA ocorre em meio a crescentes críticas internacionais a Israel, acusado de restringir severamente a entrada de alimentos no território palestino. Segundo a ONU, Gaza vive atualmente um “show de horrores”. Apesar da aliança militar com Israel, Trump cobrou que o país permita que a ajuda chegue à população civil. Também reiterou sua decepção com o presidente russo Vladimir Putin, prometendo endurecer sanções à Rússia. Essa postura mais crítica de Trump sinaliza um possível reposicionamento diplomático dos EUA diante do agravamento da crise humanitária em Gaza e da pressão internacional por soluções mais efetivas e humanitárias no conflito. 

MATO GROSSO DO SUL: 8 MILHÕES DE PROCESSOS