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domingo, 1 de junho de 2025

O DESPREPARO DE TRUMP E A OUSADIA DOS BOLSONAROS

O filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro, afastou do cargo de deputado federal, através de licença para deslocar para os Estados Unidos, onde pretende permanecer por seis meses; saiu com a família. Sua missão por lá é trabalhar junto às autoridades americanas que se dispuserem a ouvi-lo, para evitar a condenação e prisão de seu pai, Jair Bolsonaro, em julgamento no STF. Nesse encargo, o parlamentar busca indispor as autoridades brasileiras com o governo Trump, focado principalmente para o ministro Alexandre de Moraes. Nos artigos e matérias que publicamos no blog temos demonstrado questionamentos à conduta, em julgamentos e em posicionamentos políticos, dos ministros Alexandre de Moraes e mais dois ou três ministros do STF, mas não podemos nem devemos aceitar agressões impróprias e incabíveis desferidas pela família Bolsonaro contra os magistrados. Eles visam eminentemente alcances políticos, pois Jair Bolsonaro é réu em processo como autor de crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição do estado Democrático de Direito, Golpe de Estado e outros crimes.  

Jair Bolsonaro já declarou que mantém contato direto com Eduardo Bolsonaro, mas não poderia informar sobre o teor das conversas que, certamente, importa em incutir na mente de autoridades americanas abusos dos ministros. O que causa estranheza e até mesmo infantilidade dos assessores de Trump situa-se em acreditar em resultado das manifestações do parlamentar brasileiro. Todavia, o mais intrigante é saber que assessores e o próprio Donald Trump deixam seus afazeres principais no comando do país para enfronhar nas bisbilhotices do deputado brasileiro. É certo que o governo Donald Trump não tem simpatia alguma com as autoridades brasileiras, mas não se pode aceitar como normal que o governo dos Estados Unidos possa remeter um ofício, sem passar pelas embaixadas, diretamente do Departamento de Justiça dos Estados Unidos para o Ministério da Justiça do Brasil! É simplesmente inacreditável essa infantilidade atípica, mesmo porque o roteiro para eventuais providências contra decisões ou condutas dos ministros da mais alta Corte do Brasil situa-se em buscar o próprio Supremo, que não depende dos outros Poderes da República, todos independentes. E mais, o tal do ofício presta-se para censurar atuação do ministro na sua atividade jurisdicional. 

Um consultor de Trump, Jason Miller, vai à imprensa para anunciar que os ministros brasileiros serão "sancionados" pelo governo americano. O outro, um secretário de Estado do governo, Marco Rubio, anunciou restrições contra autoridades estrangeiras, insinuando o alcance a magistrados brasileiros. Esses atos bem demonstram o despreparo dos assessores e do próprio presidente Donald Trump que se investiram no poder no comando de um dos maiores países do mundo para "fofocar", para mentir e para publicar estapafúrdios decretos de aumento de impostos ou de interferências em entidades que não lhe é atribuída competência. É o caso da Universidade de Harvard e outras unidades de ensino, vítima da raiva, da vingança de Donald Trump. Felizmente, a Justiça americana, na maior parte dos descaminhos de Trump, tem sabido frear-lhe seu despreparo na arte de governar e seu intuito de destruir o que funciona muito bem, como ocorre com a Harvard. A insanidade de Trump, em seus decretos, suas anistias para criminosos comprovados e condenados, a exemplo dos invasores do Capitólio, levantam duas hipóteses: demência pela idade ou vingança pela maldade.   

Salvador, 1º de junho de 2025.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.


TRUMP CONTINUA COM TARIFAS E APLAUDE FUSÃO DE EMPRESAS

O presidente Donald Trump disse, na sexta-feira, 29, sobre o novo decreto que vai importar na duplicação das tarifas sobre importação de aço e alumínio, no percentual de 50%, visando defender a produção nacional. Esses primeiros meses da administração de Trump tem sido dedicado para perseguir empresários, universidades, advogados, imigrantes e quem não votou em seu nome na eleição; do outro lado, a dedicação dele é para proteger e anistiar bandidos que invadiram o Capitólio ou que foram condenados e sejam seus protegidos. As tarifas tornaram-se uma colcha de retalhos, mesmo porque ele baixa o ato e, posteriormente, suspende, para mais adiante retornar, em verdadeira gangorra. No que se refere ao aço, o alumínio e automóveis ele já impôs a tarifa aduaneira de 25%. Na rede social, Truth Social, que parece ser órgão de publicação do governo, ele escreveu: "É uma grande honra para mim aumentar as tarifas ao aço e ao alumínio de 25% para 50%, a partir da quarta-feira 4 de junho. Esta será outra grande notícia para nossos maravilhosos trabalhadores do aço e do alumínio".  

Anteriormente, em uma fábrica de metalurgia US Steel, ele declarou que iria elevar "de 25 a 50% as tarifas ao aço" para proteger "a indústria siderúrgica". O Brasil, entre março/2024 a fevereiro/2025, foi o segundo maior exportador de aço para os Estados Unidos, com 3,7 milhões de toneladas métricas, seguido pelo México, com 2,9 milhões, sendo o primeiro o Canadá, segundo informe da Administração de Comércio Internacional dos Estados Unidos. A Argentina foi o sexto maior exportador do alumínio, com pouco mais de 176 mil toneladas. A fusão entre a US Steel e a rival japonesa Nippon Steel foi enaltecida por Trump, assegurando que será controlada pelos Estados Unidos. Antes dessa fusão, Democratas e republicanos opuseram-se à venda da US Steel para a Nippon Steel. Na campanha eleitoral, Trump opôs-se ao plano de aquisição da Nippon Steel, mas quando desembarcou na Casa Banca mudou de opinião. O ex-presidente Joe Biden tinha bloqueado o acordo entre as duas empresas por motivo de segurança nacional. O diretor do grande sindicato United Steelworkers, através de comunicado, manifestou preocupação com a fusão, invocando a "segurança nacional" e a "viabilidade e sustentabilidade a longo prazo das instalações atuais da US Steel".   

 

TRUMP E RUMBLE CONTRA MORAES

A empresa Trump Media, juntamente com a plataforma de vídeos Rumble ingressaram com ação judicial nos Estados Unidos, contra o ministro Alexandre de Moraes, alegando violação da soberania americana. O processo foi protocolado em um distrito do Tribunal Federal da Flórida e questiona determinação do ministro para suspensão da conta do blogueiro Allan dos Santos na plataforma. Em outubro/2021, o ministro Alexandre de Moraes expediu mandado de prisão preventiva contra Allan dos Santos, além de suspender suas contas em redes sociais, inclusive a plataforma de vídeos Rumble. O blogueiro é investigado pelo STF por divulgar desinformação e ataques a ministros da Corte brasileira; em março/2022, os Estados Unidos, onde está Allan, negou a extradição solicitada pela Justiça do Brasil. Por outro lado, a Rumble, que é uma plataforma de vídeos, negou-se em suspender a conta do blogueiro, informando que não possui representação no Brasil e que a ordem violava a legislação americana. 

Em fevereiro/2025, o ministro expediu nova determinação mandando a empresa encerrar a conta de Allan dos Santos. Essa decisão de Moraes motivou a Trump Media, empresa vinculada ao presidente Donald Trump, juntar com a Rumble para ingressar com a ação judicial, nos Estados Unidos, contra Moraes. Os advogados alegam que Moraes violou a soberania dos Estados Unidos e que a Primeira Emenda da Constituição protege a liberdade de expressão. A Trump Media afirmou que as restrições à Rumble no Brasil prejudicam a Truth Social, que depende dos serviços da Rumble. Evidente que há tentativa do governo americano de incriminar o ministro, mas não reside violação a soberania nenhuma, pois Moraes pediu a extradição, mas os Estados Unidos preferiram proteger o criminoso.    

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 1º/6/2025

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Puxado pelo agro, PIB do Brasil avança 1,4% no primeiro trimestre

Expectativa é de desaceleração da atividade econômica no segundo semestre, 
com os efeitos da alta dos juros básicos

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

'A tecnologia é divina e diabólica', diz Deepak Chopra em conversa com Luciano Huck

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

Atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA preocupa ala bolsonarista

Há apreensão entre aliados de que confronto com o STF possa desgastar a própria direita

A TARDE - SALVADOR/BA

Governo Trump encerra programa de pesquisa da vacina contra o HIV

Anúncio oficial foi feito a pesquisadores das universidades Duke e Scripps Research Institute, instituições que lideravam o projeto

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Vacinação: O ato simples que salva vidas

Índices de vacinação no Rio Grande do Sul seguem aquém do esperado; enquanto isso, hospitais e emergências do Estado operam acima de suas capacidades

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT

Publicado o mapa oficial das eleições: vitória da AD e distância entre PS e Chega foi de 3.992 votos

Mapa foi publicado no Diário da República (DRE) este sábado. Votaram 6 319 969 pessoas, num universo de 10 848 816 inscritos. 

sábado, 31 de maio de 2025

RADAR JUDICIAL

VÍTIMAS DE ACIDENTE DE TRABALHO

Ação de indenização por danos morais e materiais foi proposta pela companheira de um encarregado de construtora, vítima de acidente de trabalho. A mulher alegou que foi companheira do encarregado de serviço da empresa por 15 anos, até a morte, em 2011, e dependia economicamente dele. As empresas alegaram que a mulher teria de ingressar primeiro com ação na Justiça Comum para obter o reconhecimento da união estável, cenário que não era possível porque o encarregado era casado com outra mulher. As empresas afirmaram que celebraram acordo em outro processo com a esposa e com todos os filhos do falecido. O Juízo da 2ª Vara do Trabalho de Suzano/SP entendeu que "a proteção do Estado à união estável se aplica apenas a situações legítimas, excluindo aquelas em que há impedimento de uma das partes por já ser casada com outra pessoa". A 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho entendeu diferente e rejeitou recurso da construtora de São Paulo.  

O Tribunal reformou a sentença para condenar as empresas, solidariamente, a pagar a indenização por dano moral no valor de R$ 50 mil e pensão mensal vitalícia correspondente ao último salário do empregado, até a companheira atingir 75 anos. O entendimento foi sustentado na dependência econômica, na existência dos filhos, e na longa duração do relacionamento. O TRT assegurou que o acordo celebrado com a esposa no valor de R$ 650 mil não exclui o direito da companheira. Agravo para declarar a existência de união estável ou concubinato é matéria de juízo cível ou de família, não foi aceito o recurso, porque necessária apreciação de provas. A empresa, depois de rejeitados embargos, promete levar o caso ao STF. 

MOÇÃO DE SOLIDARIEDADE

Moção de solidariedade face às "ameaças do governo dos Estados Unidos de aplicar sanções" contra o ministro Alexandre de Moraes foram aprovadas pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, na quinta-feira, 29. O documento foi encaminhado pelo Departamento de Direito do Estado que defende ser "inaceitável que país estrangeiro (sobretudo um país amigo) cogite, muitos menos pretenda, censurar membro do Judiciário brasileiro". O texto presta solidariedade às instituições de ensino norte-americanas, sob ataque do presidente Donald Trump, a exemplo da Universidade Harvard. O secretário de Estado, Marco Rubio, tem propalado ameaças ao ministro Moraes e alega violação de liberdade de expressão. 

Também a Associação dos Juízes Federais do Brasil publicou nota, manifestando solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes "diante de rumores vindos dos Estados Unidos de que o magistrado será alvo de sanções do governo de Donald Trump. A pressão ilegítima e inaceitável de autoridades diplomáticas contra o ministro Alexandre de Moraes, configura um atentado à soberania nacional e à autonomia dos Poderes da República". Outra moções de solidariedade foram aprovadas, repudiando ataques desferidos contra o ministro brasileiro.  

"ADVOGADA" RECLAMA JORNADA ESPECIAL

A Subseção II Especializada em Dissídios Individuais do TST manteve nulidade de decisão que reconheceu horas extras a uma trabalhadora, fundamentada em jornada especial e prevista no Estatuto da OAB. A ministra Morgana Richa, relatora, assegurou que "não se pode aplicar a regra da jornada reduzida a quem exerce ilegalmente a advocacia". As horas extras foram deferidas, vez que não havia contrato de dedicação exclusiva entre a advogada e a construtora, segundo entendimento do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região. A empresa propôs rescisória, assegurando que a trabalhadora não poderia ser considerada advogada, vez que foi condenada em processo criminal, onde confessou que obteve a inscrição na OAB, mediante fraude e falsidade documental. A construtora informou que a trabalhadora sabia da investigação criminal, mas insistiu com a ação trabalhista para requerer horas extras. A relatora concluiu seu voto, mantido à unanimidade: "Não há fundamento jurídico para que quem cometeu fraude na obtenção do registro profissional possa receber vantagens decorrentes de uma condição que, na prática, nunca teve".   

BOLSONARO QUIS REVERTER ELEIÇÃO, ALEGA EX-ADVOGADO DA UNIÃO

O depoimento do ex-advogado-geral da União, Bruno Bianco, ao STF, foi no sentido de confirmar que o ex-presidente procurou-lhe para discutir sobre a possibilidade de reverter o resultado da eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na indagação, o ex-presidente estava acompanhado de comandantes das Forças Armadas e do então ministro da Defesa, Sérgio Nogueira de Oliveira. O ex-advogado-geral da União respondeu no sentido de que a eleição foi "transparente" e havia comissão para garantir a lisura do processo. Bianco depôs como testemunha de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e réu na ação penal.

SUPREMA CORTE AUTORIZA TRUMP A REVOGAR ATO 

Na sexta-feira, 30, a Suprema Corte dos Estados Unidos atendeu a pedido do presidente Donald Trump para revogar status legal de 532 mil imigrantes de Cuba, Haiti, Venezuela e Nicarágua. A manifestação da Corte anula decisão da juíza distrital Indira Talwani de Boston e não foi divulgado o placar da decisão. O status temporário dos imigrantes foi publicado pelo governo Trump em março, com vigência a partir de 24 de abril, suspenso pelo juíza Indira e agora mantido pela Suprema Corte. A medida foi criada pelo governo do ex-presidente Joe Biden, em 2022, e como Trump está revendo tudo o que foi feito pelos democratas, conseguiu, com apoio da Suprema Corte, modificar o status dos imigrantes.   

Salvador, 31 de maio de 2025.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.



AZEDAM RELAÇÕES BRASIL X EUA

O jornal The New York Times, em matéria publicada, diz que o governo Donald Trump poderá causar ruptura nas relações diplomáticas entre Estados Unidos e Brasil, caso haja sanção contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. O jornalista Jack do jornal americano assegura que Moraes seria alvo da Casa Branca, punido pelos desentendimentos com o bilionário Elon Musk e porque uma empresa de mídia ingressou com processo contra o magistrado. O jornal esclarece que o anúncio do secretário de Estado, Marco Rubio, afirmando que Estados Unidos iria restringir vistos de autoridades estrangeiras constitui indício da punição a Moraes. The New York Times prossegue: "O Departamento de Estado não informou se o juiz Moraes é alvo da ação. Mas a linguagem do Departamento de Estado se inclina fortemente para as críticas contra ele, incluindo a de que vistos seriam restringidos para autoridades que exijam que empresas de tecnologia americanas removam conteúdo ou ameacem com mandados de prisão residentes nos EUA por coisas que disseram online". O jornal acresce que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos enviou carta a Moraes censurando, porque ele ordenou que a rede social Rumble bloqueasse as contas de um usuário.  

Muito apropriada e oportunamente, o ex-ministro e ex-presidente do STF, Celso de Mello, defende o ministro, assegurando que "a ameaça ao ministro Alexandre de Moraes é resultado de arrogância desmedida" e de pretensa postura de "imperator mundi" do presidente Donald Trump. Diz Mello: "No caso brasileiro, não houve, em momento algum, por parte do STF, qualquer determinação que pudesse caracterizar indevida intromissão em assuntos domésticos dos EUA ou interferência no exercício da jurisdição interna desse país". O jornal Financial Times, da Inglaterra, escreveu: "O governo esquerdista do Brasil está travando uma batalha diplomática de última hora para impedir que os EUA imponham sanções a um juiz do Supremo Tribunal Federal que supervisiona um caso no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro está sendo processado por acusações de conspiração golpista". O jornal Clarín diz que "a iniciativa foi motivada por uma disputa entre o proprietário do X, Elon Musk, e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, depois que a plataforma de mídia social foi obrigada a remover postagens". Outros jornais do mundo tratam do assunto.   

 

PUTIN TRAPACEIA

A segunda rodada de negociações diretas entre russos e ucranianos sobre a invasão iniciada pela Rússia ao território ucraniano deverá acontecer em Istambul na segunda-feira, 2. Putin desferiu grandes ataques nos últimos dias, bombardeando várias cidades da Ucrânia. Depois de muita pressão, a Rússia prometeu mandar delegação para Istambul nas conversações que deverão ocorrer na segunda-feira. Os russos não remeteram memorando com as cláusula para a celebração de acordo de paz, enquanto os ucranianos entregaram suas condições ao negociador americano Keith Kellogg. O Kremlin diz que suas propostas serão apresentadas in loco, o que sinaliza que os termos são inaceitáveis, visando somente ganhar tempo, segundo a chancelaria de Kiev. 

O resultado do último encontro entre representantes dos dois países, em Istambul, aconteceu, mas para a troca de prisioneiros, mil para cada lado. Zelensky escreveu: "A troca foi uma conquista importante daquele encontro, mas infelizmente a única. Um cessar-fogo é necessário para rumarmos à paz".  A Rússia parece querer demais, pois diz que a exigência mínima situa-se em suspender toda ajuda ocidental a Kiev. Trump apertou Putin, quando declarou que o presidente russo estava "completamente enlouquecido", face às ofensivas desferidas contra a Ucrânia. O presidente americano aventou a hipótese de estar sendo "enrolado" pelo colega. Os Estados Unidos afirmam que se as conversas fracassarem haverá mais sanções contra a Rússia.   

 

EMISSORAS SÃO PERSEGUIDAS POR TRUMP

As emissoras americanas PBS, de televisão, e NPR, de rádio, ingressaram com ações judiciais contra o governo de Donald Trump, buscando anular cortes de financiamentos, promovidos pelo presidente americano. As emissoras alegam que a medida inviabiliza o funcionamento das empresas. A PBS protocolou a ação na terça-feira, 27, e a PBS, na sexta-feira, 30. As emissoras asseguram que o governo viola a liberdade de expressão, motivado pelos conteúdos e não por preocupações fiscais. Elas alegam que efetivada a suspensão do financiamento federal "destruirá a televisão pública". O corte no orçamento anual importou no percentual de 15%. A PBS, na petição, diz que o decreto presidencial, assinado no dia 1º de maio, é inconstitucional, vez que transfere para o presidente "o poder moderador do conteúdo editorial da emissora. O decreto nem sequer tenta esconder o fato de que as verbas estão sendo cortadas em razão do conteúdo da programação da PBS e com o objetivo de alterar esse conteúdo".   

Trump afirmou à PBS e a NPR que "ignoram o direito do contribuinte americano de que seu dinheiro financie apenas cobertura jornalística equilibrada, imparcial e apartidária; em nota assegura que as emissora públicas "fazem propaganda radical e woke disfarçada de notícia". Diz mais a Casa Branca: "A PBS cria conteúdo com o objetivo de apoiar um partido político específico às custas do dinheiro do contribuinte. Dessa forma, o presidente está exercendo sua autoridade legal de cortar verbas das emissoras". A NPR afirma que Trump não possui poder para cortar verbas concedidas pelo Congresso americano. Trump aplaude e financia emissoras ou quaisquer veículo de comunicação que defenda se governo, mas persegue e acaba com quem não se pronuncia favoravelmente às suas ideias.   

 

EMBAIXADA NÃO RECOMENDA BRASIL

A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, seguindo a trajetória de Donald Trump, busca não recomendar o Brasil para turistas americanos. A página oficial assegura que "aumentou o risco de sequestro no país", daí a recomendação de segurança para cidadãos americanos, publicada na sexta-feira, 30. O texto em português é intitulado "Aviso de Viagem" e é originado do Departamento de Estado norte-americano. A embaixada alega os seguintes perigos para turistas americanos no Brasil: "as atividades de gangues e do crime organizado são generalizadas no país"; "recomenda aos americanos que não se desloquem para as regiões administrativas do Distrito Federal, nas redondezas de Brasília (funcionários só poderão ir com autorização)". A embaixada traça "resumo do país": "Crimes violentos, incluindo assassinato, roubo à mão armada e roubo de carros, podem ocorrer em áreas urbanas, de dia e de noite. (...) A atividade de gangues e o crime organizado são generalizados e frequentemente ligados ao tráfico de drogas recreativas". A Embaixada vai a detalhes para informar que "uso de sedativos e drogas colocadas em bebidas, são "comuns" no Brasil". Prossegue: "Criminosos visam estrangeiros por meio de aplicativos de namoro ou em bares antes de drogar e roubar suas vítimas. Funcionários do governo dos EUA "são aconselhados a não usar ônibus municipais no Brasil devido ao sério risco de roubo e agressão, especialmente à noite". As recomendações da embaixada para cidadãos americanos que viajarem ao Brasil: "preparar um plano para situações de emergência; não exibir objetos valiosos, como relógios caros ou joias; desenvolver um plano de comunicação com a família.        

A embaixada decidiu atacar o pais, no que se refere à economia, alegando que o "Brasil sufoca a economia americana". A Casa Branca publicou em português, afirmando que "o Brasil está entre os países que sufocam parte da economia americana, acrescentando que Trump não permitirá que o país seja explorado". Diz mais a Embaixada: "Certos países, como Argentina, Brasil, Equador e Vietnã, restringem ou proíbem a importação de bens remanufaturados, restringindo o aceso ao mercado para exportadores dos EUA, ao mesmo tempo em que sufocam os esforços para promover a sustentabilidade, desencorajando o comércio de produtos quase novos e com uso eficiente de recursos".    

 

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 31/05/2025

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Sanção de Trump a Moraes pode provocar ruptura entre Brasil e EUA, diz NYT

Diversos jornais estrangeiros publicaram nessa semana sobre medidas do governo Trump que parecem mirar em Alexandre de Moraes.

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

Salário mínimo comprime a Previdência, que já consome 42% dos gastos federais: entenda 

Reajuste responde por quase metade da despesa. Gastos obrigatórios são corroídos pelo avanço das emendas parlamentares

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

Por que maior expansão de Israel na Cisjordânia em décadas pode inviabilizar Estado palestino

Aprovação de 22 novos assentamentos consolida ocupação, mina negociações de paz e dificulta solução de dois Estados

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

Elon Musk intensificou uso de drogas 
e tentou abafar drama familiar

O consumo de drogas por Musk ia muito além do uso ocasional

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Conta de luz mais cara: Aneel anuncia bandeira tarifária vermelha em junho

Cobrança adicional será de R$ 4,46 a cada 100 kW/h

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT  

Cobrança de impostos sobe de forma avassaladora em abril e engorda saldo público em 2,1 mil milhões de euros

Execução orçamental. Carga de impostos soma e segue. Coleta de IVA aumenta 12%, receita de IRS sobe 9%, IMT dispara 43%, ISP mais de 13% e imposto do tabaco mais de 33%.