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segunda-feira, 17 de maio de 2021
CORONAVÍRUS NO BRASIL, EM 17/05/2021
ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA É CONDENADO
O juiz Daniel Nunes Ricardo, da 1ª Vara do Trabalho de Sinop/MT, condenou um escritório de advocacia a pagar indenização de R$ 20 mil a uma estagiária por litigância de má-fé, em assédio moral. Na sentença escreveu o magistrado: "Registro que a sociedade brasileira é regida por uma Constituição que preza pela dignidade da pessoa humana, honra, e intimidade, sendo que nesse contexto é inadmissível que comportamentos como este ainda se repitam no ambiente laboral, notadamente num escritório de advocacia, e perpetrado por uma operadora do direito, ativa na seara trabalhista, a qual se presume consciente dos seus deveres legais de respeito e preservação da dignidade de seus colaboradores".
BRASIL REVIRADO - ADENDOS
Com os títulos acima e as matérias abaixo, saiu na Coluna Esplanada, na Tribuna da Bahia, de hoje:
Brasil Revirado
A recente decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de condenação do jornalista Rubens Valente por citações ao ministro Gilmar Mendes (STF) no livro "Operação Banqueiro"- qu conta os bastidores da falecida Operação Satiagraha- mostra que há muita coisa de cabeça para baixo nesse País.
Adendos
Numa breve memória sobre a operação, depreende-se do episódio supracitado que: Gilmar Mendes continua poderoso e inquestionável; O banqueiro Daniel Dantas está bilionário e livre; a Operação (com muitas provas) foi anulada pelo STJ; o delegado federal que a tocou está asilado na Suiça; o único condenado é um jornalista que contou o caso em um livro.
FESTIVAL DE BESTEIRAS QUE ASSOLAM O JUDICIÁRIO, FEBEAJU (XXI)
Temos de retornar ao STF, pois ali saem as maiores contribuições para o FEBEAJU.
Em junho/2011, assumindo o protagonismo que lhe tem sido próprio, o STJ anulou a Operação Satiagraha, desencadeada em 2004, pela Polícia Federal, sob fundamento de ilegalidades. Apressadamente, o CNJ arquivou dois processos contra o desembargador Fausto Martin De Sanctis, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, acusado de descumprir decisões do STF. Em 2014, o ex-delegado Protógenes Queiroz recebeu o "prêmio" do STF de pena de 2 anos e 6 meses, pela sua atuação na Satiagraha; o pior para Queiroz é que ele foi expulso da Polícia Federal e investigado por prevaricação na Operação. Em 2015, o STF manteve o acórdão do STJ, anulando a Operação Satiagraha.
Pois bem. O banqueiro Daniel Dantas, investigado na Operação, temendo prisão, em 2008, sem nenhuma ameaça, como assegurou a Procuradoria, ingressou com Habeas Corpus preventivo, que terminou sendo transformado em liberatório, porque, posteriormente, ele foi preso. Quem decidiu o Habeas Corpus: o então presidente do STF, ministro Gilmar Mendes; e qual o veredito monocrático: liberdade para Dantas.
Aqui é que vem a participação do ministro Alexandre de Moraes, o mesmo que assumiu a função de delegado, de procurador e de juiz, no inquérito das fake news. No caso do jornalista Rubens Valente, a manifestação de Moraes é inusitada e nunca se viu igual. Valente escreveu e publicou, em 2014, o livro "Operação Banqueiro: as provas secretas da Operação Sariagraha". A obra do jornalista narra a prisão do banqueiro Daniel Dantas e sua liberdade, concedida pelo ministro "soltador oficial" do STF, Gilmar Mendes, em 2008. Aborrecido com as revelação do jornalista, o ministro ingressou com processo de indenização por danos morais contra Valente. Na primeira instância, onde há julgamentos mais justos, Mendes perdeu, mas recorreu e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal reformou a sentença para condenar o jornalista na indenização de R$ 60 mil; o recurso para o STJ não teve efeito algum, porque foi mantido o acórdão do Tribunal.
Rubens Valente acreditou no STF e recorreu; o processo caiu no gabinete do ministro Alexandre de Moraes que negou provimento ao recurso e ainda, é estarrecedor, mas é verdade, determinou que o jornalista teria a obrigação de incluir, em novas edições do livro, a defesa do ministro nos danos morais. O jornalista, em entrevista à CNN, declarou que Moraes "decretou a morte do livro"; assegura que não aceita editar seu livro, em coautoria com o ministro Gilmar Mendes, porque são muitas páginas que se determina sejam incluídas, adulterando o original da obra. Ressaltou que "não há paralelo na história do Supremo" . A Associação Brasileira de Jornalismo protestou, alegando que o STF busca "intimidar outros jornalistas que pretendam, no futuro, produzir reportagens mencionando ou discutindo decisões de seus ministros.
Realmente a decisão estapafúrdia, como tem ocorrido nas Cortes superiores: o jornalista edita um livro e é obrigado a enxertar na sua obra manifestação de quem ele comentou? É dizer que o livro de Rubens Valente passou a ser de autoria também do "soltador oficial" do STF!
O ministro ultrapassou o razoável!
Salvador, 16 de maio de 2021.
FACHIN AUTORIZA INVESTIGAÇÃO SOBRE TOFFOLI
O ministro Edson Fachin, do STF, não acatou manifestação da Procuradoria-geral da República e autorizou a Polícia Federal a continuar com as duas operações da Lava Jato do Rio, que causou o pedido de inquérito contra o ministro Dias Toffoli. A Polícia Federal alega que é necessária a apuração de crime de corrupção, referente à venda de decisões judicias, de conformidade com o acordo de colaboração do ex-governador Sérgio Cabral. A Polícia Federal, sustentada nos relatórios das Operações Calicute e Boca de Lobo, afirma que as acusações de Cabral indica que o ministro recebeu R$ 3 milhões para beneficiar o então prefeito de Volta Redonda, Antônio Francisco Neto; informa que e-mails apreendidos na Calicute trata das reuniões do ex-secretário de Obras do Rio, Hudson Braga com José Luiz Solheiro.
A Polícia, constatou, pelas conversas por aplicativo de celular entre Braga, responsável pela operação no pagamento a Toffoli, e Solheiro, intermediário entre o ex-governador e o ministro, através de sua mulher, advogada Roberta Rangel, repita-se constatou toda a negociação para compara da decisão que favoreceu o ex-prefeito. Registros, da Operação Boca de Lobo, registram, no celular, encontros do ex-governador Luiz Fernando Pezão com Solheiro e com o advogado Bruno Calfat, este defensor de Francisco Neto, no processo de cassação. Comprova-se também encontros do ex-governador com o ministro Toffoli. Outros relatórios comprovam venda de decisão que suspendeu a cassação da então prefeita de Bom Jesus de Itabapoana. A matéria é do jornal Folha de São Paulo
TRIBUNAL PAULISTA CONTINUARÁ COM TRABALHO REMOTO
O Tribunal de Justiça de São Paulo, através de Resolução do Órgão Especial, estabelece a continuidade do trabalho de decisões e audiências no sistema remoto mesmo depois da covid-19; essa forma de atividade iniciou-se desde o mês de março/2020, com a disseminação do coronavírus. A programação do Tribunal, que tem 358 desembargadores, 2,2 mil juízes e 39,3 mil servidores, é que 50% dos magistrados e funcionários de 1ª instância e 70% de servidores administrativos da 2ª instância deverão atuar em casa. Para essa atividade os juízes trabalharão um ou dois dias por semana em casa, garantida a presença de um terço dos magistrados nos fóruns. É certo que o modelo de trabalho da Justiça paulista será seguido por outros tribunais do país.
A Resolução deixa a opção para o magistrado que se obriga a permanecer na comarca durante o trabalho remoto e terá encontros virtuais com advogados e promotores. O Tribunal fixará a produtividade para quem escolher o trabalho remoto e descobriu que houve aumento de 2,5% na prolação de sentenças e 20,4% nos acórdãos, no primeiro trimestre do ano, comparado com o mesmo período de 2019. Além de todas as vantagens acima, houve significativa economia, vez que o Tribunal zerou o déficit orçamentário de 2019 e deixou de gastar R$ 250 milhões em 2020. Diante deste cenário, o Tribunal resolveu cancelar a construção de duas novas torres, destinadas a receber gabinetes de desembargadores, que implicaria no gasto de R$ 1,2 bilhão; haverá revisão do uso de 700 prédio próprios e alugados.
A OAB/SP manifesta contrária à programação do teletrabalho, porque assegura que o Judiciário não pode fechar a porta à população carente. Diz o presidente da OAB: "A população não pode pagar a conta para participar de audiências pela internet". A outra dificuldade seria com as testemunhas e réus, através das ameaças e constrangimentos. A reportagem é do jornal Estadão.
ATOS DO PRESIDENTE
Através de Decreto Judiciário, publicado hoje, o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, "dispõe sobre a migração de processos digitais da 5ª Vara da Fazenda Pública de Salvador e da 10ª Vara Cível e Comercial de Salvador, que tramitam pelo Sistema E-Saj, para o Sistema de Processo Judicial Eletrônico -PJe.
Suspende a fluências dos prazos entre 17 e 25 de maio/2021, e as atividades presenciais nos fóruns das Comarcas de:
MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 17/05/2021
CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF
domingo, 16 de maio de 2021
"CAPITÃ CLOROQUINA" PEDE HABEAS CORPUS
O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, abriu o caminho para o direito ao silêncio na CPI da Covid. A médica Mayra Pinheiro, ex-secretária do Ministério da Saúde, marcada para depor na próxima quinta feira, ingressou com Habeas Corpus preventivo, depois que a comissão convocou a "Capitã Cloroquina" para depor. Na petição, seus advogados queixam da "agressividade que tem sido tratada os depoentes" na CPI. A médica convocada deverá responder, juntamente com o ex-ministro por improbidade administrativa, pela falta de oxigênio medicinal no Amazonas.