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segunda-feira, 26 de abril de 2021
CORONAVÍRUS NO BRASIL, EM 26/04/2021
ANULADO PROCESSO CONTRA TEMER
A onda no STF é anular tudo que foi decidido e julgado pela Operação Lava Jato e atinge todos os juízes e procuradores. A mais recente anulação é de autoria do ministro Alexandre de Moraes, indicado para a Corte pelo ex-presidente Michel Temer. Pois, o relator entendeu de transferir a apuração dos crimes de lavagem de capitais e de corrupção ativa e passiva, em prejuízo da Eletronuclear, para Brasília, retirando a competência do juiz federal do Rio de Janeiro Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal. A Procuradoria-geral da República recorreu da decisão de Moraes que anula inclusive o recebimento da denúncia.
A decisão do relator insere-se na perseguição do ministro Gilmar Mendes que inclusive propala acusações contra Bretas, apesar da seriedade do magistrado. Mendes não aprende, pois já foi condenado por danos morais por acusações, sem comprovação, a um juiz do Paraná.
A REVANCHE DOS CORRUPTOS DESMANTELA A LAVA JATO
Antes deste desmonte, no final da presidência de Dias Toffoli, o STF modificou o entendimento de que a oportunidade para ser efetivada a prisão dos condenados seria após a condenação em 2º grau; apenas dois anos depois admitiu o encarceramento do criminosos somente depois de transitada em julgado a condenação; repita-se que o mesmo STF tinha definido como instante para a prisão após condenação em 2º grau. O ministro Gilmar Mendes mudou de posição, capaz de inverter o cenário para o atual posicionamento. Com isso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, José Dirceu e tantos outros políticos e empresários estão condenados, mas não serão presos, porque a última instância, STF, demora ou não decide, deixando acontecer o maior causador da finalização desses processos, que é a prescrição, ocorrência que o tempo encarrega-se de determinar o arquivamento.
A sequência para a impunidade deu-se com o desmonte da Operação Lava Jato e além dos ministros, também o presidente Jair Bolsonaro compartilhou desta operação; sua atuação verificou-se em dois momentos: quando nomeou um procurador, que não foi votado pela classe, para ocupar a Procuradoria-geral da República, e quando nomeou o então desembargador Kassio Nunes para exercer a função de ministro, em substituição ao aposentado Celso de Mello. Augusto Aras, desde 2003, foi o primeiro a ser nomeado sem passar pela votação na lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores. Já o ministro Kassio Nunes nunca foi cotado ou comentado para assumir a vaga, daí a surpresa que foi seguida de acusações contra o indicado, mas o Senado federal nunca deixa de aprovar o nome que o presidente aponta. Tanto um quanto outro seguem as orientações do presidente na Procuradoria e no STF.
Esses episódios contribuíram para destruir o extraordinário trabalho de profissionais sérios que reprimiam o crime dos endinheirados e dos políticos do alto escalão, autores da roubalheira da Petrobras e do erário público. Triste saber que o movimento de desestabilização da Lava Jato é obra dos ministros do STF, porque os juízes, desembargadores e ministros do STJ trabalharam e puniram os criminosos, mas o STF buscou e encontrou pequenos detalhes nos processos para suspender o andamento e mandar repetir a instrução concluída, ocasionando a grande possibilidade de prescrição antes dos julgamentos. Assim, os ministros plantaram a ideia de que a corrupção patrocinada pelo "ladrão sabido" perdura sem punição e, portanto, compensa; a desforra dos criminosos poderá esvaziar os cofres públicos com os bilhões arrecadados com as punições, além da libertação de outros condenados.
Salvador, 26 de abril de 2021.
SUBPROCURADORA É QUESTIONADA
A subprocuradora da República Lindôra Araújo deverá responder a pedido de um grupo de governadores que buscam seu desligamento do Gabinete Integrado de Acompanhamento da Epidemia de Covid e da Investigação sobre possíveis desvios de verbas federais, destinadas aos estados. A subprocuradora indagou de todos os governadores sobre gastos com a covid e atribui o mau uso do dinheiro público, de conformidade com suspeitas levantadas pelo presidente Jair Bolsonaro. Os governadores acreditam que Lindôra usará os ofícios remetidos aos governadores para obter dados de interesse do governo. A matéria é do jornal Folha de São Paulo.
FESTIVAL DE BESTEIRAS QUE ASSOLAM O JUDICIÁRIO, FEBEAJU (III)
O ministro Gilmar Mendes, certamente, frequentará o FEBEAJU com mais assiduidade, pois tem cometido erros grosseiros, incomuns e imperdoáveis para um magistrado.
O ministro entra pela segunda vez no FEBEAJU, porque teceu comentários grosseiros e deselegantes ao juiz federal Josegrei da Silva, que comandou a operação Carne Fraca, em Curitiba/PR. O magistrado diz que a operação investigou o comércio de carne estragada ou misturada a papelão e teve de esclarecer que se examinava a prática dos crimes de corrupção, extorsão, advocacia administrativa e não a qualidade da carne. Pois o ministro Gilmar Mendes passou a agredir o magistrado, como, aliás, é seu costume. Disse, em maio/2018, "o soltador oficial do STF": "parece que era uma troika de ignorantes: delegado, procurador e juiz"; "veja o perigo de se dar poder a gente desqualificada e irresponsável"; mais adiante: "todos querem virar um Moro, ganhar um minuto de celebridade".
Ministro, essas são expressões que Vossa Excelência usa "com seus capangas no Mato Grosso", como bem disse o ministro Joaquim Barbosa.
O juiz portou-se com elegância e e não trocou conversa com o abusado ministro; ingressou com ação judicial e a juíza Giovanna Mayer, da 5ª Vara Federal de Curitiba, julgou procedente o pedido do magistrado e escreveu na sentença: "o Ministro efetuou crítica depreciativa sobre o trabalho de outro juiz fora dos autos”. A magistrada diz que a LOMAN estabelece que não se pode efetuar crítica de uma decisão judicial a qual não lhe está sendo submetida. Fixa ainda na sentença: "E nem se diga que o agente, por ocupar o topo da carreira do Poder Judiciário, não possui os mesmos deveres que um juiz de piso”. Mayer esclarece que "por uma questão de educação e respeito com os outros, não se pessoaliza a crítica" e que a institucionalização do País reclama tratamento com respeito a todos que trabalham, bem ou mal. Afirma que a crítica do ministro “extrapolou os limites do razoável.". Fixou o valor do dano moral em R$ 20 mil. A condenação foi mantida em grau de recurso.
Gilmar responde a outros processos de autoria da Associação dos Procuradores do Espírito Santo e do procurados Deltan Dallagnol.
Ministro seja menos agresivo e não queira diminuir quem está trabalhando honesta e seriamente!
Salvador, 26 de abril de 2021.
MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 26/04/2021
CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF
PROGRAMA DE MICHELLE BOLSONARO GASTOU MAIS DO QUE ARRECADOU
JORNAL DO BRASIL - RIO DE JANEIRO/RJ
ATOS DO PRESIDENTE
Através de Decreto Judiciário, publicado hoje, no DJE, o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia "dispõe sobre o pagamento da Gratificação de Direção de Foro, estabelecida pela Lei nº 14.028, de 06 de dezembro de 2018". Foram suspensos os pagamentos da referida gratificação, para permiti-la mediante requerimento mensal com documentos que exige.
domingo, 25 de abril de 2021
CORONAVÍRUS NO BRASIL, EM 25/04/2021
DENÚNCIA ANÔNIMA DE SOM ALTO NA CASA DE DEFENSOR PÚBLICO
O defensor público Leandro Jesus Torrano, de Mato Grosso, foi detido em festa com aglomeração e som alto, em sua casa, em Sinop, na madrugada de hoje. A Polícia, depois de denúncia anônima, encontrou no local arma com registro vencido e uma bolsa com droga de uma das convidadas. O defensor declarou que reuniu amigos em sua casa, confessou que a arama é sua e a droga encontrada era de uma usuária, porque vistoriado o imóvel nada foi encontrado. O delegado de policia enquadrou o procedimento somente em perturbação do sossego.
SUBMARINO NAUFRAGOU E TODOS OS TRIPULANTES MORRERAM
O submarino KRI Nanggala-402, da Indonésia, desaparecido com 53 pessoas, há quatro dias, no Mar de Bali, foi encontrado neste domingo, dividido nas três partes, casco, popa e a parte principal com todos os tripulantes mortos; foram achados objetos, como colete salva-vidas. A explicação é que a embarcação pode ter sido esmagada pela pressão da água, em profundidade maior do que poderia suportar; ele foi detectado por um sonar em profundidade de 850 metros, mas poderia descer até 250 metros. Em 2017, ocorreu um acidente com um submarino argentino, ARA San Juan, que causou a morte de todos os tripulantes.