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sábado, 10 de fevereiro de 2024

EX-ASSESSORES COM PREVENTIVA MANTIDA

Os ex-assessores da Presidência da República, no governo Bolsonaro, Filipe Martins e Marcelo Câmara, que foram presos na quinta-feira, pela Polícia Federal, em audiência de custódia ontem, 9, tiveram a prisão preventiva mantida. Eles são acusados de tentativa de golpe, visado manter Bolsonaro no poder. Na mesma situação o major do Exército Rafael Martins Oliveira, que atuou no batalhão de Forças Especiais da corporação. Martins é acusado de ter levado a Bolsonaro minuta golpista de prisão de autoridades, entre as quais o ministro Alexandre de Moraes e a realização de novas eleições, com anulação da pleito que Lula foi eleito. Câmara foi flagrado monitorando deslocamento do ministro Moraes pelo país, objetivando preparar plano para captura dele. 

A Polícia Federal assegura que Filipe Martins, que era assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, viajou para Orlando no avião presidencial, em 30 de dezembro/2022, "sem realizar o procedimento de saída com o passaporte em território nacional. Assim, enganos o sistema migratório. Consta que Martins reuniu duas vezes com Bolsonaro, visando assuntos golpistas, em novembro e em dezembro/2022. 



JÚRI DA BOATE KISS

Boate Kiss
O novo júri dos réus pelo incêndio da boate Kiss, ocorrido em 2013, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que deixou 242 pessoas mortas, seria realizado no próximo dia 26, mas o ministro Dias Toffoli suspendeu o julgamento. O Ministério Público do Rio Grande do Sul alega que se este segundo júri for realizado e apresentar resultado diferente do primeiro pode causar "tumulto processual". É que há apreciação no STF de recursos contra a anulação do primeiro júri. Toffoli escreveu na decisão: "Esse cenário autoriza concluir pela possibilidade de virem a ser proferidas decisões (do júri) em sentidos diametralmente opostos, tornando o processo ainda mais demorado, traumática e oneroso".   

O primeiro júri foi anulado pelos desembargadores da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, em agosto/2022, por 2 votos contra 1. Assim, os réus que tinham sido condenados a 18 e 22 anos, foram postos em liberdade. O STJ manteve a anulação por 4 votos contra 1. O júri destina-se a apreciar as acusações contra Elissandro Callegaro Spohr (sócio da boate), Mauro Londero Hoffmann (sócio da boate), Marcelo de Jesus dos santos (vocalista da banda Gurizada Fandangueria) e Luciano Bonilha Leão (auxiliar de palco).


 

 

 

 




DENÚNCIA DE CRIMES DO BRASIL À ONU

A Defensoria Pública de São Paulo, juntamente com a ONG Conectas Direitos Humanos, o Instituto Vladimir Herzog e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública prometem denunciar na ONU e na Comissão Interamericana de Direitos Humanos as "execuções sumárias, arbitrárias e extrajudiciais", que aconteceram no litoral de São Paulo. Os denunciantes vão apresentar os fatos desde 1992, com o massacre do Carandiru e pedirão para que sejam recomendados ao Estado para se conter na "escalada de violência", principalmente na Baixada Santista. Os autores da denúncia contabilizaram 958 prisões, 28 mortes em 2023 e outros nove mortos na Operação Escudo, além de ameaças contra moradores, tortura, maus tratos e execuções sumárias, sempre de autoria de policiais.     

Descrevem que as "Operações de vingança institucional são ilegais, desvirtuam o real papel dos agentes de segurança pública na redução da criminalidade em combate à violência e colocam em risco a vida de policiais e da comunidade em geral"; descrevem que não há menção ao uso de câmeras corporais pelos agentes, apesar de ter sido distribuído a um dos batalhões envolvidos com os crimes; lamentam o fato de que as cenas dos crimes não foram preservadas, mas afirmam que em todas as ocorrências com morte os policiais diziam que os suspeitos "portavam drogas, atiraram e que teriam sido socorridos ainda com vidas". Mencionam o nome do catador de lixo José Marcos Nunes da Silva, como um dos civis assassinados, no barraco onde morava na favela de Sambaiatuba, em São Vicente. As entidades questionam o apoio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.    


SAIU NA FOLHA DE SÃO PAULO



Dora Kramer

Jornalista e comentarista de política

SALVAR ARTIGOS

Dora Kramer

A hora e a vez dos tubarões

Peixes grandes do golpe terão penas mais graves que as dadas à horda de bagres ensandecidos.


Era questão de tempo. Pela dimensão do caso, não demorou. Levou um ano e um mês até que a Polícia Federal batesse às portas dos tubarões envolvidos na conspiração golpista, cujo ápice deu-se de maneira atabalhoada no dia 8 de janeiro de 2023.

Vemos uma resposta a quem reclamava que as investigações, processos e condenações alcançavam apenas os peixes pequenos executores da depredação nas sedes dos três Poderes, destinada a provocar a conturbação da ordem e daí a ruptura institucional.


Imagem do vídeo de reunião em que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) convoca seus ministros a fazerem "alguma coisa" antes das eleições presidenciais de 2022 para impedir a vitória de Lula.
Imagem do vídeo de reunião em que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) convoca seus ministros a fazerem "alguma coisa" antes das eleições presidenciais de 2022 para impedir a vitória de Lula - Reprodução - Reprodução 

A casa de Jair Bolsonaro e seus companheiros civis e militares da urdidura criminosa aproxima-se da demolição. Diante do exposto na justificativa da operação de buscas, apreensões e prisões da cúpula então governista da sedição, não resta dúvida sobre o destino dos investigados. Serão condenados e a penas maiores que as imputadas à massa de manobra dos bagres ensandecidos. O que houve está sendo muito bem contado, não foram conjecturas ou meras conversas sobre hipóteses bravateiras. Havia um presidente da República em estado de sublevação empenhado em colocar o governo a serviço de um golpe em andamento.

As ações estavam em marcha. Na luz e na sombra. Durante o mandato de Bolsonaro foram inúmeras e reiteradas as manifestações públicas ofensivas ao Estado de Direito feitas por ele, ministros, assessores e políticos afinados. Enquanto isso, nos gabinetes montava-se o roteiro da infâmia.

O planejamento de um golpe é de gravidade extrema e requer punição. Até porque quando é de fato executado não há essa oportunidade. Os golpistas assumem o poder, e os legalistas vão para a prisão. Já vimos esse filme, que completa seis décadas neste ano.

Sem a inevitável condenação dos conspiradores, a obra da resistência não estaria completa. Não poderíamos dizer que as instituições estão firmes e fortes e cuja plenitude nos permite conhecer a história do motim antidemocrático que não foi, mas poderia ter sido.

 

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 10/2/2024

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

"Plano B": vídeo mostra bastidores de trama para sabotar as eleições

Vídeo liberado pelo Supremo revela reunião em que Bolsonaro cobra de integrantes do governo um "plano B" contra o TSE

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

Reunião golpista

Especial do GLOBO mostra o que cada presente disse durante encontro com Bolsonaro; assista

Agenda foi marcada por reações de nervosismo, ofensas, palavrões e destempero do então presidente


FOLHA DE SÃO PAULO



Margareth Menezes deixa ministra 

em Brasília no retorno ao Carnaval: 

'Estou no meu lado A, de artista'

Folia em Salvador teve dupla de rainhas em bloco, Arthur Lira folião 

e Ivete preocupada


TRIBUNA DA BAHIA- SSA/BA

General defendeu rompimento 

institucional para 

manter Bolsonaro

Bolsonaro interrompeu fala de Heleno com receio de vazamento

CORREIO DO POVO-PORTO ALEGRE/RS

Toffoli suspende novo julgamento da Boate Kiss, 

após pedido do MP-RS

Sessão estava marcada para o dia 26 de fevereiro

EXPRESSO 50 - LISBOA/PT

INOP: o novo grupo de polícias é um Movimento 

Zero em versão atualizada e já fez uma ameaça 

a um dirigente sindical

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

RADAR JUDICIAL

BOLSONARO PODE SER PRESO

O ex-presidente Jair Bolsonaro poderá ser preso a qualquer momento, segundo suas ações descobertas de preparação de golpe, pela Polícia Federal na Operação Tempus Veritatis, deflagrada desde a quinta-feira, 8. Trata-se da prisão preventiva, porque não há condenação nem pena a ser cumprida. Bolsonaro teve seu passaporte apreendido e está proibido de manter contato com outros investigados; ademais, três dos aliados de Bolsonaro foram alvos de mandados de busca e apreensão: Anderson Torres e os generais Augusto Heleno, Walter Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira.    

ESTADO DE SÍTIO

Foi encontrada pela Polícia Federal, na sede do Partido Liberal, no Setor Hoteleiro Sul de Brasília, quando cumpria mandado de busca e apreensão, uma minuta onde consta a intenção de golpe de Estado, envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, seus aliados e militares de alta patente. O movimento iniciaria com a alegação de que houve fraude nas eleições e Bolsonaro decretaria a garantia da Lei e da Ordem, na região do Tribunal Superior Eleitoral, seguido de Estado de sítio, sustentado nas irregularidades eleitorais que causariam risco de instabilidade no país. O documento, que é diferente do que tinha sido descoberto na casa do ex-ministro Anderson Torres e no celular do tenente-coronel Mauro Cid, foi publicado pelo jornalista Plínio Aguiar, do R7. Está escrito na minuta: "Afinal, diante de todo o exposto, e para assegurar a necessária restauração do Estado Democrática de Direito no Brasil, jogando de forma incondicional dentro das quatro linhas, como base em disposições expressas da Constituição Federal de 1988, declaro o estado de Sítio e, como ato contínuo, decreto operação de garantia da lei e da ordem". A Operação Tempus Veritatis cumpriu 33 alvos de mandados de busca e apreensão, e entre os quais contra os generais Walter Braga Neto e Augusto Heleno. 

DEMISSÃO COM MOTIVAÇÃO

Em reunião ontem, o STF formou maioria de seis votos, contra três, para que empresas estatais sejam obrigadas a motivar eventuais demissões de funcionários concursados. O julgamento vai prosseguir no dia 21 deste mês. O presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, assegurou no seu voto que "as empresas públicas e sociedades de economia mista têm o dever de motivar, em ato formal, a demissão dos seus empregados admitidos por concurso público. Tal motivação pode consistir em qualquer fundamento razoável, não exigindo que se enquadre nas hipóteses de justa causa da legislação trabalhista".  Trata-se de processo, no qual ex-funcionários do Banco do Brasil foram demitidos sem justa causa em 1997. Na ação, os servidores questionam a legalidade do ato; todavia, o pedido de readmissão foi negado pelo Tribunal Superior do Trabalho, daí o recurso ao STF.   



MINISTRO: PROFESSORA

O ministro Alexandre de Moraes tinha o codinome de "professora", nas conversas dos assessores da presidência da República. Em registros, eles mantinham diálogos sobre a rotina de Moraes, "fora do alcance leal das autoridades de controle oficiais", acerca dos deslocamentos entre Brasília e São Paulo. A Procuradoria-Geral da República em uma manifestação diz: "As reuniões ocorridas no Palácio da Alvorada, no contexto das quais foi apresentada a minuta do decreto de golpe de Estado, que previa a prisão do ministro do STF, a representação salienta que o grupo criminoso tinha intenções reias de consumar a subversão do regime democrático, capturando e detendo o então chefe do Poder Judiciário Eleitoral. As investigações também demonstram que, pelo menos, desde o dia 15.12.2024, Marcelo Costa Câmara já possuía o itinerário exato do deslocamento do ministro pelos próximos 15 dias".     

CASSAÇÃO DE MORO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou o advogado José Rodrigo Sade para assumir a vaga do desembargador Thiago Paiva, que teve o mandato encerrado em 23 de janeiro, no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná. O presidente da Corte eleitoral, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, deverá marcar na próxima semana o dia para julgamento do caso. A cassação de Moro já não é tão certa, como pregavam os adversário do senador.    

AÇÃO PENAL E HONORÁRIOS

A juíza Cristina Alves Biagi Fabri, da 2ª Vara Criminal do Foro Regional de Santana/SP, condenou em honorários sucumbenciais os autores de queixa-crime rejeitada, sem análise do mérito. Trata-se de queixa-crime apresentada por dois advogados, sócios de um escritório, da prática do crime de calúnia contra uma ex-empregada. A julgadora entendeu que o caso não continha os requisitos para a proposição de ação penal, rejeitando a queixa-crime. A desistência foi homologada e não se decidiu sobre o pagamento das custas do processo, quando a parte acusada pediu condenação da parte autora. 

Buenos Aires, 9 de fevereiro de 2024.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.


SAIU NO BLOG

CNJ EXIGE MUITO E PRODUZ POUCO

A inspeção que o CNJ promoveu no Tribunal de Justiça da Bahia, em cumprimento à Portaria n. 47, de 29/06/2018, é a de número 26, contando todas as que foram feitas em todos os tribunais do país, realizadas na administração do atual corregedor João Otávio Noronha, 2016/2018, que gastou todo o orçamento previsto para o ano de 2018, somente com diárias. Os relatórios das investigações, nessas inspeções, entretanto, não foram apresentados para discussão, no Plenário do CNJ. 

O Regimento do órgão estabelece o prazo de 15 dias para as "providências adotadas sobre qualquer assunto" serem discutidas pelos conselheiros; todavia, Noronha preocupou-se em “torrar” o orçamento, mas descuidou-se de legitimar as diligências; ficaram apenas no papel, no seu gabinete, porquanto já no mês de setembro o cargo será transferido para o ministro Humberto Martins, que encontrará os cofres do CNJ vazios. 

A inspeção na Bahia teve início na segunda feira, 16/7, e prolongou-se até sexta feira, 20/07. Nessas inspeções, a equipe do CNJ buscou informações que paralisou o Tribunal, porque os gabinetes foram, praticamente, requisitados para fornecimento de todo tipo de indagações, que, às vezes, não prestam para firmar convicção de nada. Essa tem sido a conduta do CNJ, desde sua instalação, salvo na administração da ministra aposentada Eliana Calmon, quando se tomou inúmeras providências para melhorar a prestação jurisdicional e limpar o ambiente contaminado da magistratura. O trabalho, infelizmente, não prosseguiu. 

A investigação do CNJ alcança também os cartórios extrajudiciais, as condições de trabalho dos servidores, o atendimento ao cidadão e outros aspectos do funcionamento da Justiça. A apuração desses itens deverá mostrar o descalabro da Justiça na Bahia, principalmente no interior, na 1ª instância, sem juiz, sem servidor, sem defensor público, sem promotor e sem fórum. 

Será que o CNJ tomará alguma providência contra o fechamento de inúmeros cartórios de Registro Civil, nos distritos judiciários, programado pelo Tribunal na nova Lei de Organização Judiciária? Será que o CNJ acabará com o trabalho estafante de servidores que acumulam funções, sem percepção alguma de pagamento pela substituição? Será que o CNJ constatará nos seus relatórios o verdadeiro descaso com o cidadão, ocasionado pela resistência do Tribunal em nomear os candidatos aprovados no concurso de 2014? Será que o CNJ obrigará o Tribunal de Justiça, com medidas concretas, a exemplo de deslocamento de servidor de 2ª para o 1º grau, dando desta forma prioridade à Justiça de 1º grau? Será que o CNJ mudará o perfil dos Cartórios Integrados, entregues, como disse a OAB/Ba, aos estagiários? 

Infelizmente, a todas essas perguntas a resposta é um NÃO. Não porque o CNJ foi um dos responsáveis pelo fechamento de Comarcas na Bahia, vez que os desembargadores do Estado dobraram-se às recomendações deste órgão sem discutir o drama do cidadão que fica sem acesso à Justiça; deu-se o fechamento de 100 Comarcas, nos últimos cinco anos, prejudicando mais de 700 mil cidadãos, causando uma série de outros danos aos jurisdicionados e ao próprio Judiciário, porque abandonou-se, em algumas Comarcas, fóruns, casas do juiz, sacrifica-se o servidor com o inconveniente de remanejamento forçado para outras unidades. Assim, o CNJ, com decidido apoio do Tribunal investe mais no que é tecnicamente possível, desprezando o que é humanamente necessário. 

Olhe a incongruência entre o Legislativo, os parlamentares, e o Judiciário, os desembargadores: estes fecham Comarcas centenárias, mesmo ferindo textualmente lei, que assegura para cada município uma comarca, enquanto o Legislativo abre novos municípios; com efeito, o Senado já aprovou e tramita na Câmara a criação de 300 novos municípios. 

O CNJ é um órgão eminentemente burocrático e tem dedicado mais a processos do que à atividade censória, mais a números do que com a segurança dos juízes e servidores, como ocorreu em tempos passados. O CNJ e os tribunais ainda não se conscientizaram de que seu maior patrimônio situa-se nos servidores e não nos números apurados nas inspeções. Convoca-se inúmeros juízes e desembargadodres de vários tribunais para o CNJ, sem solucionar o problema criado com as vagas que deixam nas Comarcas; ademais esse pessoal que chega ao CNJ busca mais projeção na carreira do que mesmo prestar bons serviços ao jurisdicionado. 

Essa equipe do CNJ foi integrada por uma conselheira, que é desembargadora federal, dois desembargadores, ambos do Tribunal de Justiça de São Paulo, nove juízes auxiliares, originados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Brasília, além de 14 servidores do CNJ, que se servem de toda a equipe de assessores dos gabinetes no Estado para buscar informações, que não tem contribuído para melhorar o funcionamento do Judiciário na Bahia. Sim, porque o que se precisa de imediato, para evitar o sangramento das comarcas que restam, são de juízes e de servidores. Outras medidas são necessárias, mas nenhuma como juízes e servidores. 

Salvador, 29 de julho de 2018. 

Antonio Pessoa Cardoso 

                                         Pessoa Cardoso Advogados. 

BOLSONARO: MORAES LEVOU US$ 50 MILHÕES

O ex-presidente Jair Bolsonaro, sem apresentar nenhuma prova, como tem sido seu costume, acusou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, de que estaria "levando US$ 50 milhões" para fraudar o resultado da eleição de 2022, visando beneficiar o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Disse Bolsonaro: "Pessoal, perder uma eleição não tem problema nenhum. Nós não podemos é perder a Democracia numa eleição fraudada! Olha o Fachin. Os caras não têm limite. Eu não vou falar que o Fachin tá levando 30 milhões de dólares. Não vou falar isso aí. Ou ... que o Barroso tá levando 30 milhões de dólares. Não vou falar isso aí. Que o Alexandre de Moraes tá levando 50 milhões de dólares. Não vou falar isso aí. Não vou levar pra esse lado. Não tenho prova, pô! Mas algo esquisito está acontecendo". 

Em encontro, em julho/2022, falou mais o destrambelhado homem público: "porque os cara tão preparando tudo, pô! Alguém acredita aqui em FACHIN, BARROSO, ALEXANDRE DE MORAES? Alguém acredita? Se acreditar levanta o braço! Acredita que eles são pessoas isentos, tão preocupado em fazer justiça, seguir a Constituição? De tudo que são ... Tão vendo acontecer?". Nessa reunião, Bolsonaro mencionou o encontro que teria com embaixadores na semana seguinte para "mostrar o que tá acontecendo". Sobre isso, o ex-presidente foi julgado e condenado a inelegibilidade, em 2023.    



MOURÃO PREGA GOLPE, SEGUNDO PSOL

O senador Hamilton Mourão, ex-vice-presidente da República, dirigiu-se aos comandantes das Forças Armadas, através de discurso no Senado, no dia de ontem. Declarou Mourão: "No caso das Forças Armadas, os seu comandantes não podem se omitir perante a condução arbitrária de processos ilegais que atingem seus integrante ao largo da Justiça Militar. Existem oficiais da ativa sendo atingidos por supostos delitos, inclusive oficiais generais. Não há o que justifique a omissão da Justiça Militar". 

Os congressistas do PSOL, na Câmara dos Deputados, pedem investigação do senador, por atentar contra a democracia e o Estado de Direito. Em documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes está escrito: É evidente que o senador Hamilton Mourão - e seu golpismo, mais do que provado nesta petição - causa concreto risco à ordem pública, posto que seu ato visa insuflar a base bolsonarista, cada vez mais radicalizada". Os deputados reclamam a prisão preventiva do ex-vice-presidente da República e atual senador. 


MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 9/2/2024

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Operação da PF: veja núcleos do golpe e os pontos investigados

Ex-presidente e oficiais são alvo de busca, suspeitos de integrar "organização criminosa" para atentar contra a democracia

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

Vídeos: em reunião, Bolsonaro pediu ação antes da eleição. ‘Se reagir depois, vai ter um caos’

Gravação exclusiva obtida pelo GLOBO baseou ação da PF; ex-presidente atacou Lula e ministro do STF


FOLHA DE SÃO PAULO



PF investiga se general preparou 

plano golpista à espera de 

decreto de Bolsonaro

Estevam Theophilo é alvo de buscas em operação que investiga 

planejamento de golpe para favorecer ex-presidente

TRIBUNA DA BAHIA- SSA/BA

Braga Netto criticou comandante do Exército por rejeitar golpe 

Em um dos diálogos, em dezembro de 2022, Braga Netto afirma que 

a “culpa pelo que está acontecendo e acontecerá é do general Freire Gomes".

CORREIO DO POVO-PORTO ALEGRE/RS

PF encontra rascunho de discurso 

sobre estado de sítio em sala de 

Bolsonaro no PL

Operação Tempus Veritatis investiga supostas articulações para manutenção 

do ex-presidente no poder, após derrota nas eleições

EXPRESSO 50 - LISBOA/PT

Mais de 251 mil portugueses 

obrigados a ter dois empregos