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segunda-feira, 18 de novembro de 2019

STF NÃO JULGA E CORRUPTOS FICAM SOLTOS


O jornal Folha de São Paulo promoveu levantamento e constatou que das 42 sentenças da Vara Federal de Curitiba, desde 2014, quando começou a Operação Lava Jato, apenas quatro tiveram os recursos apreciados pelo STF, ocorrendo o trânsito em julgado. Portanto, somente 4 das 42 sentenças condenatórias causaram a prisão dos condenados e nenhum deles houve modificação das penas aplicadas. 

No Tribunal Regional Federal, de 50 sentenças, 42 tiveram recursos julgados na 2ª instância, das quais 20 ainda tramitam no STJ, sendo um dos casos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não se sabe quando este processo que está no STJ chegue e seja julgado no STF.


RECUSA DO BAFÔMETRO É INFRAÇÃO

A Turma de Uniformização de Jurisprudência do Tribunal de Justiça do Distrito Federal fixou a tese de que a recusa do condutor de veículo em fazer o teste de bafômetro, por si só, configura a infração de trânsito anotada no art. 165-A do Código de Trânsito Brasileiro, independentemente do auto de constatação. A matéria foi definida depois de divergências entre as Turmas Recursais do Distrito Federal. 

O relator da matéria, des. Asiel Henrique de Sousa, assegura que o sistema de trânsito contempla duas infrações: conduzir o veículo embriagado, art. 165 e recusar-se a realizar o teste de aferição da influência do álcool, art. 165-A. Ambas têm a mesma punição, consistente em multa e suspensão do direito de dirigir por doze meses.

TRIBUNAL PROMOVE FÓRUM NACIONAL DA MAGISTRATURA

O Tribunal de Justiça da Bahia promove a primeira edição do Fórum Nacional da Magistratura e Desafios na Justiça 4.0, no próximo dia 29. O evento visa discutir sobre aplicação dos novos recursos tecnológicos na Justiça e é uma proposição do Instituto Justiça e Cidadania, com apoio da Universidade Corporativa, UNICORP. 

Serão debatidos temas a exemplo da democracia, ética e direitos constitucionalmente garantidos sob a ótica do atual ambiente tecnológico; haverá um painel sobre "Resoluções alternativas de conflitos”, a ser apresentada pelo ministro Marco Aurélio Buzzi e pelo des. Luiz Keppen, do CNJ. O ministro corregedor Nacional de Justiça, Humberto Martins estará presente.

JANAÍNA QUESTIONA TOFFOLI

Deputada Janaina Paschoal
A deputada Janaina Paschoal, em seu Twitter, questionou o presidente do STF, ministro Dias Toffoli. Escreveu o seguinte:

"Gostaria de entender a sanha de investigar os investigadores. A máxima autoridade judiciária da nação tem competência para tudo? Como um Recurso Extraordinário, repentinamente, se transforma em um inquérito? Sim, a última decisão do Presidente do STF transformou o RE em INQ!

GOVERNADOR 219 DIAS

O feriadão passou e o governador não teve tempo para "desembrulhar" o ofício do Tribunal de Justiça da Bahia, no qual estão os nomes dos três advogados escolhidos pela Corte para que um deles seja nomeado por Rui Costa como membro do Tribunal. 

Já se foram 219 dias!

domingo, 17 de novembro de 2019

EX-EMBAIXADORA DE TRUMP DEPÕE E COMPLICA

Marie Yovanovitch
A ex-embaixadora na Ucrânia do governo Trump, Marie Yovanovitch, testemunhou, na sexta feira, 15/11, no inquérito do impeachment, que tramita no Congresso, contra o presidente Donald Trump. Foi o suficiente para o presidente insurgir-se contra sua ex-auxiliar. Escreveu Trump nas redes sociais: “Todos os lugares em que ela trabalhou pioraram. "Ela começou na Somália, e como foi? Depois ela foi para a Ucrânia, onde o novo presidente ucraniano falou negativamente sobre ela no meu segundo telefonema a ele. Nomear embaixadores é um direito do presidente americano”. 

Yovanovitch foi demitida por Trump no mês de maio e disse ter sofrido pressão do advogado pessoal de Trump, Tudy Giuliani e do filho de Trump, Donald Trump Jr. A ex-embaixadora disse que sentiu medo das pressões do presidente e de seus aliados. Nas ameaças de Trump a Yovanovitch consta que ela "vai passar por algumas coisas”.

GOVERNADOR 218 DIAS

Os advogados de toda a Bahia votaram em seis para integrarem a lista sêxtupla, do quinto constitucional; encaminhou ao Tribunal de Justiça, em fevereiro/2019, que selecionou três desses nomes para a lista tripla. Em abril a Corte baiana remeteu para o governador escolher e nomear um dos três nomes para ocupar o assento de desembargador. 

Todavia, após 218 dias nada aconteceu. O Tribunal mandou a lista para o executivo em ABRIL/2019 e estamos em NOVEMBRO/2019, sem que o governador cumpra sua missão constitucional. 

Já se foram 218 dias!

COLUNA DA SEMANA

TOFFOLI: O HISTÓRICO NÃO É DE JUIZ

O ministro Dias Toffoli, presidente do STF, tem histórico que lhe dificulta tomar posições imparciais, no exercício da função de juiz, principalmente quando há interesse do PT ou mais precisamente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Afinal, o homem foi advogado-geral da União, no governo Lula, de onde saiu para ser ministro do STF, em 2009, nomeado pelo ex-presidente; antes disso, entretanto, ele foi assessor parlamentar do PT, subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, na equipe do ex-ministro José Dirceu, além de advogado de Lula, nas três campanhas presidenciais, 1998, 2002 e 2006. Portanto, toda a vida profissional de Toffoli deu-se nas "asas" de Lula. 

Durante seu período no STF, o ministro manifestou sua parcialidade em decisões que envolviam antigos companheiros: foi o que ocorreu, em 2016, com o ex-ministro Paulo Bernardo, petista como Toffoli, no governo Lula; preso preventivamente, sob acusação de desvio de dinheiro dos aposentados, Toffoli apareceu para conceder Habeas Corpus DE OFÍCIO para soltar o ex-companheiro, em decisão por demais polêmica e altamente atrapalhada. 

Nesse mesmo ano de 2016, dois meses após Lula ter sido indiciado pela Polícia Federal no caso do tríplex, Toffoli votou contra a prisão em segunda instância, e disse que para a prisão “não era necessário aguardar o recurso especial”, junto ao STJ, nem o extraordinário, junto ao STF. Votou em novembro/2019 contrariando esse posicionamento de 2016, afirmando exatamente o inverso que para a prisão é necessário a decisão do STJ e do STF. 

Em 2017, Dias Toffoli, na 2ª Turma, aparece para proteger seu antigo chefe, o ex-ministro José Dirceu que cumpria prisão preventiva desde 2015, condenado a mais de 50 anos; Toffoli, junta-se a Gilmar e Lewandowski, e em decisão constrangedora, concede liberdade a Dirceu, que já tinha sido penalizado em 2ª instância; registre-se que nessa época a condenação por um colegiado implicava em prisão; o mais espetacular, entretanto, foi o fundamento: há chances reais de modificação da pena em instâncias superiores, situação que não aconteceu e Dirceu terminou sendo preso somente após o pronunciamento do STJ, que não lhe favoreceu; de novo, foi liberado com a última decisão do STF, com voto de minerva de Toffoli, modificando entendimento de três anos atrás. 

Nesse ano de 2017, a mesma 2ª Turma, com o voto de Toffoli, concede Habeas Corpus e evita a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Ainda em 2017, a 2ª Turma, mais uma vez, protege a senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que é esposa do ex-ministro Paulo Bernardo e atual presidente do PT. A turma absolveu Gleisi até do crime de caixa 2 eleitoral, ficando vencidos os ministros Fachin e Mello. A tríplice aliança, composta por Toffoli, Lewandowsli e Gilmar, venceu. 

Em 2018, votou para retirar do então juiz Sergio Moro citações da delação da Odebrecht a Lula, referente ao sítio de Atibaia/SP e ao Instituto Lula. 

O procurador da força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba, Deltan Dallagnol deu entrada, na Corregedoria Nacional do Ministério Público, de um documento enumerando 27 decisões da 2ª Turma, da qual Toffoli fazia parte, que se insurgem contra a Lava Jato. Dentre estas a remessa do processo contra o ex-ministro Guido Mantega para a Justiça Eleitoral, quando a apuração referia-se à troca de medidas provisórias por propina no valor de R$ 50 milhões da Odebrecht e, portanto da competência do juiz Sérgio Moro. 

Em julho/2019, mais uma decisão absurda de Toffoli, consistente na suspensão de todos os processos que se sustentaram em dados do COAF; essa manifestação do presidente do Tribunal prestou-se mais para favorecer a empresa LILS, responsável pelas alegadas palestras de Lula. 

E a última decisão de Toffoli mostra bem sua personalidade. Escreveu em manifestação que viola o sigilo de 600 mil pessoas: "Não há de se cogitar existência de medida invasiva por parte da maior autoridade judiciária do país". 

E tem sido assim, o caminho trilhado pelo ministro da mais alta Corte do país, Antonio Dias Toffoli, indicado por Lula, mesmo depois de duas tentativas, em concurso, para ser juiz em São Paulo, sem êxito. 

Salvador, 15 de novembro de 2019. 

Antonio Pessoa Cardoso 
Pessoa Cardoso Advogados.

EX-MINISTRA CENSURA TOFFOLI

A ex-ministra do STJ, Eliana Calmon, em entrevista à Folha de São Paulo, disse que é “um verdadeiro absurdo" Dias Toffoli buscar acesso a todos os relatórios de inteligência financeira do COAF. Declarou a ex-corregedora nacional de Justiça: "No bojo de um inquérito sem pé e sem cabeça, ele determina ao COAF a entrega de dados fiscais de mais de 600 mil pessoas. Será que têm 600 mil indiciados no inquérito estapafúrdio? Na verdade, parecer que ele quer ter todas as pessoas sob seu controle". 

Eliana Calmon estranha o silêncio da magistratura em relação a devassa praticada por Toffoli: “Ninguém diz nada e o Supremo avança, sem limite e sem pudor. Até onde irá? Ninguém sabe".