Um tribunal federal de apelações dos Estados Unidos concedeu ontem, 19, ao presidente Donald Trump o direito de continuar exercendo o controle sobre a Guarda Nacional em Los Angeles, na Califórnia, visando reprimir protestos contra a política migratória. A decisão não agradou às autoridades estaduais, porque importa em conferir ao presidente interferência na política interna do estado. O presidente enviou 4 mil soldados da Guarda Nacional e centenas de fuzileiros navais para Los Angeles a fim de prosseguir com as operações de busca de imigrantes, muitos com regularidade na documentação. Anteriormente, um juiz decidiu que o controle da Guarda Nacional, na Califórnia, seria de competência do governo local, mas agora o tribunal autoriza Trump a imiscuir na política da Califórnia. Trump, que transformou sua rede particular Truth Social em órgão do governo, escreveu: "Grande vitória. Em todos os Estados Unidos, se nossas cidades e nosso povo precisam de proteção, somos nós que podemos fornecê-la, caso a polícia estadual e local não consiga, por qualquer motivo, fazer o trabalho".
Desde 1965, nunca se registrou tamanha intromissão do governo federal nos atos pertencentes aos governos estaduais. O envio da Guarda Nacional sempre dependeu do pedido ou consentimento do governo local, mas neste caso, a Justiça violou esse princípio. O governador Gavin Newson respondeu: "O tribunal rejeitou de maneira acertada o argumento de Trump de que ele pode fazer o que quiser com a Guarda Nacional e não ter que se explicar a um tribunal". A decisão do tribunal comporta revisão ou recurso à Suprema Corte.
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