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sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

RADAR JUDICIAL

O ministro do STF Alexandre de Moraes decretou a perda imediata do mandato  da deputada Carla Zambelli (PL-SP). A decisão vem após a Câmara dos  Deputados manter o cargo de Zambelli apósMORAES DECRETA PERDA DE MANDATO DE ZAMBELLI

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou a perda de mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália. A decisão, foi publicada ontem, 11/, e proferida após a Câmara votar, na madrugada, pela manutenção do mandato da parlamentar. Além da perda do mandato, Moraes estabeleceu que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), efetive a posse do suplente da deputada agora cassada em até 48 horas. Os advogados da parlamentar ainda não se posicionaram sobre a decisão. Carla Zambelli está presa na Itália, na prisão de Rebibbia, nas cercanias de Roma, depois de fugir do Brasil por ter sido condenada pelo STF a 10 anos de reclusão por participar de invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O Federal Reserve (FED) confirmou o terceiro corte consecutivo nos juros  americanos ao reduzir a taxa básica para o intervalo entre 3,50% e 3,75% ao  ano, movimento já esperado pelo mercado. AFEDERAL RESERVE DIMINUI TAXA DE JUROS

O Federal Reserve cortou novamente a taxa básica dos EUA em 0,25 ponto percentual, levando o intervalo para 3,50% a 3,75% ao ano, no terceiro corte consecutivo. A decisão não foi unânime: Stephen Miran votou por um corte maior e Austan Goolsbee e Jeffrey Schmid defenderam manter os juros. O Fed afirmou que a economia cresce moderadamente, com desaceleração no mercado de trabalho e inflação ainda elevada. Reforçou o compromisso com pleno emprego e inflação de 2%, destacando alta incerteza e disposição para ajustar a política conforme necessário. Para analistas, o cenário exige cautela. Rodolfo Margato (XP) aponta resiliência da economia, mas inflação persistente, prevendo mais dois cortes em 2026, favoráveis a emergentes. Gustavo Cruz (RB) destaca maior divergência no colegiado e influência política futura, já que Trump poderá indicar novo presidente do Fed em 2026. Mesmo assim, ele avalia que juros perto de 2% são improváveis devido às projeções de inflação ainda acima de 3%.

Entenda por que a presidente do TJ-BA pode virar governadora da BahiaTRIBUNAL INSTITUI POLÍTICA ANTIMANICOMIAL 

O Tribunal de Justiça da Bahia instituiu, por meio do Decreto Judiciário nº 1062, o Comitê Estadual Interinstitucional de Monitoramento da Política Antimanicomial (CEIMPA-BA). O objetivo é garantir direitos e tratamento humanizado a pessoas com transtorno mental em conflito com a lei. A medida busca substituir a lógica da custódia e da internação compulsória por um modelo de atenção integral comunitária. O decreto proíbe o uso de medidas cautelares para forçar internação ou tratamento de pessoas presas em flagrante com transtorno mental. O comitê articulará ações do Judiciário com o sistema penitenciário e políticas de saúde, assistência social e direitos humanos. Entre suas funções estão propor ações de desinstitucionalização e mapear serviços do SUS e do SUAS. Também deverá fortalecer a Rede de Atenção Psicossocial e apoiar a criação das equipes EAP-Desinst. O grupo monitorará a implementação da política e produzirá diagnósticos sobre essa população. Caberá ainda elaborar normas para orientar procedimentos de execução e acompanhamento de medidas terapêuticas. O CEIMPA-BA será composto por representantes de 14 órgãos e entidades estaduais e municipais. Inclui Judiciário, Defensoria, Ministério Público, OAB, secretarias de governo e o Conselho Penitenciário.A composição pode ser ampliada para incluir sociedade civil e especialistas, com titulares, suplentes e técnicos em saúde mental.

JUSTIÇA DE SÃO PAULO CONDENA CLARO

A Justiça de SP condenou a Claro a pagar R$ 8 mil a um estudante que recebeu mais de 20 ligações diárias procurando por “Demerson”. Mesmo avisando que não conhecia a pessoa, as ligações continuaram, e ele passou a gravá-las como prova. A advogada afirma que o assédio prejudicou sua rotina enquanto buscava emprego. A Claro alegou que ele poderia ter pedido o bloqueio via SAC ou plataformas “Não Perturbe” e “Não me Ligue”, acusando-o de criar um “cenário fantasioso”. A juíza, porém, reconheceu o assédio, destacando que o estudante havia feito cadastro para bloquear ligações e que as gravações comprovam o abuso. Segundo a sentença, a insistência da operadora afetou sua qualidade de vida e violou seu direito ao sossego.

PT QUER EXPLICAÇÕES SOBRE PERFIS DE AUTORIDADES

Integrantes do PT avaliam acionar a Justiça para cobrar explicações da Meta sobre o sumiço de perfis de autoridades no sistema de buscas do Instagram. Uma reunião das bancadas na Câmara e no Senado ocorrerá na segunda (11) para decidir sobre uma representação ao TSE e ao STF. Usuários relataram dificuldade para encontrar perfis na última quarta (10). A Meta reconheceu um problema técnico e pediu desculpas. Petistas afirmam que a falha afetou principalmente políticos de esquerda e destacam a coincidência com a aprovação do PL da Dosimetria e a retirada de Glauber Braga da presidência da Câmara. A empresa diz que a falha atingiu contas diversas, inclusive da direita, como Silas Malafaia. Perfis como os de Flávio e Jair Bolsonaro continuaram aparecendo. O PT teme repetição do problema nas eleições e avalia pedir monitoramento ao TSE. A Meta prometeu enviar um relatório técnico, ainda não entregue.

CNJ APOSENTA JUIZ DE ALAGOAS

O CNJ decidiu, na 17ª Sessão Ordinária de 2025, aplicar aposentadoria compulsória ao juiz Luciano Américo Galvão Filho, do TJAL, após apurar denúncias de ameaças, agressões e uso indevido de aparato policial em um conflito possessório. A decisão unânime seguiu o voto da relatora, conselheira Renata Gil, no PAD 0002599-96.2024.2.00.0000. O processo teve início após reclamação de um advogado que disse ter sido ameaçado pelo magistrado durante desentendimentos sobre a instalação de uma cerca. Também houve relatos de agressões a funcionários e intimidação de particulares com apoio policial. Luciano negou as acusações, alegando legítima defesa. Renata Gil afirmou que as provas confirmaram a gravidade da conduta e a violação dos deveres funcionais. O conselheiro Ulisses Rabaneda acompanhou integralmente o voto da relatora, apontando abuso de autoridade e comportamento incompatível com padrões éticos. O acórdão será enviado à AGU e ao Ministério Público para possível ação penal ou de improbidade, o que pode levar à perda do cargo e da aposentadoria.

CARLOS BOLSONARO ANUNCIA RENÚNCIA

O vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL) anunciou que deixará a Câmara do Rio para disputar, em 2026, uma vaga no Senado por Santa Catarina. Ele se mudará para Florianópolis para organizar a pré-campanha. Em discurso, afirmou que a decisão não é fuga, mas continuidade de sua luta, após 24 anos e sete mandatos na Câmara. Apesar de ter sido o mais votado na última eleição municipal, não conseguiu formar base para concorrer ao Senado pelo Rio. Carlos diz deixar a cidade com saudade, mas seguindo uma “missão maior”. A candidatura busca se apoiar na popularidade do pai, Jair Bolsonaro, que venceu com quase 70% dos votos no estado em 2022. Ele conta também com o apoio do governador Jorginho Melo (PL). Porém, a entrada de Carlos pode dividir a direita catarinense, já que Michelle Bolsonaro apoia Caroline de Toni (PL). Além disso, partidos de centro-direita articulam lançar Esperidião Amin (PP), atraindo PP e União Brasil para a coligação de Melo. 

Salvador, 12 de dezembro de 2025.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados. 

CNJ APOSENTA JUIZ ORLAN DE MOSSORÓ/RN

O CNJ decidiu, por unanimidade, aplicar aposentadoria compulsória ao juiz  Federal Orlan Donato Rocha, de Mossoró/RN, acusado de assédio e  importunação sexual contra colaboradoras terceirizadas e uma servidora  entre 2014 e 2022.O CNJ decidiu aplicar a aposentadoria compulsória, com vencimentos proporcionais, ao juiz Federal Orlan Donato Rocha, de Mossoró/RN, acusado de assédio e importunação sexual contra colaboradoras terceirizadas e uma servidora entre 2014 e 2022. A decisão unânime ocorreu na 17ª Sessão Ordinária de 2025, nesta terça-feira, 9. O caso começou quando uma trabalhadora procurou a Comissão de Prevenção ao Assédio da Seção Judiciária do RN. A partir disso, outras cinco mulheres relataram condutas inadequadas do magistrado. Depoimentos indicam que ele seguia funcionárias, fazia comentários sobre seus corpos, insistia em ligações para a copa, fazia insinuações, pedia abraços e mantinha comportamento constrangedor no ambiente de trabalho. Uma das vítimas afirmou que colegas comentaram que “todo mundo sabia que iria acontecer”. Os relatos mostram prática reiterada de assédio e abuso, gerando insegurança e constrangimento. Em junho de 2024, o CNJ afastou o juiz cautelarmente e instaurou revisão disciplinar para reavaliar a pena de censura aplicada pelo TRF-5.

O relator, conselheiro Ulisses Rabaneda, já havia defendido a reforma da punição, por considerá-la desproporcional à gravidade dos fatos. Ele destacou que magistrados devem manter conduta irrepreensível, sob pena de comprometer a credibilidade do Judiciário. A conselheira Daniela Madeira pediu vista e, ao devolver o processo, afirmou não haver dúvidas sobre os atos do juiz, reforçados por testemunhos de juízes procurados pelas vítimas. Segundo ela, os comportamentos do magistrado geraram medo e insegurança, levando vítimas a pedir transferência; uma servidora chegou a cogitar exoneração. O CNJ determinou a aposentadoria compulsória de Orlan Donato Rocha e enviará o acórdão à AGU e ao Ministério Público para possível ação penal ou por improbidade, o que pode levar à perda do cargo e da aposentadoria. 

NOVOS DIRETORES DO BC FICA PARA 2026

Senado aprova novos diretores para o BC; indicações de Lula agora são  maioria - EstadãoO governo Lula deixará para 2026 a indicação dos dois novos diretores do Banco Central que substituirão Diogo Guillen (Política Econômica) e Renato Gomes (Organização do Sistema Financeiro), cujos mandatos acabam em 31 de dezembro. O clima tenso com o Senado após a indicação de Jorge Messias ao STF e o prazo curto até o fim do ano motivaram o adiamento. A lei da autonomia do BC determina que o presidente indica os diretores, que passam por sabatina na CAE e votação no plenário do Senado. Mas, com o recesso começando no dia 22, não haveria tempo para todos os ritos, como o tradicional “beija-mão”. Os diretores podem permanecer até a posse dos sucessores, mas Guillen e Gomes, últimos indicados por Bolsonaro, decidiram sair no dia 31. Suas funções serão assumidas temporariamente por outros membros da diretoria. Como o ano legislativo só reabre em 2 de fevereiro, o Copom de 27 e 28 de janeiro terá apenas sete dos nove integrantes — situação que já ocorreu em maio de 2023. A ausência, porém, não deve afetar a estratégia de juros, já que todas as decisões de 2025 foram unânimes.

Este ano, três integrantes foram trocados, e o Copom passou a ter maioria indicada por Lula. O último racha ocorreu em maio de 2024, quando Bolsonaro e Lula dividiram o placar sobre o corte da Selic. Na reunião desta quarta (10), o Copom manteve a Selic em 15% ao ano pela quarta vez seguida, sem sinalizar os próximos passos — parte do mercado espera início dos cortes em janeiro. Lula ainda não decidiu os nomes para o BC. Uma possibilidade é transferir Paulo Picchetti, diretor de Assuntos Internacionais, para a vaga de Guillen. Picchetti deve assumir interinamente a área no início do ano. Também circulam nomes como Tiago Cavalcanti (Cambridge) e Thiago Ferreira (Fed). Para a vaga de Gomes, avalia-se indicar um funcionário de carreira do BC.

FILHO MATA MÃE E SUICIDA-SE, NOS EUA

Convencido por chatbot de IA de que 'a mãe tramava contra ele', ex-executivo  a mataQuando Stein-Erik Soelberg, 56, ex-executivo com histórico de problemas de saúde mental, disse ao ChatGPT que a impressora da mãe podia ser um aparelho de espionagem, o chatbot concordou, segundo vídeo publicado por ele no YouTube. O sistema validou a suspeita de que sua mãe, Suzanne Adams, 83, fazia parte de uma conspiração. Em agosto, mãe e filho foram encontrados mortos na casa onde viviam em Greenwich, Connecticut. Adams foi assassinada; Soelberg cometeu suicídio. Um processo apresentado pelo espólio de Adams afirma que ele a matou após ter seus delírios intensificados pelo ChatGPT. A ação acusa a OpenAI de lançar apressadamente “um produto defeituoso” que reforçou as crenças paranoicas de Soelberg, levando-o a ver a mãe como inimiga e a imaginar batalhas espirituais com a IA. O neto, Erik Soelberg, 20, diz que o chatbot “colocou um alvo” na avó ao alimentar a fantasia delirante do pai. A OpenAI declarou estar analisando o caso e afirmou trabalhar para melhorar a detecção de sofrimento psicológico, orientando usuários para apoio profissional. O processo busca indenização, danos punitivos e medidas que impeçam o ChatGPT de validar delírios sobre terceiros. A ação afirma que o chatbot também direcionou a paranoia de Soelberg a desconhecidos, como um motorista do Uber Eats. O Wall Street Journal já havia relatado suas conversas cada vez mais perturbadoras com a IA.

Nos EUA, ao menos outras cinco ações por morte injusta desde agosto alegam que o ChatGPT contribuiu para suicídios. Entre elas, a dos pais de Adam Raine, 16, que dizem que o chatbot encorajou o filho a se matar. A OpenAI nega. Especialistas alertam que chatbots podem amplificar delírios em usuários vulneráveis. O advogado Jay Edelson afirma que o risco maior ocorre com pessoas mentalmente instáveis, que precisam de ajuda e não de validação de fantasias. Modelos como o GPT-4o, usado por Soelberg, foram criticados por serem “bajuladores” e dizerem ao usuário o que ele quer ouvir. O próprio CEO Sam Altman reconheceu que o modelo poderia piorar situações psiquiátricas frágeis. O novo processo também inclui a Microsoft como ré, alegando que ela participou da revisão e aprovação do modelo antes do lançamento público. Um documento interno obtido em outro caso indica que ambas as empresas compunham um conselho conjunto de segurança responsável por validar os modelos mais poderosos da OpenAI. 

ACORDO DE PARIS

TBT | COP21, 2015 e França e um marco histórico: o Acordo de Paris! ✍️🌍  Pela primeira vez, 195 países se comprometeram a limitar o aumento da  temperatura global a bem abaixoHá dez anos, em 12 de dezembro de 2015, 195 países aprovaram o Acordo de Paris na COP21, após intensa articulação diplomática francesa. O pacto mudou a percepção global sobre a crise climática ao estabelecer metas e parâmetros para limitar o aquecimento “bem abaixo de 2°C”, com esforços para 1,5°C, além da obrigação de publicar metas nacionais (NDCs). Também consolidou o princípio de “responsabilidades comuns, porém diferenciadas”. Uma década depois, os dados mostram que o planeta segue rumo a 2,3°C–2,5°C até 2100. As emissões continuam crescendo, tornando provável o “overshooting”, quando o limite de 1,5°C só poderia ser perseguido com emissões negativas em larga escala — ainda inviáveis. Sem o acordo, porém, o mundo estaria no rumo de 3,9°C. A COP21 ocorreu semanas após os ataques terroristas em Paris. Hollande manteve o evento para demonstrar unidade, e mais de 150 líderes foram à abertura. A França estruturou uma operação sem precedentes, inclusive adotando a prática africana das “indabas” para destravar impasses. Um dos maiores debates envolveu o limite de 1,5°C, defendido por países vulneráveis. Para viabilizar consenso, os franceses criaram a redação “bem abaixo de 2°C”, com esforços pelo 1,5°C, aprovada apesar da oposição saudita.

O texto final enfrentou ainda uma disputa de última hora devido ao uso de “devem” em vez de “deveriam” em obrigações de países ricos. A solução encontrada foi alegar erro de digitação. Dez anos depois, o balanço é misto: o acordo impulsionou avanços econômicos e tecnológicos, mas não garantiu metas vinculativas e nem reduções suficientes. O aquecimento segue longe do controle e eventos extremos se intensificam. No ranking climático, a Dinamarca ocupa a melhor posição disponível (4ª); o Brasil aparece em 27º, e a Arábia Saudita, que não publicou sua NDC, está em último 

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS E HOJE, 12/12/2025

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Ciclone em São Paulo afeta voos no Distrito Federal

Ontem, foram 37 cancelamentos no Aeroporto JK, reflexo direto do fechamento temporário dos terminais paulistas por causa de rajadas de vento

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

Conexões de ministros com caso Master desgastam STF

Viagem de Toffoli em jato privado com advogado de investigado e contrato de escritório de mulher de Moraes com o banco colocam Corte no centro de crise

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

Governo deixará para 2026 indicação dos dois novos diretores do Banco Central

Diogo Guillen (Política Econômica) e Renato Gomes (Organização do Sistema Financeiro) devem deixar órgão ao término dos respectivos mandatos, em 31 de dezembro Clima conturbado entre Executivo e Senado e prazo apertado até o fim do ano legislativo pesaram para atraso, que provocará desfalques na próxima reunião do Copom

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

Aluguel em Salvador dispara e desloca inquilinos para regiões distantes

No dia a dia, essa realidade se traduz em tensões reais

CORREIO O POVO - PORTO ALEGRE/RS

Operação mira esquema de fraudes em licitações de merenda, cozinha e limpeza no RS

Manipulação de certames licitatórios movimentou mais de R$ 60 milhões, diz Polícia Civil

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT  

Como as poeiras do Saara podem ajudar os solos agrícolas: “Não trazem só riscos, mas também um grande potencial”

Não chegam apenas como partículas de areia: transportam microrganismos que podem afetar solos, vinhas e a saúde animal e humana. O fenómeno, cada vez mais relevante, oferece riscos e oportunidades. Ricardo Dias, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, lidera um projeto que monitoriza estas partículas vindas do deserto, avaliando tanto a propagação de doenças como o potencial biotecnológico para aumentar a produtividade agrícola.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

GREVE GERAL EM PORTUAL

Greve geral em Portugal: resistência contra o desmonte dos direitos  laborais - Palavra LivrePortugal amanheceu nesta quinta-feira (11) sem trens, sem escolas, com hospitais em regime restrito e voos cancelados. Desde 2013 o país não tinha uma greve geral como esta, convocada pela CGTP e pela UGT. O motivo é a reforma trabalhista proposta pelo governo de Luís Montenegro, que reduz restrições a demissões, facilita contratos temporários, amplia terceirizações e adapta regras ao trabalho digital. Para o governo, as medidas aumentarão a produtividade e o crescimento. Para os trabalhadores, tornarão o emprego mais precário, enfraquecerão sindicatos e pressionarão salários. A greve atingiu fábricas e teve adesão nacional. Em Lisboa, lojas e restaurantes funcionaram com equipes reduzidas, o que levou o governo a afirmar que o impacto foi concentrado nos serviços públicos. Segundo Tiago Oliveira, da CGTP, o governo tenta minimizar a paralisação para manter sua agenda, mas os trabalhadores resistirão. A greve ocorreu na mesma semana em que a revista The Economist escolheu Portugal como “economia do ano”, com crescimento de 2,4% e desemprego muito baixo. O governo comemorou; economistas mostraram ceticismo.

O professor João Duarte afirmou que o bom momento é conjuntural e não indica potencial de crescimento no longo prazo. Metade da expansão depende dos fundos europeus do PRR, cujo efeito pode acabar em 2027. O pleno emprego esconde salários entre os mais baixos da UE e o encarecimento da vida em cidades como Lisboa, levando parte da classe média a se mudar.
Portugal também sofre com a emigração: cerca de 30% dos jovens deixam o país em busca de salários melhores. Montenegro afirma que a reforma abrirá vagas aos jovens; sindicatos dizem que ela deteriorará ainda mais os salários. 

SÃO PAULO: UM CAOS

HELOÍSA HELENA RETORNA AO CANGRESSO

'Não tiro uma vírgula', diz Heloisa Helena sobre críticas a Lula como  senadora – CartaCapitalA ex-senadora Heloísa Helena (Rede-RJ) está de volta ao Congresso Nacional após quase duas décadas longe do Parlamento. Ela assume a cadeira do deputado Glauber Braga (PSol-RJ), suspenso por seis meses pelo plenário da Câmara dos Deputados na quarta-feira (10/12). A decisão foi tomada após um processo disciplinar contra o parlamentar. Mesmo afastado, Glauber afirmou confiar plenamente na substituta. Segundo ele, apesar de não terem conversado nos últimos dias, a trajetória política e a coerência de Heloísa Helena garantem segurança durante o período de afastamento. “Tenho confiança na trajetória e na militância da Heloísa”, declarou o deputado. Heloísa Helena possui uma história política marcada por embates internos nas legendas de esquerda. Fundadora da Rede Sustentabilidade e também uma das criadoras do PSol, ela deixou o PT em 2003 após confrontos com a condução do primeiro governo Luiz Inácio Lula da Silva. O rompimento ganhou força durante a votação da reforma da Previdência, que ela passou a criticar duramente, classificando o governo petista como “neoliberal”. Na época em que se desligou do PT, Heloísa era senadora por Alagoas, cargo para o qual foi eleita em 1998. Ela permaneceu no Senado até 2007 e, em 2006, disputou a Presidência da República pelo recém-criado PSol. Naquele pleito, alcançou o terceiro lugar, com 6,85% dos votos válidos, resultado que consolidou sua projeção nacional.

Já na Rede, partido que integra atualmente, Heloísa Helena também protagonizou disputas internas, incluindo um embate direto com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, pela liderança da sigla. A ex-senadora saiu vitoriosa daquela disputa, reforçando sua influência e peso político dentro do partido. Formada em enfermagem e professora por carreira, Heloísa Helena tem uma trajetória ligada aos movimentos sociais e à política alagoana. Foi vice-prefeita de Maceió entre 1993 e 1995 e deputada estadual por Alagoas entre 1995 e 1999. Agora, retorna ao Parlamento pela via da suplência, em um cenário político distinto, mas ainda marcado pelos confrontos que sempre pautaram sua atuação.


 

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE,, 11/12/2025

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Análise: pressão obriga Gilmar a mudar liminar da blindagem do STF

Decano do STF suspendeu trecho de sua própria decisão que restringia à Procuradoria-Geral da República (PGR) a apresentação de pedidos de impeachment contra integrantes da Corte

O GLOBO - RIIO DE JANEIRO/RJ

Defesa de ex-sócios do 'Faraó dos Bitcoins' e mais: a vida de Flávio Bolsonaro de olho em 2026

Pré-candidato a presidente, parlamentar concilia o Senado com o trabalho como advogado e a vida empresarial

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP 

Câmara contraria o STF e mantém mandato de Carla Zambelli

Condenada por invadir sistema do CNJ com ajuda de hacker, deputada  fugiu para a Itália, onde aguarda o processo de extradição

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

Senado aprova PL Antifacção com penas que podem chegar a 120 anos

Projeto foi aprovado por unanimidade

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Cancelamentos de voos em Congonhas e Guarulhos continuam um dia após vendaval

Na quarta, ao menos 167 voos foram cancelados em Congonhas

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT 


Em resposta ao anteprojeto de lei apresentado pelo Governo sore a reforma da legislação laboral, a CGTP e a UGT decidiram convocar uma greve geral para esta quinta-feira, 11 de dezembro.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

ZAMBELLI PODERÁ SER EXPULSA DO PARLAMENTO

Carla Zambelli é alvo da PF no mesmo dia em que enfrenta Conselho de Ética  na Câmara; veja vídeoCarla Zambelli dependerá do plenário da Câmara dos Deputados para permanecer no caro; é que a Comissão de Constituição e Justiça recomendou a perda do mandato da parlamentar. Ela foi condenada por duas vezes pelo STF e a Comissão aprovou, hoje, 10, parecer do deputado Cláudio Cajado, no sentido de pugnar pela perda do mandato; a aprovação do relatório de de 32 votos pela perda contra, 27. No plenário haverá necessidade de pelo menos 257 votos dos deputados parra Zambelli ser alijada da Casa Legislativa. Zambelli permanece na Itália para onde viajou depois das decisões da Câmara; a parlamentar continua presa na Italia e poderá ser deportada para o Brasil.     

 

segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

PREVISÃO DO PIB

Focus: mercado eleva previsão do PIB para 2,14% em 2025A previsão para o PIB brasileiro atingiu o maior patamar do ano, enquanto a inflação chegou ao menor nível, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (8). Os economistas projetam crescimento de 2,25% para 2024, acima dos 2,16% estimados na semana anterior, valor que se mantinha havia seis semanas. A previsão anterior mais alta havia sido de 2,23%, registrada entre julho e agosto. A elevação ocorre após o IBGE divulgar que o PIB cresceu 0,1% no terceiro trimestre, mostrando estabilidade após altas de 0,3% no segundo trimestre e 1,5% no primeiro. O desempenho veio ligeiramente abaixo da mediana das projeções (0,2%), que variavam de -0,5% a 0,3%.

As expectativas dos analistas para os próximos anos também subiram: 1,8% em 2026 e 1,84% em 2027. Quanto à inflação, o Focus registrou nova queda, de 4,43% para 4,40%, menor marca de 2024 — em março, a projeção chegava a 5,68%. As previsões para 2026 caíram para 4,16%, enquanto 2027 e 2028 foram mantidas em 3,8% e 3,5%. A taxa de juros estimada para 2024 segue em 15%, mas a de 2025 subiu de 12% para 12,25%. O câmbio foi mantido em R$ 5,40 para 2025 e R$ 5,50 para 2026, 2027 e 2028.



COPOM: CELIC

Copom mantém Selic em 15% ao ano. Veja análisesO Copom deve terminar 2025 com a Selic em 15% ao ano, apesar do PIB fraco, mas deve sinalizar espaço para cortes em 2026, segundo economistas ouvidos pela Folha. A manutenção dos juros na reunião de quarta-feira (10) é consenso, mas há divisão sobre o início dos cortes: janeiro ou março. Caso isso se confirme, novas críticas do governo Lula e de empresários ao BC são esperadas. Para Haddad, a Selic no maior nível em quase 20 anos é insustentável, e Lula pressiona pela redução, tendo indicado Galípolo ao comando do BC. Para Luiz Figueiredo, ex-diretor do BC, o cenário mais provável é o início dos cortes apenas em 2026, já antecipado na comunicação atual, diante da desaceleração econômica —o PIB cresceu só 0,1% no 3º trimestre. Ele vê espaço para reduções até meados do ano, mas evita mudanças próximas à eleição. Rafaela Vitória (Inter) avalia que o Copom deve suavizar o tom e iniciar cortes em janeiro, com expectativas de inflação em queda.

O BC mira inflação de 3% (tolerância entre 1,5% e 4,5%). A economista diz que o período de “restrição prolongada” segue mesmo com cortes graduais. A proximidade eleitoral, porém, pode trazer volatilidade e dificultar decisões. A disparada recente do dólar após anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro elevou o risco percebido. Para Sergio Werlang, isso torna o Copom mais conservador e deve adiar cortes para janeiro ou março. Werlang alerta que atraso excessivo exigirá cortes maiores depois. Já Gustavo Rostelato (Armor) projeta flexibilização só a partir de março, citando expectativas de inflação estagnadas e dólar pressionado. Apesar do PIB fraco, ele afirma que o Copom deve analisar o conjunto de dados, lembrando que o desemprego segue no menor nível histórico, em 5,4%.


 

MADURO ESTÁ PERTO DA QUEDA

Entenda quais países poderiam receber Maduro caso ele fugisse da Venezuela  | CNN BrasilEm uma assembleia em Caracas, moradores discutem como agir caso ocorra um evento que altere o futuro político da Venezuela. Apesar do ceticismo sobre uma invasão, há quem considere iminente a saída de Nicolás Maduro, pressionado pela presença militar dos EUA no Caribe. O eletricista Salvador Costero, 37, diz que “isso já caiu” e relata planos de manter reuniões e até instalar um “tribunal móvel” para evitar tumultos durante um possível conflito. Ele vive em uma área opositora, marcada por repressão desde as eleições de 28 de julho de 2024, que geraram protestos e 1.848 detenções, segundo o Foro Penal. O temor de confrontos e o chamado de Maduro para que civis se juntem à milícia reacendem lembranças do Caracazo, de 1989. A inflação impede grandes compras, apesar do aumento da frequência nos mercados, diz o sindicalista Italo Atencio. Rumores se espalham, e moradores, como Nora Sotillo, 86, temem a presença de forças estrangeiras. Já apoiadores do governo afirmam que defenderão Maduro e a “pátria”.

O analista Guillermo Tell Aveledo aponta que a crise é tema evitado e que há ruptura entre elites e população. Para ele, parte quer mudança, outra teme riscos. As negociações parecem esgotadas, mas a pressão internacional pode reduzir o trauma de uma transição, ainda dificultada pela falta de diálogo entre governo e oposição. Geoff Ramsey, ex-WOLA, diz que muito ocorre nos bastidores e que tudo dependerá da conversa entre Maduro e Trump. Maduro acredita que os EUA têm interesses além da democracia e aposta na impopularidade de uma intervenção. Trump, por sua vez, busca “uma vitória”. Enquanto isso, a população vive entre rotina e incerteza, sempre repetindo a mesma pergunta: “O que vai acontecer?” 

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 8/12/2025

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Lei do Impeachment entra na ordem do dia do Legislativo

Semana começa agitada no Congresso com a retomada da tramitação na CCJ do Senado de projeto de 2023 que altera a regra em vigor desde 1950, após decisão monocrática do ministro Gilmar Mendes

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

Ciro Nogueira vai ao Paraná para tentar desfazer candidatura de Moro e selar aliança com Ratinho Júnior

Decisão ocorre após debandada na federação União–PP

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

Venezuelanos fazem planos para caso de invasão dos EUA e queda de Nicolás Maduro

Em meio a incerteza, moradores discutem formas de se proteger de eventuais tumultos, saques e escassez População se divide entre expectativa, ceticismo e defesa de autoridades ante pressão de Washington

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

Melhor brigar com o STF: como auxiliar do governo avalia elogios de Alcolumbre

O sinal foi interpretado como um alinhamento ao tom também apaziguador escolhido por Lula que, em vez de rebater as reações, buscou não criticá-lo e tentar estabelecer pontes para, no futuro, retomar o diálogo

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Toffoli voou em jatinho com advogado de diretor do Banco Master para ver final da Libertadores

Ao todo, 15 pessoas estavam na aeronave, entre elas o ex-deputado Aldo Rebello

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT 

Tribunal Constitucional decide esta semana sobre a Lei da Nacionalidade 

Juízes realizaram uma sessão na semana passada, sabe o DN. O prazo termina no domingo, dia 14 de dezembro.


domingo, 7 de dezembro de 2025

RADAR JUDICIAL

Toffoli foi a Lima em jato privado com advogado do caso Master para ver o  Palmeiras perderTOFFOLI USOU JATINHO DE EMPRESÁRIO

Dias antes de impor sigilo máximo e assumir o processo no STF envolvendo Daniel Vorcaro e diretores do Banco Master, o ministro Dias Toffoli fez uma viagem internacional. Foi a Lima assistir ao Palmeiras conquistar mais um vice-campeonato. Sem tempo para comprar passagens, usou o jatinho do empresário Luiz Oswaldo Pastore, também palmeirense. No mesmo voo estava Augusto Arruda Botelho, ex-secretário nacional de Justiça do governo Lula e torcedor do Verdão. Além disso, ele é advogado de Luiz Antonio Bull, diretor de Compliance do Banco Master e preso na mesma operação da PF que levou Vorcaro ao cárcere. O ex-deputado Aldo Rebello também participou da viagem.

🗣️Ministro do STF, Alexandre de Moraes aparece na lista de Heróis do  britânico Financial Times O jornal britânico Financial Times incluiu o  ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), naMORAES, NA CATEGORIA DE HERÓIS

O ministro do STF Alexandre de Moraes foi incluído na lista das 25 pessoas mais influentes de 2025 do Financial Times, divulgada nesta sexta-feira (5/12). Ele é o único brasileiro citado e aparece na categoria “heróis”, ao lado de nomes como Jane Fonda, Margaret Atwood e Rory McIlroy. O texto, assinado por Lilia Moritz Schwarcz, destaca sua atuação diante da tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023 e cita as prisões de Jair Bolsonaro e militares após julgamento transmitido nacionalmente. Segundo o jornal, Moraes tornou-se símbolo de democracia e justiça no Brasil, enquanto cortes de outros países cederam a autocratas. A publicação ressalta, porém, que o poder exercido pelo ministro, com instrumentos jurídicos excepcionais, gera tensão entre firmeza e possível excesso, lembrando que democracias exigem contrapesos. A lista do Financial Times foi elaborada com base em consultas a repórteres e editores e reúne personalidades de política, artes, mídia e esportes. Entre os destaques também estão Cynthia Erivo, Bad Bunny e Rosalía. 

Produção de petróleo segue em queda | Mundo | Valor EconômicoVENEZUELA PRODUZ APENAS 1% DO CONSUMO DE PETRÓLEO

A Venezuela possui mais petróleo que qualquer outro país, mas produz apenas cerca de 1% do consumo mundial por causa de má gestão, falta de investimento e sanções. As ameaças recentes de Donald Trump reacenderam o interesse pela riqueza energética venezuelana. O país detém 17% das reservas globais, mais de 300 bilhões de barris, mas sua produção despencou desde os anos 1990. Os EUA, antes principais compradores, reduziram drasticamente as importações após sanções em 2019, e a China passou a ser o principal destino. Poucas empresas ocidentais ainda operam na Venezuela, como Chevron, Eni e Repsol; outras, como Exxon e ConocoPhillips, saíram após nacionalizações e disputas. A Chevron produz cerca de um quarto do petróleo venezuelano e mantém parte do fluxo para refinarias americanas. Repsol e Eni, que produzem gás para geração elétrica, enfrentam bloqueios dos EUA ao comércio de petróleo usado como pagamento. O futuro é incerto: ações militares americanas poderiam desestabilizar ainda mais o setor, enquanto um acordo com Maduro poderia reabrir o país ao investimento estrangeiro. As reservas continuam estratégicas, especialmente para os EUA, cujas refinarias valorizam o petróleo pesado venezuelano. Maduro acusa Washington de tentar se apropriar das reservas por meios militares.

OPOSITOR DE MADURO MORRE NA PRISÃO

O ex-governador opositor Alfredo Díaz, de Nova Esparta, morreu na prisão na Venezuela, informaram ONGs de direitos humanos. Processado por terrorismo e incitação ao ódio, ele estava detido e isolado havia um ano, com apenas uma visita da filha. A causa da morte não foi divulgada. Díaz foi preso após a contestada reeleição de Nicolás Maduro em 2024, que gerou protestos com 28 mortos e 2.400 detidos. Embora cerca de 2.000 tenham sido libertados, seu julgamento permanecia paralisado e o governo lhe impôs um defensor público. Segundo o Foro Penal, 17 presos políticos morreram sob custódia desde 2014, e ao menos seis opositores morreram na prisão desde novembro de 2024. A líder opositora María Corina Machado afirmou que as mortes revelam um padrão de repressão, incluindo negação de atendimento médico, isolamento e torturas. Díaz estava preso no Helicoide, sede do Sebin, denunciado como centro de torturas. A Venezuela teria hoje ao menos 887 presos políticos.

Salvador, 7 de dezembro de 2025.

Antonio Pessoa Cardoso.
Pessoa Cardoso Advogados. 

STF TORNOU-SE PROTAGONISTA DA POLÍTICA

  • O STF se tornou um ator político-partidário" 🇧🇷🗣️⁠ ⁠ O Supremo Tribunal  Federal (STF) aceitou uma denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro  (PL) e outras sete pessoas por tentativa de golpe deA partir dos anos 2010, o STF passou a receber indicações cada vez mais alinhadas pessoal e ideologicamente aos presidentes. Isso consolidou um tribunal em que a maioria opera politicamente, respondendo a sinais de Executivo e Congresso. A indicação de Jorge Messias apenas confirma esse ciclo. Não se trata de distinção entre indicações “técnicas” e “políticas”: toda indicação ao STF sempre foi política. Todo ministro também é ator político, dado o impacto de suas decisões. O que muda é o grau: o Supremo hoje age como participante direto da disputa política. Reage ao dia a dia institucional e dialoga com os Poderes fora dos autos. Esse movimento acelerou a partir de 2010, quando o tribunal arbitrou crises e ocupou lacunas legislativas. A composição recente reforça essa vocação. Ministros como Moraes, Nunes Marques, Mendonça e Dino adotam postura pragmática e politizada. Interagem com atores políticos antes e depois de decidir. Messias tende a integrar esse grupo. Isso não implica abuso automático, mas altera o funcionamento do tribunal. A transformação não sustenta a acusação de “ditadura judiciária”. O fenômeno tem raízes em nomeações anteriores, como Jobim, Gilmar, Toffoli e Moraes. A sociedade também empurrou o STF para protagonismo, recorrendo a ele para resolver impasses. Assim, o tribunal virou formulador de regras e primeiro decisor de grandes temas. Dentro do STF, alguns ministros sempre estimularam essa expansão. O critério de indicação mudou: pesa mais a afinidade política do que a produção jurídica.

    A juventude do indicado virou vantagem estratégica. Isso gera custos: indicado e presidente passam a ser vistos como inseparáveis. A proximidade política afeta a percepção de independência. A autoridade judicial não impede atitudes políticas. O funcionamento real do STF depende dos perfis individuais dos ministros. Esse perfil politizado não era dominante nas indicações de Lula e Dilma. Hoje, ministros chegam predispostos a governar, negociar e gerir. O STF passa a ocupar espaços do Legislativo e limita sua atuação. A pressão social sobre o Congresso diminui. Messias simboliza um Supremo confortável em agir como legislador ou gestor. Isso estreita ainda mais sua relação com o poder político. O risco é o STF ser visto como ator político, não jurídico. O tribunal precisa recuperar a imagem de colegiado de juízes, não de protagonistas da arena política.

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    TRUMP PRIORIZA AMÉRICA LATINA

    Trump muda foco dos EUA para a América Latina | O TEMPO NewsO governo dos EUA intensificou sua atuação na América Latina, tornando a região prioridade estratégica. A nova Estratégia Nacional de Segurança, divulgada pela Casa Branca, propõe conter migrações em massa, reforçar fronteiras e retomar a lógica da Doutrina Monroe, agora chamada de “Corolário Trump”. Em menos de um ano de mandato, Trump adotou ações para ampliar sua influência, variando o tratamento conforme a afinidade política com cada líder regional. No Caribe, aumentou a pressão militar contra Nicolás Maduro. Na Argentina, interveio no câmbio para estabilizar a moeda e favorecer Javier Milei antes das eleições legislativas. Também fortaleceu laços com Nayib Bukele, elogiando sua política dura contra o crime e agradecendo pelo encarceramento de imigrantes deportados. Trump justificou o apoio a aliados afirmando que benefícios seriam revertidos a empresários americanos e ao acesso a recursos naturais. A gestão acusa democratas de terem deixado espaço para o avanço chinês na região. Marco Rubio, secretário de Estado, tem papel central na estratégia e celebrou a vitória de Rodrigo Paz na Bolívia. No Chile, José Antonio Kast tenta aplicar agenda anti-imigração similar à dos EUA.

    Enquanto favorece aliados, Trump endurece contra governos de esquerda: oferece recompensas pela captura de Maduro, considera ações militares após conflitos marítimos e impõe sanções ao colombiano Gustavo Petro. Também apoiou o candidato de direita Nasry Asfura em Honduras. Críticos apontam parcialidade: condenados por narcotráfico aliados, como Juan Orlando Hernández, receberam perdão, enquanto países governados por aliados, como o Equador, não foram alvo de medidas. Analistas consideram improvável uma invasão terrestre da Venezuela devido ao tamanho do país e às limitações das tropas destacadas no Caribe. O México, sob Claudia Sheinbaum, tem enfrentado tensões com Washington sobre imigração e narcotráfico. No Brasil, após sanções iniciais, Trump abriu negociações com Lula para retirar tarifas. Especialistas avaliam que a política externa americana não deve melhorar condições de vida na região e que uma guerra aberta poderia prejudicar Trump eleitoralmente. 

    PADRE ASSUME TUTORIA DE 26 CRIANÇAS AMEAÇADAS DE DEPORTAÇÃO

  • Imigração: o padre que assumiu tutela de 26 filhos de imigrantes - BBC News  BrasilO padre Vidal Rivas, da Igreja Episcopal de São Mateus, em Maryland, pode assumir temporariamente a tutela de menores, caso seus pais sejam deportados, cuidando deles até concluírem os estudos. Ele já se comprometeu a ser tutor de 26 crianças e adolescentes nessa situação. Muitos imigrantes sem documentos têm buscado preparar “planos familiares” diante das deportações. Isso inclui escolher alguém de confiança para cuidar dos filhos em emergências migratórias. Nos EUA há mais de seis milhões de famílias com situação migratória mista. Milhões de crianças têm ao menos um dos pais sem documentos ou com proteção ameaçada. O número de detenções e deportações cresceu, aumentando o medo nas comunidades. Em Hyattsville, onde a igreja está situada, grande parte da população é latina. Os fiéis relatam terror de sair de casa ou até ir ao templo. Para ajudar, a paróquia adotou cultos a portas fechadas e vigilância voluntária. Também orienta famílias a buscar tutores temporários conforme a lei estadual. Muitas não têm parentes com status legal, ampliando o desespero. Mimi, imigrante sem documentos e mãe solo, escolheu Rivas como tutor de sua filha. Ela teme que a menor fique “no limbo” caso seja separada dela. Em Maryland, pais podem designar um tutor reserva por até seis meses. A emergência ativa automaticamente a tutela, que pode ser revogada a qualquer momento. O tutor pode tomar decisões escolares, médicas e logísticas pelos menores. Outros estados têm regras diferentes; alguns não possuem tutela temporária.

    Na Califórnia, por exemplo, a tutela concede custódia completa ao tutor. Para reverter, os pais precisam solicitar ao tribunal. Especialistas alertam que isso pode dificultar futuras reunificações. Alternativas como autorizações juramentadas são usadas para decisões básicas. Muitas famílias afirmam não ter ninguém nos EUA para assumir esse papel. Advogados incentivam a considerar professores, empregadores ou amigos confiáveis. ONGs e voluntários têm promovido oficinas de preparação e direitos dos imigrantes. Distribuem materiais, oferecem assistência legal e monitoram ações do ICE. O governo critica esses grupos, alegando que incentivam resistência às autoridades. Ainda assim, cresce a conscientização sobre a importância de um plano familiar. Advogados reforçam que todos devem revisar sua situação migratória com profissionais. Em uma detenção, não há tempo para organizar documentos ou cuidados com filhos. Por isso, preparar tudo antecipadamente é essencial para evitar caos e sofrimento.



  • MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 7/12/2025

    CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

    María Corina Machado vai à Noruega receber Nobel da Paz

    Líder da oposição venezuelana pretende viajar à Noruega na próxima semana

    O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

    Volta ao mundo sem sair do sofá: por que tanta gente usa IA para postar fotos em viagens que nunca fizeram?

    Internautas usam apps para gerar imagens de experiências turísticas que nunca viveram só para postar em redes sociais

    FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

    STF tem ministros divididos em relação a decisão de Gilmar sobre impeachment

    Relatos à Folha indicam ao menos quatro magistrados desconfortáveis com medida Entendimento do decano vai a votação em plenário virtual na sexta-feira (12)

    TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

    Pix bate novo recorde com 313 milhões de transações e R$ 180 bi em um dia

    Ferramenta renovou o recorde alcançado em 28 de novembro deste ano, em razão da Black Friday

    CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

    Venezuela recruta mais 5.600 soldados diante das “ameaças” dos EUA

    Em resposta às manobras militares americanas, Maduro, pediu o reforço do alistamento militar e a união contra o "imperialismo”

    DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT 

    Aos 14 entrou num gangue e traficava droga. Hoje ajuda jovens a quebrar o ciclo de violência

    Esta é a história de Vilson Duarte Dong, 24 anos, português, residente em Inglaterra desde os 12. “Aos jovens que pensam que as cinco ruas do bairro são o mundo inteiro digo: não são!”

    sábado, 6 de dezembro de 2025

    MADURO TEM OS DIAS CONTADOS

    Donald Trump afirmou em entrevista à CBS no domingo (02) que acredita que  “os dias de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela estão contados”.  Questionado sobre ataques terrestres, Trump não confirmou nemO presidente dos EUA, Donald Trump, intensificou a pressão sobre Nicolás Maduro, chamando-o de líder de uma organização terrorista, enviando navios de guerra ao Caribe, fechando o espaço aéreo da Venezuela e sugerindo ataques iminentes. Publicamente, afirma combater drogas e criminosos; porém, segundo funcionários, seu objetivo final é a saída de Maduro, que permanece no poder apesar de ter perdido a eleição. Trump declarou que sua ação vai além de pressão e insinuou que os dias de Maduro estão contados. O New York Timesinformou que o Pentágono elaborou planos militares, incluindo operações para capturar ou matar o ditador. Pessoas próximas ao regime dizem que as ameaças afetaram Maduro física e emocionalmente, levando-o a reforçar a segurança. Assessores sugeriram que ele deixaria o cargo em 2027, mas Washington pressiona por saída antecipada. O sucessor de Maduro depende da forma da transição. Delcy Rodríguez, vice-presidente e moderada, seria presidente interina em caso de renúncia. Ela promoveu reformas econômicas e tem apoio de elites, mas sua legitimidade é prejudicada pela fraude eleitoral. Diosdado Cabello, ministro do Interior e linha-dura, fortaleceu o controle sobre as forças de segurança e se beneficiou da ameaça externa, mas enfrenta acusações de tráfico nos EUA.

    María Corina Machado, Nobel da Paz e vencedora das eleições reconhecidas internacionalmente, segue na clandestinidade e rejeita negociações com o regime. É a figura mais popular, mas rejeitada pela elite chavista. Edmundo González, vencedor legal da eleição, vive exilado e adota tom conciliador, mas tem pouca força política para governar após uma transição. Jorge Rodríguez, presidente do Congresso e estrategista de Maduro, poderia reivindicar legitimidade institucional, embora sua popularidade seja baixa. O general Vladimir Padrino López, ministro da Defesa, não tem caminho formal ao poder, mas seu papel é crucial devido ao peso das Forças Armadas na política venezuelana. 

    PCC E CV NAS 27 UNIDADES DA FEDERAÇÃO

    De dentro de uma cela, a confissão e o pacto selado. A cerimônia de batismo  é simples e marca a entrada numa facção, ritual cada vez mais comum nos  presídios. O recrutamentoAs duas maiores facções criminosas do Brasil, PCC e CV, estão presentes nas 27 unidades da federação, com hegemonia em 13 estados. Os dados, obtidos pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com a Abin, serão detalhados em estudo previsto para fevereiro. O PCC domina Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, Roraima, São Paulo e Piauí. O CV controla Acre, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Tocantins e Rio de Janeiro. As facções deixaram de ser grupos restritos a presídios e se tornaram organizações transnacionais com modelos próprios de negócios. A configuração atual surgiu em 2016, após o assassinato de Jorge Rafaat pelo PCC e o rompimento com o CV. O PCC assumiu a rota caipira, usada no envio de drogas ao Porto de Santos, enquanto o CV buscou novas rotas e firmou aliança com a Família do Norte, passando a dominar o Alto Solimões. O PCC se especializou no tráfico em grande escala e na exportação para a Europa, atuando como uma holding com associados e presença em 16 países. Já o CV expandiu-se territorialmente pela Amazônia, controlando rotas fluviais e abastecendo o mercado interno, incluindo cocaína e skunk vindos da Colômbia.

    Segundo o estudo, o CV opera na Colômbia, Peru, Bolívia e Suriname, com indícios de atuação também na Argentina, Paraguai e Venezuela. Já o PCC utiliza portos, aeroportos e estradas como infraestrutura estratégica, além de sofisticados métodos de lavagem de dinheiro. As facções têm modelos distintos de governança: no PCC, a Sintonia Final define decisões estratégicas; no CV, líderes regionais têm maior autonomia. O enfrentamento dessa estrutura exige integração entre inteligência financeira, cooperação internacional, políticas sociais e proteção ambiental.