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terça-feira, 17 de junho de 2025

DISTRIBUIÇÃO DE AJUDA É "ARMADILHA"

Esse é o sofrimento dos palestinos para receber comida na Faixa de Gaza

No dia de ontem, segunda-feira, os criminosos israelenses mataram pelo menos 50 pessoas, metade das quais no local de distribuição de ajuda administrada pela Gaza Humanitarian Foundation, apoiada pelos Estados Unidos e pelo governo de Israel. Esse local de entrega da ajuda humanitária foi imposição de Israel, denunciada pela ONU, face aos métodos de entrega da ajuda humanitária. Não se entende como há mortes dessas pessoas em local protegido pelos israelenses; pelo menos 23 mortes e 200 feridos ocorreram em tiroteio perto do ponto de distribuição de ajuda, em Rafah. Esse cenário é repetido quase todos os dias; os palestinos amontoam-se para obter alimentos e os soldados ali por perto acabam com vida de muitos deles. Esse grupo preferido pelos Estados Unidos para distribuir a ajuda posicionaram-se em apenas três locais, área protegida pelos israelenses, quando antes havia centenas de pontos para distribuição. 

A ONU afirma que a distribuição da Gaza Humanitarian Foundation é "inadequada, perigosa e viola os princípios de imparcialidade humanitária". Declaração de uma pessoa que foi buscar ajuda ontem reflete bem a situação. Diz Ahmed Fayad: "Fomos até lá achando que conseguiríamos ajuda para alimentar nossos filhos, mas acabou sendo uma armadilha, uma matança. Aconselho a todos: não vão lá". Autoridades de saúde do Hamas afirmaram que "tiros israelenses mataram pelo menos cinco pessoas e feriram dezenas de outras enquanto multidões de palestinos se reuniam ao longo de uma estrada". O chefe da agência da ONU para refugiados palestinos, Phillippe Lazzarini, escreveu na rede X: "Dezenas de pessoas foram mortas e feridas nos últimos dias, inclusive pessoas famintas tentando conseguir um pouco de comida de um sistema de distribuição letal". Israel chega ao ponto de impedir a ONU e a UNRWA de trazer ajuda, apesar da grande quantidade de alimentos prontos para distribuição. Desde o início da guerra, os soldados israelenses já mataram mais de 50 mil palestinos.    



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