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quarta-feira, 11 de junho de 2025

EX-PRESIDENTE É CONDENADA À PRISÃO


A ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, teve decretada sua prisão, ontem, 10, de conformidade com decisão unânime da Suprema Corte de Justiça. Os juízes rejeitaram recurso de Kirchner no sentido de anular a condenação de seis anos de prisão pela prática dos crimes de administração fraudulenta em prejuízo do Estado, e inabilitação para exercício de cargos públicos. Há também o confisco de 84 bilhões de pesos, correspondentes a R$ 400 mil. Anteriormente, a decisão foi apreciada por duas instâncias, ambas condenatórias. À ex-presidente restava a apreciação de recuso pela Suprema Corte, com definição ocorrida ontem, 10. Nesse cenário, a ex-presidente convocou seus seguidores para protestarem nas ruas; as rodovias de acesso à Buenos Aires estão sendo bloqueadas. A ex-presidente estava na sede do Partido Justicialista, em Buenos Aires, quando saiu o resultado do recurso; houve aglomeração de seus seguidores, em frente ao edifício. Kirchner, em discurso na sede do partido, declarou: "Podem me prender, mas os aposentados não vão conseguir se sustentar, e os remédios estão ficando cada vez mais caros. Se (o ministro da Economia) Toto Caputo pode andar por aí sem que ninguém reclame dele, eu lhe digo que estar presa é uma prova de dignidade política e histórica". Ela não poupou nem os juízes: "São três marionetes que respondem a líderes muito acima deles. Este é um triunvirato que executa ordens de cima, não nos enganemos".   

Cristina Kirchner anunciou, na semana passada, sua pretensão de disputar as eleições legislativas que ocorrerão em setembro próximo, para uma vaga a deputada pela província de Buenos Aires. Depois da decisão da Suprema Corte, a ex-presidente passa a ser inelegível. Ela governou o país em dois mandatos, entre 2007 e 2015 e foi vice-presidente no governo de Alberto Fernández, entre os anos de 2019/2023. Pela lei argentina e porque ela tem mais de 70 anos, poderá merecer o benefício de cumprir a pena em seu domicílio. A ex-presidente respondeu a um processo porque favoreceu o dono de uma empreiteira da província de Santa Cruz, território político dos Kirchner; o empreiteiro conseguiu vencer em 51 licitações para obras públicas. Cristina Kirchner foi acusada também de liderar organização criminosa e de condução fraudulenta entre 2003 e 2015, incluindo o governo de seu esposo, Néstor Kirchner. A apuração indica prejuízo aos cofres públicos de US$ 1 bilhão.           


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