Mesmo morando na Flórida, o presidente dos EUA, Donald Trump, tem demonstrado vivo interesse e acompanhado de perto a eleição municipal de Nova York e avalia intervir para barrar a vitória de Zohran Mamdani, candidato democrata da ala mais à esquerda. Segundo o New York Times, Trump consultou políticos e empresários sobre quem teria mais chances contra Mamdani, entre eles Eric Adams, Andrew Cuomo e Curtis Sliwa. Assessores próximos, como Mark Penn e Andrew Stein, sugeriram que Cuomo, ex-governador, e que poderia ser competitivo até fora do Partido Democrata, com base em pesquisas internas. Trump e Cuomo chegaram a conversar por telefone recentemente, apesar do histórico de embates públicos durante a pandemia de Covid-19. Naquela oportunidade, Cuomo, na condição de governador de Nova York, criticou a atenção dispensada pelo então presidente Trump com a crise sanitária, acusando Trump de negligência e falta de coordenação. O presidente ameaçou cortar recursos do estado.
Aliados de Adams e Cuomo incentivam uma ação estratégica de Trump para evitar a divisão dos votos anti-Mamdani. A ideia seria pressionar a retirada de adversários para fortalecer a oposição ao socialista, defensor de políticas como congelamento de aluguéis e aumento de impostos sobre os mais ricos. Apesar das articulações, Trump ainda não decidiu se atuará diretamente. O bilionário John Catsimatidis recomendou que ele espere. Mesmo sem se comprometer, Trump tem buscado informações e realizou reuniões com políticos e estrategistas, incluindo o deputado Mike Lawler. Nos bastidores, Mamdani é visto como um símbolo útil da esquerda radical, o que poderia ser explorado pelos republicanos nas eleições de meio de mandato de 2026. Porém, há dúvidas sobre a real influência de Trump em uma disputa dominada pelos democratas, uma vez que suas táticas tradicionais podem ter impacto limitado em uma eleição local.
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