Três destróieres americanos Aegis, equipados com mísseis guiados, devem se aproximar da costa da Venezuela nesta semana para combater cartéis de drogas latino-americanos, segundo autoridades dos EUA ouvidas pela Reuters.
A porta-voz Karoline Leavitt afirmou que Washington usará “toda a força” contra o regime de Nicolás Maduro, classificado como “cartel narcoterrorista”.
Na última semana, a imprensa americana já havia antecipado o deslocamento de mais de 4.000 fuzileiros e marinheiros para a região. Autoridades explicaram que a operação deve durar meses e abranger espaço aéreo e águas internacionais.
Em fevereiro, Trump designou cartéis do México e o Tren de Aragua como organizações terroristas, medida tradicionalmente usada contra grupos como Al-Qaeda e Estado Islâmico.
No início de agosto, o presidente assinou diretriz que autoriza o Pentágono a empregar militares contra esses cartéis. A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, reagiu afirmando que tropas americanas não entrarão em seu país.
Em resposta, Maduro anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos para defender a Venezuela.
Trump também dobrou a recompensa pela captura de Maduro para US$ 50 milhões. Washington o acusa de narcotráfico e ameaça à segurança dos EUA.
A crise diplomática se acirrou ainda mais com denúncia venezuelana de que 66 crianças seguem “sequestradas” nos EUA após deportações. Caracas exige sua devolução por meio do programa “Retorno à Pátria”. Camila Fabri, esposa do empresário aliado de Maduro, Alex Saab, classificou a situação como “cruel e desumana”. Ela prometeu trazer as crianças de volta, acompanhada por mães que pediram apoio da primeira-dama americana, Melania Trump.
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