O advogado Martin De Luca, que atua para a Trump Media e a Rumble nos EUA, recebeu ameaças após seu número de celular vazar no inquérito da Polícia Federal que indiciou Jair Bolsonaro por coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. O relatório da PF, divulgado pelo STF em nome do interesse público, exibiu sem tarja os contatos de investigados, incluindo o próprio Bolsonaro, hoje em prisão domiciliar. Após a publicação, De Luca recebeu dezenas de ameaças contra ele e sua família, também por e-mail. Pessoas próximas suspeitam de ação coordenada. A pedido de autoridades ligadas a Donald Trump, ele evitou se pronunciar. Há análise sobre possível violação da legislação brasileira com a divulgação do telefone. Um integrante da cúpula da PF disse que a investigação deve conter todos os dados necessários para a prova e é regida pelo sigilo.
O inquérito, aberto por ordem do ministro Alexandre de Moraes, apontou trocas de mensagens entre Bolsonaro e De Luca. Em fevereiro, o advogado processou Moraes nos EUA, acusando-o de censura e de violar tratados internacionais. Segundo a PF, Bolsonaro e De Luca atuaram juntos para amplificar ataques ao STF, especialmente contra Moraes, buscando desacreditar o Judiciário brasileiro. Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro foram indiciados por coação e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário