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quinta-feira, 28 de agosto de 2025

OS ROBÔS NAS TAREFAS HUMANAS

Funcionários da fabricante de comida congelada S&F Foods temiam o trabalho repetitivo de empilhar caixas. Para aliviar a carga, o gerente Mike Calleja alugou um robô da Formic, em vez de comprar um equipamento caro. A Formic cuida da instalação, treinamento e manutenção, cobrando cerca de US$ 23 por hora —valor próximo ao de um trabalhador humano. Segundo Calleja, isso ajuda a manter baixa a rotatividade. Com a dificuldade de atrair mão de obra, empresas recorrem à automação para tarefas pesadas e desgastantes. O modelo de aluguel facilita o acesso à tecnologia para pequenas e médias fábricas, que representam a maioria nos EUA. A Formic já atende cerca de 150 fábricas, de ração animal a peças automotivas. Muitas empresas familiares evitavam pedidos por falta de pessoal, mas agora realocam trabalhadores para funções mais produtivas. Essas empresas de aluguel se concentram em serviços repetitivos e de risco, que mais causam lesões humanas. Criadas em 2020, na pandemia, Formic, AAA20 Group e RobCo lideram esse mercado crescente. A AAA20 oferece paletizadores por mensalidade fixa. A RobCo expandiu para os EUA após adquirir a Rapid Robotics, preparando fábrica em Austin. Segundo a empresa, a busca maior é por segurança e consistência, não apenas economia de custos. A MattPak, fabricante de cápsulas de detergente, alugou três robôs da Formic para reduzir riscos de lesão, realocando empregados para funções melhores.

Em 2023, 113 mil robôs de transporte e logística foram vendidos, 5 mil para aluguel. O Vale do Silício também investe no modelo, atraído por receita recorrente. A Foundation, nova empresa de Sankaet Pathak, já aluga robôs humanoides em fábricas de automóveis na Geórgia, ainda em fase inicial. Os robôs operam por turno e devem futuramente funcionar 24h por dia. Pathak diz que, por ora, são vistos como novidade, não ameaça. Apesar do avanço, há barreiras. Uma lei recente permite deduzir o custo de robôs comprados, tornando a aquisição mais atraente. Mesmo assim, muitas empresas preferem alugar para testar a tecnologia, manter os gastos como despesa e evitar imobilizar capital. Para especialistas, o modelo de aluguel funciona como porta de entrada e pode ser crucial para enfrentar a escassez de mão de obra. Além de reduzir riscos e esforço físico, os robôs contribuem para tornar os empregos mais fáceis, agradáveis e sustentáveis. 

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