O TPI classificou as medidas como "um ataque flagrante à independência de uma instituição judicial imparcial".
As sanções incluem bloqueio de ativos e proibição de entrada nos EUA, semelhantes às aplicadas ao ministro Alexandre de Moraes pela Lei Magnitsky.
Entre os alvos está o juiz francês Nicolas Guillou, responsável pelo mandado de prisão contra o premiê israelense Binyamin Netanyahu, em novembro de 2024.
A juíza canadense Kimberly Prost, que autorizou investigações sobre crimes de guerra de soldados americanos no Afeganistão, também foi incluída.
Além deles, foram sancionados os vice-procuradores Nazhat Shameem Khan, de Fiji, e Mame Mandiaye Niang, do Senegal.
O secretário de Estado Marco Rubio disse que os EUA rejeitam a "politização" e o "abuso de poder" do tribunal.
Ele conclamou países aliados a resistirem às "pretensões dessa instituição falida", quando na verdade falido está o governo Trump, ao menos no que se refere a honestidade e defesa do direito do ser humano.
O TPI, não reconhecido pelos EUA, afirmou que seguirá cumprindo seu mandato "independentemente de pressões ou ameaças".
A corte reiterou apoio a seus funcionários e às vítimas de crimes internacionais.
A França manifestou consternação, destacando que a medida atinge um magistrado francês e viola a independência judicial.
Esta é a segunda rodada de sanções contra integrantes do TPI em menos de três meses.
Neste ano, outros quatro juízes e um procurador já haviam sido alvo dos EUA.
Analistas apontam que a escalada pode prejudicar processos relevantes, como as denúncias contra a Rússia pela guerra na Ucrânia.
Em fevereiro, Trump assinou decreto acusando o TPI de "ações ilegítimas" contra EUA e Israel.
No fim de 2024, o tribunal expediu mandados de prisão contra Netanyahu, Yoav Gallant e Mohammed Deif, líder militar do Hamas.
Os três foram acusados de graves violações na guerra entre Israel e Hamas.
As medidas americanas ampliam a tensão entre Washington e a corte internacional.
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