Verdadeira rebelião na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos suspendeu na sexta-feira, 17, o pacote de isenções fiscais e cortes de gastos do governo Donald Trump. A liderança para a rejeição partiu do partido do presidente, os republicanos, e a aprovação era uma das providências para controlar gastos no corrente ano. Um grupo de republicanos, integrantes da ala mais conservadora do partido, uniu-se com os deputados do Partido Democrata e votaram contra o pacote, na Comissão de Orçamento da Casa, última etapa para submeter ao plenário. Os parlamentares entendem que os cortes teriam de ser maiores do que o proposto pelo presidente, principalmente no caso do Medicaid, programa de assistência de saúde a pessoas de baixa renda no país, além dos incentivos fiscais para energia verde. Os deputados afirmam que os cortes de impostos aumentariam a dívida nacional em US$ 36 trilhões. Votaram contra 21 deputados e 16 a favor, cenário que suspende a iniciativa do presidente da Câmara, Mike Johnson, de aprovar o pacote na próxima semana. O republicano do Texas, deputado Chip Roy, declarou: "Algo precisa mudar ou vocês não terão meu apoio".
O projeto de lei, denominado de One Big Beautiful Bill, contém 1.116 páginas. Os democratas criticaram o pacote, mas, se não contar com apoio dos dissidentes republicanos, não terão como impedir a aprovação do pacote. O argumento dos democratas é que milhões de pessoas vão perder a cobertura de saúde se o projeto for aprovado; os mais ricos seriam acobertados, porque conquistariam grandes cortes de impostos. Brendan Boyle, democrata que participa da comissão, disse: "Isso é economia ruim. É inconcebível". Os conservadores buscam maiores cortes, principalmente no Medicaid; ademais, pugnam para que os beneficiários do auxílio comecem a usufruir dos direitos imediatamente, ao invés de 1º de janeiro de 2029, como consta no projeto.
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