O presidente da Câmara Municipal de Turilândia (MA), José Luis Araújo Diniz (União), conhecido como Pelego, assumiu interinamente a prefeitura três dias após ser preso na Operação Tântalo II, do Gaeco. A investigação apura um esquema de desvio de mais de R$ 56 milhões dos cofres públicos. Prefeito e vice-prefeita estão presos, e os 11 vereadores são suspeitos de integrar o esquema. A posse ocorreu no dia 26, por determinação do Ministério Público do Maranhão. Antes disso, a Justiça afastou e prendeu o prefeito Paulo Curió (União). Também foram presos a primeira-dama Eva Curió, a ex-vice-prefeita Janaína Lima e o marido dela, Marlon Serrão. O contador da prefeitura, Wandson Barros, também foi detido. Todos estão custodiados no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís. Além dos presos, todos os vereadores de Turilândia são investigados. A Justiça determinou tornozeleira eletrônica e prisão domiciliar para os 11 parlamentares. Segundo as apurações, eles recebiam pagamentos periódicos em troca de apoio político.José Luis Araújo Diniz está em prisão domiciliar, mas tomou posse como prefeito interino por decisão judicial. De acordo com o MP, os investigados integram uma organização criminosa estruturada. O grupo atuaria por meio de fraudes em licitações, corrupção, peculato e lavagem de dinheiro. Empresas de fachada eram contratadas, principalmente nas áreas de saúde e assistência social. Em vários contratos, os serviços não teriam sido executados, apesar dos pagamentos. Parte dos valores retornava aos investigados via transferências intermediadas pelo contador. As empresas ficavam com comissões entre 10% e 15%. O prejuízo aos cofres públicos ultrapassa R$ 56 milhões. Somente em saúde e assistência social, o valor investigado chega a R$ 43 milhões. Até o fechamento desta edição, as defesas não haviam se manifestado.
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