MAIS DE 1 MILHÃO DE DOCUMENTOS SOBRE EPSTEIN
O Departamento de Justiça dos EUA informou ontem, 24, que ainda há mais de 1 milhão de documentos do caso Jeffrey Epstein a serem analisados e divulgados, processo que levará algumas semanas. Epstein foi condenado por abusar de menores e operar uma rede de exploração sexual envolvendo ricos e poderosos. Na terça (23), o governo já liberou mais de 30 mil documentos. Segundo o DOJ, os novos arquivos foram identificados pelo FBI e pela Promotoria do Distrito Sul de Nova York. O material passa por revisão jurídica para proteger as vítimas e cumprir leis e ordens judiciais. Advogados trabalham continuamente na análise dos documentos. O prazo oficial para divulgação total expirou na sexta (19), o que gerou críticas e acusações de demora por parte da oposição.
PREFEITO É CONDENADO
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, foi condenado a pagar R$ 20 mil por danos morais ao promotor Ricardo Manuel Castro, do MPSP. A decisão decorre de declarações feitas por Nunes em março de 2025, quando chamou o promotor de “idiota” e disse que ele “fica perturbando as pessoas”. Castro é relator de ação de improbidade sobre suspeito superfaturamento na compra de água para o Carnaval de 2024. O juiz Márcio Luigi Teixeira Pinto, do TJSP, também determinou a publicação de nota de retratação. O comunicado deverá sair em jornal de grande circulação, no site da prefeitura por 30 dias e nas redes sociais oficiais. O Metrópoles procurou o prefeito, que ainda não se manifestou. O caso envolve suspeita de contrato superfaturado para fornecimento de água no Carnaval. O MPSP pediu a anulação do contrato e a condenação da prefeitura, da empresa e de servidores. Segundo a promotoria, houve direcionamento e manipulação de planilhas. O prejuízo estimado aos cofres públicos é de R$ 1,2 milhão. As garrafas teriam custado R$ 5,52 cada. O preço médio de mercado variava entre R$ 0,65 e R$ 0,90.
PREFEITO, VICE E TODOS OS VEREADORES SÃO PRESOS
A Justiça do Maranhão determinou a prisão do prefeito, da vice-prefeita e de todos os 11 vereadores de Turilândia por corrupção. Desde segunda-feira, 14 pessoas foram presas pelo Gaeco e pela Polícia Militar em Turilândia e São Luís. Entre os detidos estão seis vereadores, a vice-prefeita Tânia Mendes e um neurocirurgião acusado de agiotagem. Na casa do irmão do médico, a polícia apreendeu mais de R$ 2 milhões em dinheiro. Ontem, 24, cinco investigados foragidos se apresentaram, incluindo o prefeito Paulo Curió. O Ministério Público apura crimes de organização criminosa e corrupção. Segundo os promotores, o esquema desviou mais de R$ 56 milhões em menos de quatro anos. Um posto ligado à ex-vice-prefeita era usado para lavagem de dinheiro desde 2021. Pagamentos por combustíveis inexistentes retornavam ao prefeito. A responsável pelas licitações afirmou que 95% eram fraudadas. Cinco vereadores seguem foragidos; seis cumprem prisão domiciliar com tornozeleira. O presidente da Câmara assumirá a prefeitura e as defesas alegam colaboração com a Justiça.
HONDURAS SERÁ GOVERNADA PELA DIREITA
Os hondurenhos elegeram Nasry Asfura, do Partido Nacional, marcando uma nova guinada à direita no país, com apoio explícito do presidente dos EUA, Donald Trump. O Conselho Nacional Eleitoral proclamou a vitória quase um mês após a votação, após revisar atas com supostas irregularidades. O atraso e o processo confuso provocaram protestos e acusações de fraude. Com 99,2% das urnas apuradas, Asfura obteve 40,3% dos votos. Ele venceu por margem inferior a um ponto percentual Salvador Nasralla, do Partido Liberal. A governista Rixi Moncada ficou em terceiro lugar. Asfura afirmou estar pronto para governar e prometeu não decepcionar os eleitores. A oposição e setores do Congresso rejeitam o resultado e falam em ilegalidade. Um conselheiro do CNE denunciou “golpe eleitoral” e acionou o Ministério Público. A OEA apontou falhas técnicas, mas descartou fraude. Trump apoiou Asfura e ameaçou cortar ajuda ao país se ele não vencesse. A eleição ocorreu em clima de forte polarização política e social.
MADURO LIBERA PRESOS
Pelo menos 60 pessoas detidas após as eleições presidenciais de 2024 na Venezuela foram libertadas neste Natal, informou uma ONG de direitos humanos. As prisões ocorreram durante a crise política provocada pela reeleição de Nicolás Maduro em julho de 2024. A oposição denunciou fraude na votação que garantiu a Maduro um terceiro mandato. Protestos contra o resultado levaram à prisão de cerca de 2.400 pessoas. Maduro classificou os detidos como “terroristas”. Segundo dados oficiais, mais de 2.000 já foram libertados. Antes das solturas de Natal, a ONG Justicia Encuentro y Perdón estimava 1.085 presos políticos. Mais de mil pessoas ainda seguem presas por criticar o governo. As libertações começaram na madrugada de 25 de dezembro. A informação foi divulgada pelo Comitê para a Liberdade dos Presos Políticos (Clippve). A entidade celebrou as solturas, mas afirmou que os libertados não estão plenamente livres. As condições das libertações ainda não foram esclarecidas pelas autoridades.
Salvador, 25 de dezembro de 2025.
Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.
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