O Usda surpreendeu o mercado ao anunciar que o Brasil ultrapassou os Estados Unidos na produção de carne bovina, algo previsto apenas para daqui a dois anos. A antecipação ocorreu devido ao forte ritmo de produção no país, sustentado por ganhos de produtividade e pela demanda interna e externa. Segundo a Conab, o Brasil deve encerrar 2025 com 32,5 milhões de toneladas de carnes bovina, suína e de frango, alta de 23% em relação a 2018. O aumento da oferta reflete maior consumo interno e crescimento das exportações. O consumo anual per capita de frango chegou a 45,5 kg, o de suínos a 18,6 kg, enquanto o de carne bovina permanece em 30 kg.
A evolução foi impulsionada principalmente pela produtividade. O peso médio da carcaça bovina subiu de 262 kg em 2020 para 303 kg em setembro, com produção mensal acima de 1 milhão de toneladas. Houve avanços também nas carcaças suína e de frango. O mercado externo foi decisivo, especialmente após 2017, quando outros países enfrentaram doenças animais. A China liderou a demanda, elevando as importações de carnes brasileiras de 406 mil toneladas em 2015 para 1,9 milhão neste ano. A forte procura internacional pressionou os preços internos, com inflação das carnes próxima de 95% desde 2019.
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