Um dia após sair da clandestinidade e chegar à Noruega, María Corina Machado afirmou que fará “todo o possível” para retornar à Venezuela levando o Prêmio Nobel da Paz. A opositora disse que recebeu a honraria em nome do povo venezuelano e que a levará de volta ao país “no momento correto”. Sem revelar como ou quando retornará, afirmou estar esperançosa com o fim próximo do regime de Nicolás Maduro. Segundo ela, a Venezuela será transformada em um país de democracia, esperança e oportunidades. Questionada sobre intervenção militar dos EUA, evitou o tema e disse que o país já foi invadido por terroristas. Machado afirmou que o regime se sustenta por um sistema de repressão financiado por crimes como tráfico de drogas, armas, pessoas e petróleo. Defendeu que a comunidade internacional corte essas fontes de financiamento para enfraquecer o governo. Ela mantém proximidade com aliados do presidente dos EUA, Donald Trump, a quem agradeceu ao receber o Nobel.
A fala ocorre após forças americanas capturarem um petroleiro próximo à costa venezuelana. Machado agradeceu às pessoas que arriscaram a vida para viabilizar sua viagem após mais de um ano escondida. O primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Store, afirmou que o país apoia uma transição democrática na Venezuela. Segundo ele, o povo venezuelano manifestou claramente o desejo por um regime democrático. Machado cumpre agenda em Oslo, incluindo visita ao Parlamento, após atrasos que impediram sua chegada inicial. Na noite de quarta, ela apareceu na sacada do hotel dos laureados, cantou o hino e saudou apoiadores. O paradeiro da líder era desconhecido desde janeiro, quando foi proibida de deixar a Venezuela. Ela recebeu o Nobel da Paz por sua luta democrática e por uma transição pacífica no país.
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