 |
| Servidora é demitida por falar a verdade |
Donald Trump demitiu, de forma barulhenta, Erika McEntarfer, líder do Bureau of Labor Statistics (BLS), após dados de emprego indicarem desaceleração em julho e revisões negativas em meses anteriores. Sem provas, Trump acusou Erika de manipular números e alegou que ela foi indicada por Joe Biden. Erika, economista respeitada, tinha vasta experiência em órgãos como o Census Bureau e o Tesouro, e foi confirmada no Senado por 86 votos a 8, com apoio até de aliados de Trump. A decisão gerou críticas de ex-colegas e especialistas. William Beach, ex-líder do BLS nomeado por Trump, chamou a demissão de “sem fundamento”. Sarah Glynn e Heather Boushey destacaram a integridade de Erika, afirmando que ela nunca politizou dados. A demissão levantou preocupações sobre a politização de estatísticas oficiais.
Os dados recentes mostraram criação de apenas 73 mil empregos em julho, além de revisões para baixo em maio e junho, o que irritou a Casa Branca. A taxa de desemprego subiu para 4,2%. Problemas na coleta de dados, agravados desde a pandemia, têm preocupado economistas, com a taxa de resposta a pesquisas caindo de 80% para 67%. Cortes de pessoal também afetaram a coleta de dados do Índice de Preços ao Consumidor. Especialistas temem que a interferência política comprometa a credibilidade dos indicadores econômicos. “Politizar estatísticas é autodestrutivo”, alertou Michael Madowitz, destacando que a confiança nos dados é vital para a economia dos EUA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário