As autoridades americanas prenderam mais de 300 mil imigrantes em situação irregular nos primeiros seis meses do segundo mandato de Donald Trump, segundo a Casa Branca. A política migratória foi intensificada com operações em tribunais, residências e locais de trabalho, gerando protestos. A Guarda Nacional iniciou patrulhas nas ruas de Washington D.C. após ordem de Trump para retirada imediata de sem-teto e federalização da polícia local. As ONGs denunciaram as condições precárias em centros de detenção, com celas superlotadas, imigrantes dormindo no chão e falta de higiene.
A porta-voz Karoline Leavitt disse que 70% das prisões são de estrangeiros com antecedentes criminais. Ela também destacou a queda nas travessias ilegais, que atingiram níveis históricos mínimos em julho. O CBP registrou 24.628 interceptações no país, sendo 4.601 na fronteira com o México. Essa redução representa 24% a menos que o mínimo histórico anterior e 92% a menos que julho de 2024. A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, afirmou que os EUA têm hoje “a fronteira mais segura da história”.
Trump estabeleceu meta de realizar recorde de expulsões de imigrantes irregulares. Para isso, Noem retirou limites de idade para ingresso no ICE que informou ter recebido mais de 100 mil pedidos de americanos para atuar na expulsão de estrangeiros. Segundo o New York Times, 800 homens da Guarda Nacional foram mobilizados no D.C. Armory para patrulhar Washington. As funções específicas e o uso de armas ainda não estavam definidos. Pesquisa YouGov indicou que 47% desaprovam a intervenção de Trump na polícia de Washington. Outros 34% aprovam e 20% não opinaram.
Trump citou cidades latino-americanas e do Oriente Médio como exemplos de alta criminalidade, incluindo, indevida e mentirosamente Brasília; citou também a Cidade do Panamá, Bogotá, Cidade do México e Lima. Absurdamente, comparou Washington a Bagdá, dizendo que tem o dobro de crimes. A fala reforçou o discurso de endurecimento na segurança interna.
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