As Forças Armadas de Israel intensificaram os bombardeios contra áreas no leste da Cidade de Gaza, preparando ofensiva terrestre para ocupar o maior núcleo urbano do território. Palestinos relatam avanços de tanques nos bairros de Zeitoun, Shejaia e Tal al-Hawa, destruindo casas e forçando fugas, além de matar pelo menos 17 pessoas, em ataques aéreos e terrestres.
Segundo o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas, pelo menos 123 pessoas morreram em 24 horas. Blindados também destruíram casas no leste de Khan Yunis, enquanto nove pessoas foram mortas a tiros no centro de Gaza ao buscar ajuda. Israel não comentou.
O mesmo órgão informou que oito pessoas, incluindo três crianças, morreram de fome nas últimas 24 horas, elevando para 235 as mortes por desnutrição desde o início da guerra. Israel contesta esses números.
O plano israelense para operações terrestres e ocupação de Gaza, aprovado em 7 de agosto, gerou críticas até de aliados, preocupados com o deslocamento de milhares de palestinos e a falta de detalhes sobre ajuda humanitária.
A Alemanha suspendeu o envio de armas a Israel. Macron disse que a proposta prenuncia “uma guerra sem fim” e sugeriu coalizão internacional da ONU para estabilizar Gaza. Espanha apoiou a ideia.
Netanyahu reafirmou a intenção de ocupar Gaza e sugeriu que palestinos deixem o território, negando expulsão forçada. Na verdade, Israel tem projeto, juntamente com o presidente Donald Trump, de transformar Gaza na Riviera do Oriente Médio. Líderes árabes e palestinos rejeitam, chamando a medida de “nova nakba”.
Israelenses dizem que a ocupação deve ocorrer em semanas, mas não há avanços nas negociações de cessar-fogo. No Cairo, o Hamas discutiu com autoridades egípcias o fim da guerra e ajuda humanitária.
O grupo se mostrou aberto a ideias, desde que Israel encerre o conflito e retire as tropas; caso contrário, não abrirá mão das armas.
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