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domingo, 19 de outubro de 2025

PROTESTOS: 3 MILHÕES DE PESSOAS CONTRA TRUMP

Milhares de pessoas participaram ontem, 18, em protestos em várias cidades dos Estados Unidos contra políticas consideradas autoritárias do presidente Donald Trump. Batizado de “No Kings” (“Sem reis”), o movimento reuniu cerca de 2.600 focos de manifestação em todos os 50 estados. Os atos criticaram medidas do governo sobre imigração, educação, saúde e segurança, vistas como sinais de autocratização. Em Washington, organizadores esperavam 100 mil pessoas marchando pela avenida Pensilvânia até o Capitólio. Outras grandes cidades, como Nova York, Boston, Chicago e Atlanta, também registraram protestos expressivos. Cartazes pediam proteção a imigrantes, atenção ao sistema de saúde e o fim do “autoritarismo presidencial”. Entre os manifestantes estavam veteranos, empresários e famílias inteiras. Christine, ex-militar, afirmou que Trump “abusa de seus poderes” ao perseguir imigrantes. A empresária Ann Apfel, 80, criticou retrocessos na saúde e o incentivo à não vacinação. Já Wolanda Wilson, 53, denunciou perseguições ilegais a imigrantes. Os atos transcorreram sem violência, com dispersão por volta das 14h30 (15h30 em Brasília). Protestos também ocorreram em Londres, Madri e Barcelona, em frente a embaixadas americanas. No norte da Virgínia, centenas marcharam perto do Cemitério Nacional de Arlington, onde Trump cogita erguer um monumento semelhante ao Arco do Triunfo.

Desde seu retorno à Casa Branca, Trump endureceu ações migratórias, cortou verbas para universidades e reduziu o funcionalismo público. Também mobilizou tropas da Guarda Nacional em cidades como Washington e na Califórnia, o que gerou processos por abuso de poder. A organizadora Leah Greenberg, do grupo Indivisible, afirmou: “Não há nada mais americano do que dizer ‘não temos reis’”. Mais de 300 grupos civis participaram das marchas; a ACLU treinou coordenadores para manter o caráter pacífico dos atos. Políticos como Bernie Sanders, Alexandria Ocasio-Cortez e Hillary Clinton manifestaram apoio. Já o republicano Mike Johnson classificou o evento como “comício de ódio à América”. Segundo a pesquisadora Dana Fisher, este pode ter sido o maior dia de protestos da história moderna dos EUA, com até 3 milhões de participantes. Para ela, o objetivo é reforçar a identidade coletiva de quem se sente ameaçado pelo governo Trump e estimular a resistência democrática. 

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