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quinta-feira, 30 de outubro de 2025

CALOR EXTREMO CAUSA MORTES

O calor extremo e a poluição causam mais de 3 milhões de mortes por ano, segundo relatório publicado nesta quarta-feira (29) na revista The Lancet. O estudo, elaborado por 128 especialistas de mais de 70 instituições, mostra que as mortes relacionadas ao calor aumentaram 23% desde os anos 1990, chegando a 546 mil por ano. A queima de combustíveis fósseis foi responsável por 2,52 milhões de óbitos em 2024. “As mudanças climáticas já estão matando milhões”, alerta Marina Romanello, diretora do Lancet Countdown. No Brasil, entre 2012 e 2021, houve média anual de 3,6 mil mortes por calor, 4,4 vezes mais que na década de 1990. Dos 20 indicadores de risco à saúde analisados, 13 bateram recordes negativos. A transição energética, no entanto, já salva 160 mil vidas por ano. Em 2024, cada pessoa esteve exposta, em média, a 16 dias de calor extremo — no Brasil, foram 15,6. O ano foi o mais quente da história, superando o aumento global de 1,5°C.

O relatório destaca impactos físicos e mentais do calor, o aumento de incêndios florestais e da insegurança alimentar. No Brasil, o calor intenso elevou em 352 horas o risco de estresse térmico e reduziu 6,7 bilhões de horas potenciais de trabalho. Entre 2020 e 2024, o país teve média de 41 dias anuais de alto risco de incêndio, 10% mais que antes. A área sob seca extrema subiu de 5,6% para 72%. O mar ficou 0,65°C mais quente, e mais de 1 milhão de brasileiros vivem a menos de um metro acima do nível do mar. 

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