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quarta-feira, 29 de outubro de 2025

"MAIOR MASSACRE DA HISTÓRIA DO RIO DE JANEIRO"

Moradores do Complexo da Penha, na zona norte do Rio, levaram na madrugada desta quarta-feira (29) mais de 50 corpos para a Praça São Lucas, na comunidade. 
Os corpos foram achados na mata entre os complexos do Alemão e da Penha, onde ocorreu, na terça (28), a operação mais letal da história do estado. Segundo dados oficiais, a ação deixou ao menos 64 mortos e 81 presos, entre eles quatro policiais. A advogada Flávia Fróes, que acompanha as famílias, disse que vários corpos tinham tiros na nuca, facadas e ferimentos nas pernas. Defensores de direitos humanos pediram à Comissão Interamericana de Direitos Humanos o envio de peritos e interventores ao Rio. Flávia chamou a operação de “o maior massacre da história do Rio de Janeiro”. Os corpos foram retirados de caçambas por moradores e pessoas em situação de rua.
Crianças participaram da remoção; um menino de cerca de 9 anos ajudou a descarregar um dos veículos.

Um dos cadáveres estava sem cabeça, transportada em uma sacola. Familiares tentavam identificar as vítimas, enfileiradas na praça. A mãe de um jovem de 20 anos afirmou ter encontrado o filho com os pulsos amarrados: “Dava tempo de socorrer”, disse. Mulheres choravam e se abraçavam ao reconhecer os mortos. A retirada terminou por volta das 7h, cercada por fotógrafos e cinegrafistas. Segundo o ativista Raull Santiago, a exposição foi um pedido das famílias para mostrar a brutalidade do ocorrido. Ele classificou a cena como “um marco na história de terror do Brasil”. Santiago afirmou que os corpos encontrados na madrugada não estão incluídos na contagem oficial. O governo estadual ainda não se pronunciou sobre o novo número de vítimas. 

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