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quinta-feira, 4 de setembro de 2025

TRUMP PERDE PARA HARVARD

A juíza federal Allison Burroughs revogou ontem, 3, o corte de US$ 2,2 bilhões (R$ 12 bilhões) em verbas da Universidade Harvard feito pelo governo Donald Trump e proibiu novas restrições ao financiamento da instituição. A decisão, embora sujeita a recurso, representa vitória importante para Harvard, fortalecendo sua posição nas negociações com a Casa Branca. Trump acusa universidades de elite de serem dominadas pela esquerda radical e de conivência com antissemitismo em protestos pró-Palestina. Burroughs reconheceu falhas de Harvard no combate ao antissemitismo, mas afirmou que o governo usou o tema como “cortina de fumaça” para ataque ideológico. Segundo a juíza, a maioria das exigências impostas pouco tinha a ver com antissemitismo e muito com disputas políticas e de poder. O documento de 84 páginas prevê que o caso deve ser decidido em instâncias superiores, possivelmente na Suprema Corte, de maioria conservadora e favorável a Trump em decisões anteriores.

A Casa Branca já obteve vitórias na corte, como na imunidade presidencial e em políticas migratórias. Harvard, ao contrário de outras instituições, resistiu às pressões e levou a disputa à Justiça, embora negociasse acordo para manter pesquisas financiadas. O corte ameaça projetos em áreas como o combate ao câncer. Columbia, em situação semelhante, aceitou sanções: expulsou alunos pró-Palestina, alterou departamentos e pagou multa de US$ 220 milhões para recuperar parte do financiamento. Em agosto, Trump exigiu US$ 500 milhões de Harvard. A recusa da universidade intensificou os ataques da Casa Branca. Em maio, o governo ordenou perda de vistos de alunos estrangeiros em Harvard e barrou novas matrículas, medida também revertida por Burroughs. Agora, com a decisão, Harvard assegura temporariamente seus recursos, mas o embate jurídico deve continuar em cortes superiores. 

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