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segunda-feira, 8 de setembro de 2025

MILEI É ESMAGADO PELO PERONISMO

Javier Milei havia prometido enterrar o peronismo antes das eleições na província de Buenos Aires, mas os resultados não lhe agradaram. 
Com 80% dos votos apurados, a coalizão peronista Força Pátria, de Axel Kicillof, obteve 46,93%, contra 33,85% de A Liberdade Avança. A província concentra 40% do eleitorado argentino, e o governo Milei esperava ao menos um empate técnico. Mais de 60% dos eleitores compareceram às urnas. O peronismo venceu em 6 dos 8 distritos. Milei havia nacionalizado a disputa, após vitórias legislativas em Buenos Aires capital. Com inflação sob controle e Cristina Kirchner em prisão domiciliar, o presidente via chance de esmagar o kirchnerismo. Porém, o escândalo dos áudios de Diego Spagnuolo revelou suposta corrupção ligada a Karina Milei. O caso, chamado de “karinagate”, estourou em meio à estagnação econômica, alta de juros e intervenção no câmbio.

A popularidade de Milei caiu para 39%, segundo pesquisa Trespuntocero. Karina foi votar sob escolta em Vicente López, limitando-se a incentivar a participação. Cristina Kirchner criticou o governo em rede social, associando o escândalo ao descaso com deficientes. Os mercados reagiram com tensão: o índice Merval caiu mais de 14% em agosto. Foi a primeira eleição provincial separada das legislativas nacionais desde a redemocratização. Kicillof disse que o governo precisa ouvir as urnas. Pesquisas já indicavam vantagem do peronismo. O resultado antecipa a batalha das eleições nacionais de outubro. Milei acumula derrotas no Congresso, ameaçando sua agenda de cortes. A oposição no Senado derrubou veto presidencial e aumentou verbas para saúde e educação. A derrota expõe fragilidade política do governo. E mostra que o peronismo mantém força em seu principal bastião. 

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