O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu ontem, 7, em ato bolsonarista na avenida Paulista, uma anistia "ampla e irrestrita". Disse que Jair Bolsonaro deveria poder disputar 2026 e eventual condenação será sem provas. O ato reuniu cerca de 42 mil pessoas e teve discursos emotivos, como os de Michelle Bolsonaro, que chorou, e do pastor Silas Malafaia. O evento ocorre às vésperas do fim do julgamento no STF da trama golpista, que deve condenar Bolsonaro. Ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio já havia apoiado a postura negacionista do ex-presidente na pandemia. Na Paulista, pressionou o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar anistia aos condenados de 8 de janeiro. Chamou o julgamento de “injusto”, criticou Alexandre de Moraes e disse que a delação de Mauro Cid foi obtida sob coação. Afirmou que o STF exerce “ditadura de um Poder sobre o outro” e ecoou os gritos de “fora, Moraes” da multidão, chamando o ministro de ditador. Segundo Tarcísio, “ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes”.
Enquanto isso, Bolsonaro acumula histórico de ataques às instituições, questionamento das eleições e ameaças de não cumprir decisões do STF. Após a derrota em 2022, incentivou acampamentos golpistas que culminaram nos atos de 8 de janeiro. Também se reuniu com militares e aliados para discutir formas de anular as eleições. Saudosista da ditadura militar, já foi condenado pelo TSE por ataques ao sistema eleitoral. Atualmente está inelegível até 2030 e réu no STF pela trama golpista. Pode ser condenado por crimes como golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de Direito, organização criminosa armada e dano ao patrimônio. As penas podem ultrapassar 40 anos de prisão.
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