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terça-feira, 11 de novembro de 2025

TRUMP ABUSA DO INDULTO E PERDOA CRIMINOSOS

No 294º dia de seu segundo mandato, o presidente dos EUA, Donald Trump, concedeu indulto a aliados políticos que tentaram subverter o resultado das eleições de 2020, vencidas por Joe Biden. Sem apresentar provas, eles denunciaram fraude e, após discurso inflamado de Trump, apoiadores invadiram o Capitólio em 6 de janeiro de 2021, resultando em cinco mortes. O indulto, simbólico e sem efeito imediato — pois nenhum foi condenado pela Justiça Federal —, busca blindá-los de futuras acusações. Processos estaduais, porém, continuam. Na madrugada de ontem, 10, o advogado da Casa Branca, Ed Martin, divulgou lista com mais de 70 beneficiados, entre eles Rudolph Giuliani, Mark Meadows e John Eastman. Trump chamou a medida de “cura nacional”. Segundo a BBC, até “falsos eleitores” foram perdoados.Martin agradeceu ao presidente e afirmou que os indultos fazem parte de um “processo de reconciliação nacional”. Biden, por sua vez, concedeu 4.245 indultos durante seu governo, número recorde, mas sem relação direta com aliados.

A deputada Marjorie Taylor Greene celebrou os perdões aos “eleitores suplentes de 2020”, dizendo que “lutaram pela integridade das eleições”. Segundo o historiador Allan Lichtman, Trump “perdoou pessoas que deveriam ter sido responsabilizadas”, guiado apenas pela lealdade. Já o jurista Richard Hasen disse que os perdões são apenas simbólicos, pois os casos federais provavelmente prescreveriam. A professora Bernadette Meyler, de Stanford, afirmou que os indultos reforçam o apoio de Trump a quem tenta minar a confiança nas eleições e alertou que o maior risco democrático está nas eleições de 2026 e 2028. No mesmo dia, Trump pediu à Suprema Corte que anule sua condenação por abuso sexual e difamação contra a jornalista E. Jean Carroll, que o acusa de tê-la atacado nos anos 1990. Para analistas, sua decisão de perdoar aliados transmite a mensagem de que é possível subverter a democracia sem punição. 



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