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quinta-feira, 13 de novembro de 2025

RADAR DE EVENTOS CLIMÁTICOS

O presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), Dyogo Oliveira, anunciou o Radar de Eventos Climáticos, ferramenta que ajudará na precificação de seguros contra catástrofes ambientais. O sistema identificou, nos últimos três anos, R$ 180 bilhões em perdas causadas por desastres naturais, dos quais apenas 15% foram cobertos por indenizações. Durante o Fórum de Finanças Sustentáveis, realizado ontem, 12, na Casa do Seguro, paralelamente à COP30, Dyogo destacou que não há financiamento climático sem seguro e alertou para a crescente frequência de eventos extremos, como o ocorrido no Paraná. O Radar vai auxiliar seguradoras na formação de preços de apólices para desastres, semelhante à classe de bônus dos seguros de veículos. Dyogo lembrou que apenas 15% das residências e menos de 5% das áreas agrícolas no Brasil possuem seguro, o que reforça a necessidade de um programa de seguro catástrofe em parceria público-privada. “Sem seguro, o orçamento público assume os prejuízos”, disse, defendendo maior integração do tema nas políticas climáticas.

O presidente da Febraban, Carlos Trabuco, destacou que a economia verde já representa 21% do crédito bancário, cerca de R$ 450 bilhões, e elogiou o potencial do Brasil na matriz energética e na recuperação de terras degradadas. Ele enfatizou a importância do saneamento básico e da preservação da água como pilares da sustentabilidade. Já o presidente da Anbima, Carlos da Costa André, afirmou que o sistema financeiro é decisivo na transição para uma economia de baixo carbono e que o Brasil é potência global em soluções baseadas na naturezaA secretária de Relações Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito, reforçou o fortalecimento da agenda multilateral do governo e adiantou que será anunciado um novo leilão do programa Eco Invest Brasil, com modelo de financiamento misto entre recursos públicos e privados. 

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