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sábado, 13 de setembro de 2025

ISRAEL MATOU OU FERIU MAIS DE 200 MIL PALESTINOS

O ex-comandante do Exército de Israel, Herzi Halevi, afirmou que mais de 200 mil palestinos foram mortos ou feridos desde outubro de 2023, o que corresponde a 10% da população de Gaza. 
Ele liderou as forças israelenses nos primeiros 17 meses do conflito e disse que jamais sofreu restrições jurídicas em suas ordens militares. Segundo ele, nem a advogada-geral militar tinha autoridade para limitar suas decisões. Os números relatados por Halevi aproximam-se dos do Ministério da Saúde de Gaza: 64.718 mortos e 163.859 feridos. Relatórios de inteligência israelense indicam que mais de 80% das vítimas fatais seriam civis. Halevi afirmou que a guerra foi dura desde o início e que Israel deveria ter reagido com mais força antes do ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que matou 1.200 pessoas. O encontro em que falou ocorreu em Ein HaBesor, no sul de Israel, e teve áudio divulgado pelo site Ynet. Segundo ele, o Exército atua dentro dos limites do direito humanitário, mas sem interferência jurídica. Halevi disse que os pareceres legais servem mais como respaldo externo para defesa internacional de Israel. O jornal Haaretz revelou que Eyal Zamir, seu sucessor, também teria ignorado alertas jurídicos.

A advogada-geral recomendou adiar a evacuação de 1 milhão de habitantes de Gaza, mas a ordem prosseguiu. Muitos palestinos mortos estavam entre os que não conseguiram sair do norte ou se recusaram a deixar suas casas. As falas de Halevi geraram críticas internas. O advogado de direitos humanos Michael Sfard afirmou ao Guardian que os pareceres jurídicos viraram “carimbo de borracha”. Segundo ele, generais os tratam como conselhos opcionais, e não como limites legais obrigatórios. A posição oficial de Israel é que suas ações seguem o direito internacional. Questionado, o Exército israelense não respondeu às declarações de Halevi. 

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